Dia da Consciência Negra: Confira pretos famosos e inspiradores

Por - 20/11/22 às 08:00 - Última Atualização: 18 novembro 2022

Fotomontagem Iza e BeyoncéReprodução/Instagram/@iza/@beyonce

Neste domingo, 20 de novembro, é celebrado o Dia da Consciência Negra. A data faz referência à morte de Zumbi, então líder do Quilombo dos Palmares.

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Zumbi foi morto em 20 de novembro de 1965 por um grupo de Bandeirantes e sempre foi um importante personagem da resistência à escravidão no Brasil.

A data serve para celebrar e relembrar a luta dos pretos contra a opressão. Apesar de já existir uma lei contra o racismo e de cotas raciais, infelizmente, ainda falta muito para que nossa sociedade seja considerada justa e igualitária, já que o racismo ainda é muito presente no cotidiano, até mesmo nos detalhes.

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Pensando nisso, nós do OFuxico separamos uma lista com alguns pretos famosos, que inspiram muitas pessoas.

CONFIRA!

Taís Araujo

Taís Araujo nunca se deixou de se posicionar quando o assunto é racismo. Em sua conta no Instagram, a atriz que está no ar como a Clarice e Anita de “Cara e Coragem”, da Rede Globo, compartilhou uma série de fotos em que personalidades negras aparecem em capas de revistas.

“O Brasil e o mundo que eu quero não só em novembro e dezembro, mas de janeiro a janeiro. Quem concorda, respira”, escreveu ela.

Em entrevista ao F5, a atriz afirmou que democracia racial é um mito. “Aceitar e entender que o Brasil é um país racista já é um caminho. Até então, vivíamos o mito da democracia racial. As pessoas acreditavam que o Brasil era um país cordial, que tinha orgulho de ser miscigenado. E agora está muito nítido que não é assim”, disse.

Taís Araujo sempre se posiciona sobre racismo
Taís Araujo sempre se posiciona sobre racismo – Foto: Reprodução/Instagram/@taisdeverdade

Lázaro Ramos

Lázaro Ramos, marido de Taís Araujo, também é um artista muito importante na pauta antirracista. Lázaro dirigiu o filme “Medida Provisória”, que trata sobre o preconceito racial.

Além disso, em uma entrevista para a Época, o artista afirmou que o racismo deveria ser uma pauta de todos. “O crime perfeito é aquele que só a vítima vê. E, às vezes, tem gente que vê e finge que não vê. É muito complexa essa questão. Porque, às vezes, quando uma pessoa se sente ofendida ou discriminada, e vai tentar expressar isso, há uma tentativa de silenciar. Ainda não conseguimos diagnosticar com exatidão o nosso racismo, porque tentam silenciar quem sofre com ele e tenta expressar. A resposta vem mais dura ainda e não se estabelece o diálogo. A gente precisa olhar para o racismo brasileiro, precisa diagnosticar e conversar sobre esse assunto. E, principalmente, a gente precisa saber que esse assunto não interessa apenas ao negro. A gente quer uma nação mais igual para todos, onde a gente possa expressar nosso afeto. A gente fica falando de racismo como se fosse uma demanda social, mas, para mim, trata-se também de uma questão de afeto. Como eu te afeto, como você me afeta e, a partir daí, como a gente se relaciona”, afirmou.

Lázaro Ramos sempre abraça pautas antirracistas
Lázaro Ramos sempre abraça pautas antirracistas – Foto: Reprodução/Instagram/@olazaroramos

Oprah Winfrey

Com certeza, Oprah Winfrey é um dos principais nomes quando se fala em representatividade. A artista apresenta o programa de maior audiência na história da TV norte-americana.

Além disso, pela revista Forbes, ela foi a primeira mulher negra a ser incluída na lista de bilionários em 2003, e em 2010, foi a única mulher a permanecer no topo da lista por quatro anos.

Ao ser homenageada no Globo de Ouro, Oprah fez um discurso poderoso. “Em 1964, eu era uma menina, sentada no chão da casa da minha mãe, assistindo Sidney Poitier vencer o prêmio de melhor ator. Ao palco veio o homem mais elegante que eu já vi. Me lembro da gravata branca e sua pele negra. Eu nunca tinha visto um negro homenageado assim. Tentei várias vezes explicar o que aquele momento significava para uma criança de um lugar tão humilde, enquanto minha mãe entrava em casa, cansada de limpar a casa dos outros. E nesse momento, não consigo deixar de pensar que podem existir outras pequenas meninas me assistindo receber este prêmio. Sou a primeira mulher negra a ganhá-lo. É uma honra, e um privilégio compartilhar a noite com todas elas, e todos os homens e mulheres que me inspiraram, me desafiaram e me trouxeram até aqui”, disse.

Oprah Winfrey é um exemplo de representatividade
Oprah Winfrey é um exemplo de representatividade – Foto: Reprodução/Instagram/@oprah

Michelle Obama

Michelle Obama, que foi primeira-dama dos Estados Unidos, deu uma entrevista para a CBS no auge dos protestos “Black Lives Matter”.

“Muitos de nós ainda vivemos com medo, quando vamos ao supermercado, ou nos preocupamos em passear com nossos cachorros ou ao permitir a nossos filhos tirar carteira de motorista. Todas esses garotos do Black Lives Matter gostariam de não ter que se preocupar com isso. Eles estão indo às ruas porque precisam. Eles estão querendo fazer as pessoas entender que nós somos cidadãos”, disse ela.

Michelle Obama é a favor da luta antirracista
Michelle Obama é a favor da luta antirracista – Foto: Reprodução/Instagram/@michelleobama

Beyoncé

Beyoncé também entra na lista de pessoas importantes para a luta contra o racismo. A cantora lançou, recentemente, o álbum “Black Is King”, filmado na África do Sul e contou que entendeu mais ainda o seu poder depois do nascimento da primeira filha Blue Ivy, de dez anos, fruto do seu casamento com Jay-Z.

“Algo se abriu dentro de mim logo depois de dar à luz minha primeira filha. Daquele momento em diante, eu realmente entendi meu poder. Minha missão passou a ser garantir que ela vivesse em um mundo onde se sentisse verdadeiramente vista e valorizada. Também fiquei profundamente inspirada por minha viagem à África do Sul com minha família”, disse ela.

Beyoncé é um nome importante na luta contra o racismo
Beyoncé é um nome importante na luta contra o racismo – Foto: Reprodução/Instagram/@beyonce

Iza

Iza é uma das principais representantes da comunidade negra e inspira muitas meninas. Em uma entrevista para o “Altas Horas”, da Rede Globo, a cantora comentou sobre o fato de ter se submetida ao alisamento capilar ainda muito nova.

“A gente aprende que nosso cabelo não é aceito pela sociedade, que tem alguma coisa de errado e você tem que consertar. Eu passei grande parte da minha vida alisando o cabelo e tenho certeza de que isso faz parte da realidade de muitas meninas negras. Isso é muito doloroso. Pensar, por exemplo, que eu me submeti à química capilar aos 12 anos como uma tentativa de deixar de ser alvo dos comentários racistas que ouvia na escola. É impagável você andar na rua, ver uma outra menina de cabelo crespo e ela sorrir para você sem nem te conhecer. A gente acaba se ajudando nesse sentido. É dessa forma que temos que nos olhar mesmo, com orgulho, porque não tem nada de errado. A gente é muito bonito, sim”, disse ela.

Iza também se posiciona ativamente contra o racismo
Iza também se posiciona ativamente contra o racismo – Foto: Reprodução/Instagram/@iza

Ludmilla

Ludmilla também é uma importante representante do movimento negro e sofre racismo diariamente. Em uma entrevista para o Hugo Gloss, a cantora desabafou sobre os ataques que recebe.

“É muito complicado você ter que se afirmar toda hora, você ter que provar toda hora que merece estar ali. E chegou uma hora que eu não quis mais provar que eu merecia estar ali, sabe. Eu só faço e eu estou ali porque eu sou isso, eu não tenho mais nada que provar para essas pessoas. E eu quis deixar aqueles áudios para o Brasil inteiro saber o que eu passo, o que eu enfrento. E, às vezes, algumas pessoas não entendem algumas atitudes minhas. Mas é tipo só a pontinha do iceberg de tudo o que acontece comigo nos bastidores”, disse ela.

Em seguida, Lud afirmou que ainda hoje tem pessoas que não suportam ver um negro em uma posição de poder. “Tem gente que não aceita uma preta estar no topo. Uma preta ter um carro melhor do que um branco. Uma preta estar em uma posição melhor. Uma preta estar vestida melhor. Uma preta estar falando melhor. Estar se posicionando e estar pegando o seu lugar de fala, que é o seu de verdade. E aí, vêm as chibatadas. Só que antigamente era aquela escravidão, era aquilo tudo, era tudo amarrado. Hoje, a gente tem liberdade. Hoje eu sou livre para fazer o que eu quiser. Hoje, ninguém pode me prender”, concluiu.

Ludmilla já desabafou diversas vezes sobre os ataques racistas que recebe
Ludmilla já desabafou diversas vezes sobre os ataques racistas que recebe -Foto: Reprodução/Instagram/@ludmilla

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