Crítica | Venom

Venom é um filme que se esforça para acertar de alguma forma. Com um primeiro arco mais sério, o longa solo do vilão de Homem-Aranha logo assume um tom mais cômico, conseguindo arrancar várias risadas do público e acertando nesse ponto. Tenha sido de forma proposital ou não, o timing das piadas se encaixa e a atuação de Tom Hardy no papel do protagonista Eddie Brock entrega leveza e muita descontração. 

Por falar em Tom Hardy, ele é, de longe, o melhor do filme. Esforçado, o grande destaque fica com ele, que carrega o filme nas costas.  

Se nos quadrinhos essa relação entre simbionte, Brock e Homem-Aranha já é confusa, Ruben Fleischer, diretor do filme, definitivamente não consegue desatar esse nó na telona. Sem Homem-Aranha (que pertence à Disney), o filme fica raso e o roteiro de Will Beall, Scott Rosenberg, Jeff Pinkner e Kelly Marcel também não ajuda, pois ali não há a menor pretensão de desenvolver mais os personagens a ponto de querer conhecer e saber mais sobre cada um deles. Porém, preciso dar crédito para a veia cômica que se instala e a vibe despretensiosa que faz o público se divertir em diversos momentos. 

Aqui entre nós, já é difícil fazer um filme de super-herói, imagina desenvolver um filme sobre um vilão e sem a presença de seu antagonista. Pois bem, apesar de todas as dificuldades, Venom é um exemplo de que com boa vontade e bom humor, é possível entregar um resultado honesto. 

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