Caetano Veloso admite estar nervoso para live de aniversário

Por - 07/08/20

Reprodução/Instagram

Caetano Veloso apareceu no Encontro, apresentado por Fátima Bernardes, nesta sexta-feira (7) e admitiu que se sentia deveras inseguro com a live que acontece ainda hoje, às 21h30, por meio do Globoplay, serviçio de streaming da Globo. 

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"A gente ensaiou pouquíssimo, algumas eu não lembrava a própria letra… Há tanto tempo que eu não cantava", disse ele, que relutante, aderiu ao movimento das transmissões ao vivo com o show intitulado A Lenda, que passará por todo o seu repetório e vai comemorar seu aniversário de 78 anos.

O músico ainda descreveu o seu cenário como "precário" já que não contará com uma grande produção assim como as dos demais artistas.

"Ele falando assim nem parece que foi um sufoco", brincou Paula Lavigne, interrompendo o amado.

A live será aberta também para não assinantes da ferramenta e os filhos de Caetano (Moreno, Zeca e Tom) vão marcar presença.

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Caetano Veloso critica Bolsonaro

 

Caetano Veloso é um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos, tendo grandes composições em seu nome e sempre crítico a algumas formas de governo.

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, o cantor relembrou seu exílio em Londres na época da ditadura militar e teceu diversas críticas duras ao governo de Jair Bolsonaro.

Tal relação se deu por conta de o veículo ter ressaltado que o atual presidente do Brasil tem vários militares ocupando cargos importantes, inclusive ministérios.

“Ter um governo militar é horrível e Bolsonaro é tão confuso, tão incompetente. O governo dele não fez nada. O que o executivo brasileiro fez no período desde que ele foi presidente? Nada … Não houve governo, apenas uma raquete de insanidades”, declarou Caetano.

No decorrer da conversa, Veloso chamou de “pesadelo absoluto” as manifestações bolsonaristas desejando a volta do AI-5 e o fechamento do Congresso Nacional, características mais duras da ditatura militar.

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Ainda, o cantor comentou sobre o desmatamento na Amazônia e a política de desmantelamento da cultura nacional.

“Tudo o que foi feito na Amazônia foi incentivar o desmatamento; tudo o que foi feito na esfera cultural tem a ver com o desmantelamento … museus, grupos de teatro, produtores de música e cinema”, afirmou ele.

“É bestial – e o presidente mantém sua posição, mesmo tendo sido infectado. Ele nem se comportou como Boris Johnson [primeiro-ministro do Reino Unido], que mudou de orientação depois de ser infectado”, concluiu Caetano Veloso.

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