Opinião: Fãs do RBD vão odiar esse texto
Por Redação - 26/12/22 às 11:00
Recentemente li um tweet sobre “supostos fãs do RBD”, referindo-se a pessoas que “amam o grupo”, mas saíram do armário apenas após o anúncio da suposta turnê. A mensagem dizia que fãs de verdade saberiam quem são “Los Cinco Magnificos” – referência a um programa de televisão do qual o sexteto participou. Como sei do que se trata, me considero no direito de escrever sobre um assunto polêmico: a ausência de Alfonso Herrera no comeback de 2023.
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Não voltar ao RBD é a melhor opção para Poncho, sem dúvidas. Os mais saudosistas me levariam à guilhotina por afirmar algo do tipo, mesmo sendo um admirador sagaz do grupo. Além de uma suposta nostalgia da segunda metade dos anos 2000, não há nada que justifique o retorno do aotr aos palcos. N-A-D-A.
Desde que o RBD anunciou seu fim, em 14 de agosto de 2008, o ex-cantor deixou bem claro que seu último compromisso seria no dia 21 de dezembro daquele ano, data do fim do contrato com a extinta EMI Music. E assim foi. Ele colocou uma pedra em cima de tudo relacionado a “Rebelde” (Televisa/SBT).
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O coadjuvante de “Sense 8”, Netflix, também foi quem mais trabalhou entre seus seis colegas, disparado. Diferente de todos, 100% focado em sua carreira como ator. A estratégia foi clara: colocou seu nome no maior número de projetos logo depois que o sexteto teve um fim.
Entre 2009 e 2011, esteve no cinema, na televisão e no teatro ao menos 11 vezes. Entre 2009 e 2022 foram ao menos 36, só descritos em sua página na Wikipedia. Atualmente, trabalha a divulgação de seu mais recente longa, “¡Que Víva México!”.
Maite Perroni fez o mesmo. Ela ocupa a segunda posição entre os ex-RBDs que mais trabalharam. Quando o sexteto se separou, já protagoniza sua primeira novela na televisa, “Cuidado con El Angel”, exibida pelo SBT ao menos duas vezes.
Ambos muito bem-sucedidos em suas estratégias. Maite caiu nas graças da publicidade latino-americana, além de se tornar queridinha de produções da Netflix. Após sua série “Obscuro Desejo” se tornar a mais vista do continente, também tem projetos desafiadores pela frente, como “Três Vidas”. Nesta, vai interpretar três personagens diferentes.
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Enquanto isso, Dulce Maria, Christian Chávez, Anahi e Christopher Uckermann tiveram quase nenhuma atuação televisiva. Na música, contudo, alguns já tem história mais sólida. A compositora de “Más Tuya que Mia” lançou o polêmico “Origén” em 2021, mas tem outros três álbuns em estúdio. Uckermann mergulhou em “Somos” e no EP “La Revolucíon de Los Ciegos” depois de deixar o RBD. Christian ficou com o irrelevante “Almas Transparentes”, mas lançou uma série de singles desde então. Na lista, algumas versões de músicas da época do sexteto.
Perroni cedeu à pressão dos fãs e empresários e lançou “Eclipse de Luna” em 2013 – o álbum rendeu versão deluxe, quatro turnês e até hoje é o mais ouvido entre as produções de seus colegas.
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Não podemos nos esquecer de Anahi e sua bem pensada carreira solo – interrompida pelos planos de construir uma família longe dos holofotes. “Mi Delirio”, de 2009, foi um frenesi. Veio acompanhado de três clipes logo de cara, rendeu ao menos três passagens pelo Brasil e um show inteiro gravado, que se perdeu ao longo dos anos. Quem procura pelo lado sombrio do Youtube, acha tudo.
Na época, a cantora gerou polêmica, foi acusada de imitar Lady Gaga, deu entrevista até para Jô Soares e ficou no centro da mídia por um bom tempo. Depois sumiu. Reapareceu em 2016 em um trocadilho (mais que infame), perguntando aos fãs “Están Ahí?”. Lançou “Inesperado” em seguida, que repercutiu pouco e não chegou perto do debut pós-Rebelde.
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O fato de Poncho não querer voltar ao RBD não faz dele de todo certo e dos colegas errados. Só seguiram caminhos diferentes. Enquanto um decidiu ignorar o grupo, os outros foram responsáveis por manter viva a alma rebelde de milhares de fãs ao redor do mundo.
Os projetos bem-sucedidos também não o dão uma estrela na testa. Pelo contrário, sua presença nos shows deve ser esquecida já nos próximos meses, após essa polêmica toda de seu ‘não-retorno’ passar. Ele saiu e está certo de fazê-lo, para não destruir tudo o que fez ao longo desses 14 anos.
Os outros cinco também são muito bem-sucedidos com essa nova turnê. É um projeto que os fãs e eles mesmos planejam há anos. Finalmente deu certo. Agora nos resta esperar por essa turnê, colocar nossas gravatas e faixas na testa, praticar as coreografias e estar prontos para o que pode vir a ser uma turnê mundial com vários shows por terras tupiniquins. Arriba, rebeldes.
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