Maitê Proença revela que morou com Pedro Paulo Rangel e se diz arrependida

Por - 21/12/22 às 15:00

Maitê Proença com a mão apoiada na cabeça, pensativaMaitê Proença revelou u arrependimento em relação ao ator - Foto: Reprodução/ Instagram @eumaiteproenca

Maitê Proença surpreendeu muita gente ao revelar nesta quarta-feira, 21 de Dezembro, que já dividiu o mesmo teto com Pedro Paulo Rangel. Ao prestar uma homenagem ao artista que morreu aos 74 anos nesta madrugada, em um hospital do Rio de Janeiro, a atriz abriu o coração.

Na publicação, os dois aparecem abraçados e sorridentes. “Pepê amigo querido. Moramos juntos lá no começo de tudo, há 40 anos. Foram tantas as intimidades trocadas”, disse ela, inicialmente.

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A atriz, então, revelou um arrependimento: “Encontrei você andando de carrinho motorizado há poucas semanas, conversamos alegremente. Se soubesse que estava indo…teria parado tudo. Não o fiz, foi rápido demais”, destacou.

Agora me sinto mal, e triste, muito triste. Prometo a partir de hoje dar mais tempo ao que realmente importa na correria estúpida desta vida. Te amo para sempre”, finalizou Maitê.

RELEMBRE OS PERSONAGENS MEMORÁVEIS DE PEDRO PAULO RANGEL

Em pouco mais de 50 anos de carreira, Pedro Paulo mostrou toda sua versatilidade. De “TV Pirata” a “Belíssima”, o ator deixa papéis memoráveis, como o icônico Calixto de “O Cravo e a Rosa”, Adamastor, de “Pedra Sobre Pedra” e tantos outros.

Pedro Paulo Rangel veio da safra de atores da extinta TV Tupi, bem no início da década de 1970. Seu primeiro papel de destaque na Globo foi em “Gabriela”, novela adaptada do romance “Gabriela Cravo e Canela”, de Jorge Amado, e na pele do personagem Juca Viana. O visibilidade aconteceu por ele ter protagonizado o primeiro nu masculino da televisão brasileira.

Pedro Paulo Rangel como Dirceu, foto preto e branca
Pedro Paulo Rangel como Dirceu – Foto: Reprodução/TV Globo

Em 1976, em “Saramadaia”, Pedro Paulo ganhou seu primeiro papel de vilão. Ele interpretou Dirceu, um jovem que se apaixona por Dulce (Teresa Cristina Arnaud), mas que, por serem de famílias rivais, viveram um amor à lá Romeu e Julieta.

No começo da década de 1980, o ator recebeu um convite para participar de algumas esquetes de “Viva o Gordo”, de Jô Soares. O humor, já enraizado em Pedro Paulo, deu a ele a oportunidade de entrar para a trupe da “TV Pirata”.

Debora Bloch e Pedro Paulo Rangel na "TV Pirata"
Debora Bloch e Pedro Paulo Rangel na “TV Pirata” – Foto: Reprodução/TV Globo

Em 1992, veio o grande desafio. Em “Pedra Sobre Pedra”, na pele de Adamastor, Pedro Paulo viveu um personagem homossexual, algo não muito comum na época na dramaturgia.

Pedro Paulo Rangel em cena como Adamastor
Pedro Paulo Rangel em cena como Adamastor – Foto: Reprodução/TV Globo

Em 2000, Pedro Paulo novamente conquistou o público com o icônico caipira Calixto, de “O Cravo e a Rosa”. Na trama, ele atuou junto com Du Moscovis (o Petrúchio) e Suely Franco (a Dona Mimosa). O romance entre os personagens (Calixto e Mimosa) costumava arrancar risadas do público.

Pedro Paulo Rangel em cena com Sueli Franco
Pedro Paulo Rangel em cena com Sueli Franco- Foto: Reprodução/TV Globo

A versatilidade de viver todo e qualquer papel pôde ser comprovada em “Belíssima”. Na trama de Silvio de Abreu, Pedro Paulo deu vida a Argemiro Falcão, o Gigi, irmão da vilã Bia Falcão (Fernanda Montenegro).

Pedro Paulo Rangel e Fernanda Montenegro
Pedro Paulo Rangel e Fernanda Montenegro – Foto: Reprodução/TV Globo

O último trabalho do ator em novela aconteceu em 2012, em “Amor Eterno Amor”, da Globo. Na trama ele deu vida ao personagem Zé da Carmem, pai de Valéria (Andréia Horta), protagonista e a moça mais desejada da Ilha.

Pedro Paulo também atuou no cinema e no teatro. Em depoimento ao Memória Globo, o ator falou sobre as dificuldades no início da carreira, como a inibição que tinha e precisou vencer ao longo dos anos.

“[No início da carreira na televisão] Eu pegava aquele monte de texto para decorar e fazia muito esforço, lutando contra a minha inibição. Na televisão, só muito tempo depois que eu desenvolvi algum relacionamento com a câmera”, começou.

“O teatro te dá um tempo maior para você elaborar as coisas. (…) Só quando eu fui fazer a ‘TV Pirata’, isso muitos anos depois, com a obrigação de fazer cinco, seis tipos diferentes por dia, é que me deu um relaxamento, no sentido amplo mesmo da palavra, para poder lidar bem com o ritmo da televisão”, acrescentou.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino