Roberto Carlos chega ao velório de Erasmo Carlos no Rio

Por - 23/11/22 às 17:32

Roberto Carlos no velório de Erasmo CarlosRoberto Carlos no velório de Erasmo Carlos - Roberto Filho/Brazil News

Roberto Carlos, eterno companheiro de Erasmo Carlos, fez questão de comparecer ao velório do amigo dos tempos de Jovem Guarda. Com um camisa branca, um semblante sério e usando máscara, Roberto Carlos até acenou para algumas pessoas, antes de entrar no local.

Vale lembrar que o velório, que está acontecendo no Crematório e Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro, é fechado apenas para familiares e amigos.

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Roberto Carlos no velório de Erasmo Carlos
Roberto Carlos no velório de Erasmo Carlos – Roberto Filho/Brazil News
Roberto Carlos no velório de Erasmo Carlos
Roberto Carlos no velório de Erasmo Carlos – Roberto Filho/Brazil News

ROBERTO CARLOS SE DECLARA A ERASMO CARLOS

Após receber a notícia da morte de Erasmo Carlos, demorou algumas horas para Roberto Carlos se pronunciar. Um dos melhores amigos do Rei do Rock no Brasil faleceu aos 81 anos, dias depois de vencer mais um Grammy Latino. A capacidade artística, a história na música e a cumplicidade marcaram o desabafo/homenagem do intérprete de “Esse Cara Sou Eu”.

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A publicação foi feita no Instagram de Roberto. Entre outras qualidades, o cantor cita a lealdade e inteligência do Tremendão. Também confessa a dor que sente pela perda de seu companheiro de carreira na indústria musical.

“Minha dor é muito grande, nem sei como dizer tudo o que eu penso desse meu amigo querido, meu grande irmão. Meu ídolo por tudo, pela sua lealdade, sua inteligência, sua bondade, por tudo o que eu conheço dele”, escreveu.

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Em seguida, Roberto lembra a relação dos dois. O cantor confessa ser um ‘privilégio’ ter vivido ao lado do roqueiro e lamenta a morte do artista, chamando-o com orgulho de ‘amigo’.

Um ser humano maravilhoso esse meu irmão. É um privilégio para mim ter um amigo, um irmão assim por todos esses anos. Difícil encontrar palavras para falar desse cara: o meu amigo Erasmo Carlos”

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VIÚVA CHORA MUITO NO VELÓRIO

Fernanda Passos, viúva de Erasmo Carlos, precisou ser amparada por amigos e familiares no velório do marido nesta quarta-feira, 23 de novembro. O músico morreu na terça-feira, 22 de novembro, aos 81 anos. O corpo do cantor está sendo velado no cemitério Memorial do Carmo, no Caju, Zona Norte do Rio de Janeiro.

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velório erasmo carlos
Foto: Roberto Filho/Brazil News

Nas redes, Fernanda compartilhou um texto de despedida. Veja um trecho. “Eu acordei e você não estava aqui, eu renovei a assinatura do jornal para você na semana passada… hoje ele chegou com você na capa! Amor, não era a capa que você merecia, você não podia dividir espaço com ninguém! Amor, o jornal da semana, do mês, do ano tem que falar de você… você tem vida e amor para falarem de você todos os dias”, começou ela.

velório erasmo carlos
Foto: Roberto Filho/Brazil News

Roberto Carlos é aguardado para a cerimônia de despedida, que conta com uma equipe de segurança fazendo triagem dos que chegam ao local.

velório erasmo carlos
Foto: Roberto Filho/Brazil News
Foto: Roberto Filho/Brazil News

Dentre os famosos, Rosemary foi a primeira a chegar ao velório. A cantora falou ao Gshow. “Muito difícil! Ele era uma pessoa doce, sempre muito gentil. Levei um susto! Não sabia que ele tinha voltado ao hospital.”

Foto: Roberto Filho/Brazil News

Marisa Monte chegou por volta das 16h00 e conversou com a imprensa sobre o legado que Erasmo irá deixar.

velório erasmo carlos
Foto: Roberto Filho/Brazil News

Erasmo Carlos também foi homenageado por amigos de longa data que enviaram coroa de flores.

MORTE

Erasmo Carlos
Erasmo Carlos – João Cotta/TV Globo

Erasmo Carlos, de 81 anos, morreu nesta terça-feira, 22 de novembro, no Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O cantor ficou mais de uma semana internado no início do mês, mas recebeu alta no começo do mês. Desta vez, chegando a ser intubado, na segunda-feira, 21 de novembro, por conta de complicações da síndrome edemigênica, que o levou ao hospital da primeira vez.

O cirurgião vascular Dr. Caio Focássio, da capital paulista membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, explicou a OFuxico o que é a síndrome edemigênica, a causa da morte do cantor Erasmo Carlos.

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O médico fala que a síndrome edemigênica é caracterizada pelo edema generalizado, ou seja, um inchaço causado por um excesso de líquido preso nos tecidos do corpo que pode ser pode ser provocada pelo mau funcionamento dos rins, fígado ou coração ou quando o corpo apresenta um desequilíbrio nas forças bioquímicas que são responsáveis pelos líquidos dos vasos sanguíneos.

“Entre os principais riscos de complicação, é que um edema não tratado pode fazer com que o líquido acumulado se desprenda dos tecidos, e possa causar a morte. Por isso é tão essencial o tratamento, que pode ser feito pelo uso de remédios para remover o excesso de líquido, mas vale lembrar ainda que a síndrome edemigênica pode ser causada ainda por uma doença subjacente”, finalizou o especialista.

TRAJETÓRIA NA MÚSICA

Erasmo Carlos, em retrato, olhando para o lado, usando jaqueta
Foto: Guto Costa/Divulgação

Erasmo Esteves, nome de batismo de Erasmo Carlos, nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1941. Desde cedo, mostrava seu interesse pela música. Na juventude, esteve junto de Jorge Benjor e Tim Maia, formou a banda “The Sputniks” em 1957. Se tornou um dos membros da Jovem Guarda, junto a Roberto Carlos e Wanderléa, nos anos 60 e 70.

É dele os sucessos “Além do Horizonte”, “É Preciso Saber Viver”, “O Bom”.

Na TV, recebeu uma homenagem com o programa “Erasmo Convida” (1982), recebendo no palco da atração os amigos Caetano Veloso, Gal Costa, Jorge Ben Jor, Maria Bethânia, Nara Leão, Roberto Carlos entre outros.

Outra homenagem recebida foi no ano de 2008, em uma edição do”Som Brasil” e também no Globoplay, em 2021, quando ele completou 80 anos, Pedro Bial conversou com ele, relembrando passagens importantes da sua trajetória.

Nas novelas, ele fez parte de muitas trilhas sonoras “Locomotivas” (1977), “Livre Pra Voar” (1984), “Vida Nova” (1988), “A Lua Me Disse” (2005), “O Profeta, (1977), entre outras.

No cinema, atuou em “Minha Sogra É da Polícia” (1958), com direção de Aloisio T. de Carvalho. Seu destaque como ator chegou no ano de 1972, no filme “Os Machões”, onde atuou com Reginaldo Faria e Flávio Migliacchio e foi premiado como Melhor Ator Coadjuvante, pela Associação Paulista de Críticos de Arte.

Um dos seus últimos trabalhos foi em um streaming como ator, protagonizando o longa-metragem “Modo Avião”, com Larissa Manoela. No ano de 2021, ele lançou o álbum “O Futuro Pertence à… Jovem Guarda” com oito músicas dos anos 60, viajando por todo o Brasil e comemorando seus 50 anos de carreira.

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