Azzy, a Ivy de ‘Vai na Fé’, lembra passado no tráfico de drogas e comemora o sucesso

Por - 10/07/23 às 12:20

AzzyAzzy, de 22 anos, já teve o Êxito estampado na Times Square - Foto: Reprodução/ Instagram @azzyoriginxl

Os cabelos cor-de-rosa de Ivy, a backing vocal de Lui Lorenzo (José Loreto), de “Vai na Fé”, são os mesmos usados nos palcos, quando entoa rimas e versos de hip-hop. Mas o estilo que Azzy destaca passa longe da imagem que teve no passado, época em que ela só usava roupas de doação.

“Não tinha como escolher. Depois, me preocupei mais com a minha imagem, em estar estilosa. Mas não tenho um padrão. Num dia estou com um vestido longo, no outro com bermudão. Eu gosto de me vestir do jeito que me faz sentir confortável”, disse ela à revista anal Extra.

Ao jornalista Thomaz Rocha, ela contou que viu na música a saída para uma vida melhor. A grande chance da transformação apareceu quando começou a participar de batalhas de rimas, ainda adolescente.

  • Azzy começou a se interessar pelo universo fashion aos 16 anos quando começou a ganhar dinheiro com a música;
  • Atualmente com 22, ela pode comprar os looks que curte;
  • A artista se chama Isabela Oliveira e é cria de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

”Ter tido a fama cedo é legal, mas junto vêm diversas pressões e repressões também. Fui aprendendo com as porradas ainda bem nova. A música me salvou! Foi onde encontrei uma saída para não continuar no caminho errado”, disse ela.

PASSADO DE DROGAS E ABUSOS

Uma das cantoras de maior sucesso da nova geração de rappers no Brasil, com suas letras autobiográficas, Azzy carrega uma tortuosa história de vida. Aos 12 anos, sofreu abusos sexuais de um familiar e fugiu de casa. Desacreditada pelos parentes, sem apoio da mãe, o mundo do crime foi onde a então pré-adolescente encontrou abrigo.

Azzy se envolveu com o tráfico de drogas. Delegacias, exames de corpo de delito, idas ao conselho tutelar faziam parte da rotina da menina. Foram dois anos traficando até que Azzy começou a estreitar seus laços com a música, participando de batalha de rimas, no Rio D’ouro, um bairro do município vizinho, Niterói, onde Oroshi e Xamã foram descobertos. Sua arte, enfim, foi arte foi reconhecida e ela despontou no 6º “Poesia Acústica”, projeto musical no qual se mantém ainda hoje.

“Vivenciando essa parada, vendo as pessoas morrerem, inclusive com o risco também de perder a vida, comecei a fazer batalha de rima. Tive a oportunidade de gravar músicas e tomei a decisão de largar tudo e me jogar na arte. Ou vai ou vai. Graças a Deus, estou ultrapassando barreiras. Eu não tinha noção de aonde eu poderia chegar. É uma conquista ajudar outras pessoas e ser espelho”, contou.

COMO AZZY COMEÇOU A CARREIRA DE ATRIZ

O primeiro papel na dramaturgia foi em “As Five”, série do Globoplay. Apear de ter poucas falas na produção, Azzy sabia que aquele era um grande passo para vislumbrar algo maior. Foi exatamente desta maneira que ela chegou à “Vai na Fé”.

“Essa primeira experiência foi muito diferente de tudo que já tinha vivido, mas consegui me encaixar. Quando recebi a proposta para fazer a Ivy, vi todos os meus sonhos de criança passando na frente dos meus olhos. Foi incrível estrear na Globo, ainda mais nessa novela que tocou tanta gente. Ninguém esperava que eu fosse me sair tão bem. Eu estava muito apreensiva. Recebo muito carinho, principalmente das crianças”,disse.

Na trama de Rosane Svartman, Ivy deixou a banda de Lui para se tornar professora da “Dança dos Famosos”. Já na reta final da novela, Azzy já está focada no próximo trabalho: o lançamento de seu novo EP, o “Lovezy”.

Embora priorize a música, ela garantiu à Canal Extra que quer se manter na profissão de atriz e planeja estudar para isso.

AZZY É MÃE DE DUAS MENINAS

A artista se tornou mãe cedo e hoje concilia a vida profissional com a maternidade das meninas Lua, de 05 anos, e Dominic, de 02.

“Por eu ter sido mãe bem nova, fui aprendendo muito de acordo com o crescimento delas. Tento conciliar tudo e me encaixar na rotina das meninas. Ser artista, mulher e mãe é muito pesado, não dá pra gente romantizar. As pessoas julgam demais. Tem gente que não entende a carreira e critica, muitos não entendem que faço tudo pensando no futuro das minhas filhas”, destacou.

Azzy tem a guarda compartilhada com os pais das meninas, que também é cantor. Solteira, ela contou ao Extra que ser namoradeira sempre foi uma característica: “Sou muito apegada, emotiva e romântica. Por mais que nas músicas eu mostre o lado duro da vida, gosto de carinho. Por um acaso, só dei azar nos meus relacionamentos”, disse.

E completou: “Sou ‘dedo podre’ demais. As pessoas, de alguma forma, me traem. Então, sempre fui ciumenta. Já entro numa relação buscando terapia porque acho que vou ser trocada. Se eu perceber que a pessoa está apaixonada por outra, saio de cena”.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino