Famosos lamentam morte de Antunes Filho

Por - 03/05/19 às 09:15

Reprodução/Facebook

Na última quinta-feira (2), morreu Antunes Filho, um dos principais nomes do teatro brasileiro.

O diretor estava internado há duas semanas no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Após alguns exames, os médicos descobriram que Antunes estava com câncer de pulmão, em estágio avançado.

Nas redes sociais, muitos famosos lamentaram a morte do diretor, responsável por influenciar gerações.

“Nem sei como dizer da imensa tristeza da sua partida, da profunda gratidão por tudo lindo e louco e profundo que você criou”, escreveu Julia Lemmertz.

Marcelo Tas, Camila Pitanga, Adriana Lessa, Walcyr Carrasco, Marília Gabriela e Marcelo Médici foram outras celebridades que prestaram homenagens a Antunes Filho.

Confira!

1. Julia Lemmertz

 
 
 

 
 
 
 
 

 
 

 
 
 

Nem sei como dizer da imensa tristeza da sua partida, da profunda gratidão por tudo de lindo e louco e profundo que vc criou. Vi desde criança você , quase um da família, essas da gente de teatro, vi os ensaios do Esperando Godot com minha mãe e Eva Wilma, foi a primeira vez que acompanhei um ensaio de uma peça inteira, vendo depois tantas criações suas , com todos aqueles atores talhados pelo teu trabalho e rigor; não deu tempo pra me aventurar, mas a outra geração conseguiu, minha filha Luiza , neta de Lilian, te encontrou , e vocês foram muito felizes nesse encontro, eu presenciei no “Nossa Cidade”, vi Luiza amadurecer e crescer imenso como atriz e pessoa, foi lindo de ver. A gente ainda nutria uma esperança de encontro contigo, mas não deu tempo. O tempo não espera pela gente. Que você seja muito bem recebido por onde chegar, não faltam amigos pra te acolher. Até um dia 

Uma publicação compartilhada por Julia Lemmertz (@lemmertzju) em

2. Marcos Caruso

 
 
 

 
 
 
 
 

 
 

 
 
 

Obrigado, mestre, meu primeiro diretor.

Uma publicação compartilhada por Marcos Caruso (@marcos_caruso) em

3. Marcelo Tas

 
 
 

 
 
 
 
 

 
 

 
 
 

Sentimento de tristeza e gratidão por Antunes Filho que morreu esta noite (1929 – 2019). É difícil escrever e acreditar neste fato. Fui um dos privilegiados iniciado nas artes cênicas por ele no CPT- Centro de Pesquisas Teatrais, no Sesc Consolação. Estava na primeira turma, início dos 80, onde tinha a função de “Professor de Desequilíbrio”, método de se deslocar no palco e na vida inventado por ele, a quem chamávamos carinhosamente de Magrão. Sem palavras para descrever Antunes, deixo o texto de outro mestre da dramaturgia. #Repost @mariobortolotto ELE SABIA DE TUDO Falavam que ele não gostava de mim. Eu acreditava e pensava: "Normal. Ninguém é obrigado". Aí um dia ele apareceu na nossa mostra no Centro Cultural com toda a turma dele. A peça era "A frente fria que a chuva traz". Ele assistiu e dava pra ouvir ele comentando a peça. Ele sempre fazia isso. Quando acabou, ele fez questão de ir ao camarim cumprimentar todo o elenco. Essa foi só a primeira vez. Seguiram-se várias outras e aquela impressão foi totalmente apagada. Era como se fôssemos velhos camaradas que se encontravam muito circunstancialmente, mas quando acontecia, era sempre muito bom. Lembro de uma vez que fui assistir uma peça do Bob Wilson. Eu não tinha gostado muito da peça. Na saída, encontrei com Antunes no saguão. Ele veio sorrindo em minha direção, me abraçou e falou: "Cada uma que a gente é obrigado a ver, hein, Mário?" Sorri com cumplicidade tímida. A última vez que nos encontramos foi no Centro Cultural São Paulo antes de uma peça que fomos assistir. Ele veio me abraçar e falou: "Sabe que eu gosto muito de vc, né?" Eu já sabia, Antunes. Mas foi legal pá caralho ouvir vc falar. Eu não falei nada. Só sorri, tímido novamente. Não tenho muito a manha de dizer para as pessoas o quanto gosto delas. Mas tenho certeza que vc já sabia. Vc sempre soube de tudo! (Mário Bortolotto)

Uma publicação compartilhada por Marcelo Tas  (@marcelotas) em

4. Camila Pitanga

 
 
 

 
 
 
 
 

 
 

 
 
 

O Teatro perde um mestre. Antunes Filho se foi.

Uma publicação compartilhada por Camila Pitanga (@caiapitanga) em

5. Adriana Lessa

 
 
 

 
 
 
 
 

 
 

 
 
 

Amado Mestre Antunes, agradeço pelos ensinamentos, encontros, tantas emoções e minha formação! Descanse em Paz! Foto realizada após uma de nossas últimas apresentações, no Brasil, das peças "Macunaíma", de Mario de Andrade e "A Hora e Vez de Augusto Matraga", de Guimarães Rosa. Tudo o que aprendemos na vida ninguém poderá retirar de nós! Não importa sua origem, sua classe social, sua etnia…façamos sempre valer a cultura, nosso sonho, alegria e esperança! Façamos valer a pena! Em 1986, entre escola e treinos esportivos, tive a honra de estudar no "Centro de Pesquisa Teatral", mais conhecido como "CPT", sob direção do renomado Antunes Filho, em São Paulo. Após muito estudo, testes, reviravoltas, apertos e dedicação, fui escolhida para integrar as peças "Macunaíma", de Mário de Andrade e "A Hora e Vez de Augusto Matraga", de Guimarães Rosa e também viajar com o "Grupo de Teatro Macunaíma" para participar de festivais na França, Espanha, Canadá, Áustria, Alemanha e Grécia. Sim, meus pais precisaram autorizar minha viagem por eu ser menor de idade e Antunes foi meu "tutor". O estudo e pesquisas eram rigorosos, intensos e constantes…o cuidado de Antunes comigo também. O Amor pelo teatro para sempre… . . Na foto: Francisco Carvalho, minha linda amada mãe Antônia, Antunes Filho, eu, Alessandra Lage de Santana, Jefferson Primo (1986). #amor #teatro #cultura #tbt

Uma publicação compartilhada por Adriana Lessa. Atriz. Brasil (@adrianalessaoficial) em

6. Walcyr Carrasco

7. Marilia Gabriela

Publicação feita por Marília Gabriela em seu Instagram

8. Marcelo Médici

 
 
 

 
 
 
 
 

 
 

 
 
 

1988 – depois de três tentativas fui aprovado para o CPT, o Centro de Pesquisas Teatrais, dirigido por Antunes Filho. Na época ele montava novamente Nelson Rodrigues num espetáculo de dois atos dividido com dois textos do autor, A Falecida e Os 7 Gatinhos, que acabou intitulado como Paraiso Zona Norte. Mergulhei no universo de Nelson, Shakespeare, Machado de Assis e livros que uniam o taoismo com física quântica. No CPT aprendi a ser ator, a respeitar o palco, e entender que levaria muitos, mas muitos tombos na maratona da profissão. Ele fazia questão de deixar claro que não seria fácil, e não é mesmo… era um lugar tão rigoroso, pra mim um templo. Sua paixão pelo futebol, fanático pelo São Paulo, me fez entender que ele não era Deus, e sim um homem, como eu e todos os atores do grupo Macunaíma, mas diretor de teatro como Antunes Filho não aparece assim, toda hora. Paraíso Zona Norte e suas montagens de Macunaíma e Romeu & Julieta, são verdadeiros marcos, entre tantos outros espetáculos. Antunes levou suas obras para fora do país e fez o Brasil entrar para a história. Me sinto realmente privilegiado por ter começado com ele, sai de lá ainda muito jovem e acalentava um secreto desejo de procurá-lo para voltar. Não deu tempo… Bravo Mestre e obrigado.

Uma publicação compartilhada por Marcelo Medici (@marcelomedici) em

---

Tags: