Rock In Rio: Fafá de Belém puxa coro por falta de artistas do Norte

O “Dia Brasil”, do Rock In Rio, começou a causar nas redes sociais com as confirmações dos nomes que foram surgindo ao longo do dia.

Mas, nem só de alegria vive o momento com um destaque especial para a música brasileira, isto porque alguns artistas apontaram a falta de gêneros musicais e de alguns artistas em específico.

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Fafá de Belém, por exemplo, puxou o coro nas redes sociais com um grande texto e citou ela, Gaby Amarantos, que ganhou um Latin Grammy recentemente, Joelma e outros nomes. A cantora destacou que sentiu falta da música do norte do Brasil representada.

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Ela citou nomes, culturas da região, como Boi Bumbá, e protestou que o festival tem um dia específico para o Brasil, mas deixa o Norte de fora:

“A Amazônia não faz parte do Brasil? A cultura amazônica, nortista, não é parte deste país? Onde está Dona Onete, Joelma, Gaby Amarantos, Aíla? Onde estou eu? O carimbó, o siriá, o boi bumbá, o Caprichoso, o Garantido, Manoel Cordeiro, Felipe Cordeiro, Joelma Klaudia, gangue do eletro, aparelhagens (Carabao, Crocodilo, Tupinamba), Nilson Chaves, Arthur Nogueira, Suraras do Tapajos, Kae Guajajara, as guitarradas do Pará, o tecnobrega, artistas indígenas, e tantos outros que levam a cultura do norte no seu sangue e na sua vida?. O Norte será sempre visto como peça decorativa de festas da elite? O maior festival de música do país tem um Dia Brasil e nos coloca da porta para fora.”, escreveu Fafá de Belém.

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Mais protestos

Dentro da postagem de Fafá de Belém, alguns nomes se pronunciaram sobre a falta de alguns artistas. Joelma, por exemplo, escreveu que “não irão apagá-los” e que a parte norte do Brasil não será apagada.

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Manuh Batidão decretou que isto é “inaceitável” e que todos os artistas que representam a cultura nortista não irão parar, pois “são fortes”. Dira Paes e Alessandra Negrini, duas grandes atrizes, apoiaram Fafá em seu post.

Jaloo, cantora da cena alternativa, também reclamou. Ela fez um post nas redes sociais e criticou não só o Rock In Rio, como todos os festivais.

““Deus tá vendo a cantora aqui de disco saído do forno, fora de uma penca de festival, enquanto rola um repeteco de nome em line up”.

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Lucas Silveira, do Fresno, entrou na polêmica e disse que o ponto de sua mágoa nem é com a sua banda de rock, mas sim com o Roupa Nova, que não foi incluído no line up.

“Meu amigo, nem sinto nada pela Fresno, estamos vivendo a melhor era da vida. Estou revoltado pelo Roupa Nova. (…) Seria maravilhoso”.

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Vale pontuar que ainda com a ausência de nomes, outros gêneros, como o Reggae, não ganharam um momento só dele. O “Dia Brasil” é inédito na história do Rock In Rio e conta com um line-up totalmente dedicado a música brasileira.

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Cada nome, dividido em categorias musicais, se apresentam no Palco Mundo com 3 músicas cada um. Artistas como Ana Castela, Alcione, Zeca Pagodinho, entre outros, completam o dia 21 de setembro do festival.

Rock in Rio se pronunciou sobre o assunto

Diante da repercussão, o Rock in Rio se pronunciou sobre o assunto e disse que o “Dia Brasil” não está com o line-up fechado.

“O line-up do dia 21 de setembro, como anunciado durante coletiva de imprensa na tarde de ontem (29), apesar de divulgado ainda está em construção e em formação. Artistas de outras regiões do país, entre elas a Norte, estão em negociação com a organização, que como reforçou trará novidades e surpresas até o dia da apresentação. O Dia Brasil propõe um grande movimento social, de união e respeito de todos, com engajamento e direitos da música “Deixa o Coração Falar” revertidos para duas causas sociais e em parceria com o Ação da Cidadania e a Gerando Facões. O formato único dos shows deste dia, que envolve diversas colaborações inéditas entre os artistas, traz com ele desafios artísticos e logísticos significativos. Importante destacar que o Rock in Rio olha para a diversidade como um todo no line up de todos os palcos e um exemplo disso foi o Show Para Pop, já realizado no Palco Sunset, capitaneado por Fafá de Belém com grandes nomes do Pará, e que se tornou um dos shows mais emblemáticos da história deste palco”.