Aluna que cometeu ato racista com filha de Samara Felippo deixará a escola. Entenda!

Por - 30/04/24 às 13:16

Samara Felippo e as filhasSamara Felippo teve duas filhas com o jogador de basquete Leandrinho - Foto: Reprodução/ Instagram @sfelippo

A voz de Samara Felippo ecoou pelos quatro cantos, resultando em uma atitude no caso de racismo sofrido pela filha da atriz. Assim sendo, os pais de uma das jovens envolvidas no caso, decidiram retirar a filha da escola Vera Cruz.

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Em grupo de mensagens com outros responsáveis da turma, entretanto, eles afirmam ser “uma família progressista” e disseram que pediram desculpas à vítima e aos parentes dela.

“As escolas são microcosmos dessa nossa sociedade estruturalmente racista e violenta. Nos consideramos uma família progressista, que há anos busca caminhar e evoluir numa educação antirracista”, diz a mensagem, primeiramente.

Samara Felippo registra Boletim de Ocorrência

Para formalizar a denúncia do episódio ocorrido no colégio Vera Cruz, tradicional na Zona Oeste de São Paulo, Samara Felippo registrou um boletim de ocorrência.

Samara Felippo faz alerta sobre racismo

De acordo com relatos da artista, colegas da turma do 9º ano de Lara, a primogênita da atriz, pegaram seu caderno, arrancaram as folhas e escreveram ofensas em uma das páginas.

Aluna contou para os pais que cometeu ato racista

Segundo os pais da aluna que deixou a escola, a filha contou, voluntariamente, que ela – entre outras amigas – praticou a violência contra a colega de classe. Lara é uma jovem negra de 14 anos.

Samara Felippo quer expulsão das acusadas de racismo contra sua filha

“Nossa filha sempre foi uma menina educada e afetiva com as amigas nesses 13 anos de vivência escolar. Diferentemente do que alguns disseram, ela não é reincidente e nunca teve denúncias prévias de mau comportamento. É uma adolescente em formação como cidadã – como os filhos de todos vocês. Que comete erros e acertos, como todos nós já cometemos em nossas vidas”, afirmou o casal.

A escola informou que promoveu um encontro com mediação entre as duas alunas acusadas de racismo e a filha de Samara Felippo. O colégio apontou sobretudo que as jovens que cometeram o ato foram suspensas por tempo indeterminado e que não há conhecimento de qualquer outra atitude racista de ambas as estudantes. A instituição pretende definir ainda ações de reparação.

Confira trechos do comunicado da escola Vera Cruz

“Tomamos conhecimento de uma grave agressão racista entre alunos do 9º ano. Um caderno de uma aluna negra foi roubado, teve folhas arrancadas, uma ofensa de cunho racial altamente ofensiva foi escrita numa das páginas. Reconhecemos a gravidade deste ato violento de racismo, nomeando-o como tal, e imediatamente realizamos ações de acolhimento ao aluno agredido e sua família.

No dia seguinte, os agressores se identificaram e se apresentaram à Escola, com suas famílias, e diversas medidas foram tomadas, sempre no sentido de acolher o aluno vítima da agressão e sua família, bem como no sentido de garantir que os alunos agressores entendessem a dimensão de seu ato. Depois de amplo e intenso processo de apuração, foi possível promover um encontro entre os três alunos envolvidos, com mediação da escola.

Em seguida, os agressores foram informados das sanções definidas inicialmente, dentre elas, uma suspensão por tempo indeterminado, e proibição da participação no Estudo do Meio na Serra da Canastra. Novas sanções poderão ser adotadas, conforme apuração e reflexão sobre os fatos. É importante sublinhar que as alunas não reincidiram em agressões racistas; a Escola não tem conhecimento de qualquer outra atitude racista de ambas as alunas.

As ações punitivas foram determinadas conforme regras e procedimentos institucionais, que levam em consideração os sentidos das punições no ambiente escolar. As sanções foram definidas pelas equipes da Escola, considerando a gravidade das ofensas. Ações de reparação ainda serão definidas.

Em 2019, a Escola Vera Cruz iniciou um Projeto para as Relações Étnico-Raciais, com ações no ambiente escolar de enfrentamento ao racismo estrutural. Ficou evidente a importância da ampliação do letramento racial, do não silenciamento de manifestações racistas, do pronto e amplo amparo às vítimas de eventuais agressões racistas e do encaminhamento adequado de ações de sanção e reparação nestes casos”.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino


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