Morre o artista plástico Fernando Botero, pintor de formas volumosas, aos 91 anos

Por - 15/09/23 às 11:54

Fernando Botero, durante uma entrevista no YouTube, com sorriso no rostoFoto; Reprodução YouTube

Quem nunca viu uma pintura de Botero, marcadas pelo diferencial de imagens de pessoas com formas volumosas e cheias de identidade em sua comunicação? Pois nesta sexta-feira, 15 de setembro, o artista plástico Fernando Botero, de 91 anos, morreu em sua casa, em Mônaco, segundo notícias dos jornais El País, El Tiempo e a W Radio.

Botero enfrentava problemas de saúde e havia passado alguns dias internado, por causa de uma pneumonia, antes de pedir para ser transferido para sua casa.

Nas redes sociais, o presidente colombiano Gustavo Petro lamentou a perda de Botero e ressaltou sua significativa contribuição para as artes e para a Colômbia, descrevendo-o como “o pintor das nossas tradições e defeitos, o pintor das nossas virtudes. O pintor da nossa violência e paz. Da pomba rejeitada mil vezes e mil vezes colocada em seu trono.”

Presidente da Colômbia anuncia a morte de Fernando Botero
Presidente da Colômbia anuncia a morte de Fernando Botero – Foto: Reprodução X

Trajetória

Fernando Botero, conhecido por seu estilo de pintura distinto, popularmente denominado como “Boterismo,” ganhou fama por suas obras que servem como críticas sociais, particularmente em relação à ganância humana. Ele nasceu em Medellín, Colômbia, em 1932, sendo o segundo de três filhos.

Trabalhou como ilustrador em 1948 e, posteriormente, como cenógrafo antes de se mudar para Bogotá. Após realizar sua primeira exposição internacional em Bogotá, Botero partiu para Madrid, na Espanha, em 1952, onde estudou na Academia de San Fernando e também aprendeu a técnica de afrescos (pintura feita diretamente sobre o revestimento ainda fresco da parede, em argamassa de cal pigmentada), em Florença, na Itália, o que influenciou profundamente seu trabalho.

Uma das pinturas de Fernando Botero
Uma das pinturas de Fernando Botero – Foto: Reprodução YouTube

No ano de 1955, ele voltou à Colômbia e expôs suas obras na Biblioteca Nacional, em Bogotá. Mais tarde, fixou residência em Nova York e, a partir dos anos 70, dividiu seu tempo entre Paris, Madrid e Medellín.

Fernando Botero é um ícone da arte colombiana e sua vasta obra inclui cerca de três mil pinturas, mais de 200 esculturas, além de desenhos e aquarelas. O “Boterismo” é caracterizado por retratos de figuras com formas volumosas e exageradas.

Questionado sobre as pinturas de pessoas “gordas”, Botero explicava que seu estilo era uma escolha artística, não uma tentativa de retratar a realidade. Seu legadona arte permanecerá como uma parte valiosa do patrimônio cultural colombiano e internacional.

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