Cineasta Oliver Stone quer Prêmio Nobel para médicos cubanos
Por Redação - 17/08/20 às 07:00
O cineasta Oliver Stone está promovendo o Prêmio Nobel da Paz 2020, para que ele seja dado a brigada médica Henry Reeve, integrada por médicos cubanos.
Stone elogiou o trabalho humanitário realizado pelos médicos cubanos no mundo todo:
"Sempre admirei o trabalho humanitário dos médicos cubanos em tantos países afetados por pandemias, desastres naturais e doenças. A Brigada Henry Reeve merece o Prêmio Nobel da Paz. Se unam ao @CubaNobel! E assinem a petição hoje!".
Stone, que realizou alguns trabalhos muito polêmicos nos quais mostra sua simpatia por alguns movimentos esquerdistas, como os ocorridos em Cuba e Venezuela, compartilhou em suas redes sociais o site para que seus seguidores apoiem que o Prêmio Nobel seja dado aos médicos cubanos: https//www.cubanobel.org/nobelcuba.
A brigada em questão leva esse nome graças à luta de um soldado estadounidense, que deixou o Brooklyn para lutar pelos cubanos durante a Guerra dos Dez Anos (1868-1878).
Henry Reeve, ou 'Enrique, o americano' como era chamado pelos cubanos, foi um jovem americano que aos 19 anos deixou o Brooklyn, Estados Unidos, para se juntar à causa emancipatória cubana durante a Guerra dos Dez Anos e se tornar um general de brigada do Exército da Libertação. Ele foi um exemplo de solidariedade e humanismo manifestado desde a etapa das primeiras lutas pela independência em Cuba.
Tinha só 26 anos quando morreu, e já tinha participado em 400 combates contra o exército espanhol.
Henry Reeve foi homenageado pelo governo de Cuba em 1976, no centenário de sua morte, com um selo postal. Em resposta ao furacão Katrina, Cuba reuniu 1.586 de seus médicos para oferecer assistência humanitária aos Estados Unidos. A oferta foi rejeitada pelo presidente George W. Bush e, em 19 de setembro de 2005, Fidel Castro criou a Brigada Henry Reeves, batizada assim em sua memória.
Críticas a Barack Obama
Em 2015 o cineasta entrou em uma polêmica quando o ex-presidente Barack Obama ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2009.
O diretor americano criticou e disse que ele não merecia ter ganhado o importante reconhecimento.
Na época, durante entrevista no festival de cinema de Mallorca, na Espanha, o cineasta, também soltou o verbo contra o ex-presidente espanhol José María Aznar, alegando que ele 'foi escravo de George W. Bush'.
"George W. Bush foi apoiado por Aznar, e foi um presidente que polarizou ainda mais o mundo", comentou.
E sobre Obama afirmou:
"Ele não merecia o prêmio Nobel da Paz, porque aumentou o uso de drones em ações de guerra no Meio Oriente e perseguiu ferozmente os jornalistas, arruinando suas vidas", criticou.
Em maio de 2016 Stone estreou o filme Snowden – sobre as revelações do ex-funcionário da CIA, Edward Snowden, um projeto que fez apoiado por entidades alemãs e francesas, já que nos Estados Unidos ele foi bloqueado naquela ocasião.
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