Famosos lamentam a morte de Ziraldo. Veja as homenagens ao cartunista
Por Flavia Cirino - 06/04/24 às 17:29
A morte de Ziraldo, ocorrida na tarde deste sábado, 06 de abril, enquanto cartunista dormia, abalou os famosos. Muitas pessoas destacaram que as criações do artista, principalmente O Menino Maluquinho, marcaram suas vidas.
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“Choram todos os meninos maluquinhos – de todas as idades. Ziraldo, gênio Flicts, se despede. Viva Ziraldo!! 1933-2024”, escreveu Zeca Camargo.
O ator Matheus Nachtergaele igualmente se emocionou: “Eu amo Ziraldo. Só não posso dizer adeus a ele. Simplesmente não posso dizer adeus a ele… Meus sentimentos à família e ao Brasil”, lamentou o artista.
“Descanse em paz, mestre, comentou Evandro Mesquita. “Ao mestre, com amor, tudo e mais. Muito obrigado”, destacou Michel Melamed.
Além de artistas famosos, alguns políticos também se pronunciaram: “Com tristeza, recebemos a notícia da partida de Ziraldo, aos 91 anos, o brilhante criador de ‘O Menino Maluquinho’. Suas histórias marcaram a infância de muitos e continuam a encantar gerações. Enviamos nossas condolências à família e aos admiradores. Descanse em paz, Ziraldo”, escreveu o ministro Paulo Pimenta, da secretaria de comunicação social da Presidência da República.
Deputado Federal, Orlando Silva se despediu: “Que tristeza! O Brasil acaba de perder o cartunista Ziraldo, autor de “O Menino Maluquinho”, que ajudou a alegrar gerações de crianças brasileiras. Um gigante da nossa cultura. Nossos sentimentos”, disse o parlamentar.
Quem era Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto nasceu em 24 de outubro de 1932 em Caratinga, Minas Gerais, onde passou a infância. Primogênito de uma família com sete irmãos, foi batizado a partir da combinação do nome da mãe (Zizinha) com o nome do pai (Geraldo).
Leitor assíduo desde a infância, teve seu primeiro desenho publicado quando tinha apenas seis anos de idade, em 1939, no jornal A Folha de Minas.
Também chargista, caricaturista e jornalista, posteriormente ele foi um dos fundadores nos anos 1960 do jornal O Pasquim, um dos principais veículos a combater a ditadura militar no Brasil. Assim sendo, com textos ácidos, ilustrações debochadas e personagens inesquecíveis, como o Graúna, os Fradins ou o Ubaldo, o semanário entrou na luta pela democracia.
Ziraldo já foi tema de exposição
Em 1957, Ziraldo concluiu a faculdade de Direito. No mesmo ano, contudo, passou a trabalhar na revista A Cigarra e, depois, O Cruzeiro. Em 1958, casou-se com Vilma Gontijo, sua namorada havia sete anos. Tiveram três filhos, Daniela, Fabrizia e Antônio.
Trabalhou ainda no Jornal do Brasil. Assim como em O Cruzeiro, publicou charges políticas e cartuns como os personagens Jeremias, o Bom, Supermãe e Mineirinho.
Relembre a homenagem que Ziraldo recebeu nos Estados Unidos
Exatamente nesta época, Ziraldo realizou o sonho de se tornar autor de histórias em quadrinhos. Desse modo, ele publicou a primeira revista brasileira do gênero com um só autor, sobre a Turma do Pererê, fazendo parte da infância de muitos famosos.
É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino