Felipe Prior não será indiciado por acusação de suposta tentativa estupro

Por - 06/08/20 às 00:30

Reprodução/TV Globo

A delegada Maria Valéria Pereira Novaes informou que não irá indiciar Felipe Prior por tentativa ou estupro consumado:

“Minha investigação está encerrada, isso não quer dizer que o Ministério Público não possa levar o caso adiante. Pelo o que apurei e pelas provas que levantei, não achei tratar-se de caso que fere o artigo 213 do Código Penal”, explicou. O artigo 213 refere-se a constranger, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou praticar ato libidinoso.

O ex participante do BBB 20 foi acusado por três mulheres de ter cometido os crimes na época em que todos estudavam na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, entre os anos de 2014 e 2018.

Logo após sua saída do reality, Prior foi intimado a prestar depoimento na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher, onde foi aberto um inquérito policial. Agora a delegada Maria Valéria encerrou sua investigação com despacho de 12 páginas entendendo que não houve provas nem indícios para indiciar o arquiteto.

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Felipe Prior está livre der processo por tentativa estupro

Carolina Pugliese, advogada de Felipe, emitiu nota comemorando a decisão da delegada:

 “A defesa de Felipe Prior sempre acreditou em sua inocência. O trabalho criterioso e responsável da delegada, Maria Valéria Pereira Novaes, e sua equipe, permitiu que o acusado apresentasse as provas necessárias e imprescindíveis durante o inquérito policial. O que nós esperamos agora é que o caso seja encerrado para que a justiça se restabeleça e o Felipe Prior retome o curso normal de sua vida.”

Acusação promete recorrer da decisão

 

Por outro lado, as advogadas Maíra Machado Frota Pinheiro e Juliana de Almeida Valente, que representam as mulheres que fizeram a denúncia, também se manifestaram através de nota:

"Repudiamos as conclusões da polícia formuladas no relatório final, por entendermos que elas não refletem o conjunto de provas que confirma os relatos das mulheres. Nenhuma das testemunhas de defesa foi capaz de refutar diretamente esses relatos. Somente uma crença infundada em teorias da conspiração explica o relato de quatro mulheres, confirmado por testemunhas, documentos e laudo pericial, ser desconsiderado apenas porque o agressor negou a prática dos crimes. Nenhuma mulher se beneficia de denunciar um estupro.

Como cabe ao Ministério Público decidir sobre a continuidade da apuração dos fatos, a opinião da delegacia não é determinante para a continuidade do processo. Esperamos que a injustiça desse relatório seja revertida nas próximas etapas. Esperamos ainda que essa posição lamentável da polícia não leve as milhares de mulheres que sofrem violência todos os dias a ter medo de denunciar o que sofreram."

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