Miguel Falabella resgata memória com Aracy Balabanian e recebe apoio de Marisa Orth

Por - 10/08/23 às 12:24

aracy balabanian e miguel falabellaReprodução/Instagram

Miguel Falabella segue em processo de luto pela perda de uma de suas melhores amigas, Aracy Balabanian, que morreu nesta última segunda-feira, 7 de agosto, aos 83 anos, após sofrer com um câncer no pulmão.

No Instagram, o ator relembrou um passeio dos dois para um local que parecia ser rodeado de natureza, em que aparece sem camisa e molhado, ao lado de Aracy.

“Abrindo as gavetas numa semana melancólica”, escreveu.

Os comentários da publicação foram recheados de mensagens de apoio: “Talvez não passe nunca a saudade que sentiremos dela! Muita força aí, Miguel!”; “Meus sentimentos de todo coração, como eu gostaria de poder abraçar você ! Te amo se cuide”; “Fica bem, Loiro”.

Famosos também deixaram palavras de carinho. “Tá doendo. Ela era legal demais”, disse Marisa Orth. “Querido. Receba o meu carinho”, avisou Ivete Sangalo.

aracy balabanian e miguel falabella
Reprodução/Instagram

A MORTE

Aracy faleceu na manhã do dia 7 de agosto, aos 83 anos, em decorrência das complicações de um câncer de pulmão, diagnosticado no ano passado. A veterana estava internada na Clínica São Vicente, na Gávea, zona Sul do Rio de Janeiro e veio a falecer devido às complicações de um câncer. A morte foi confirmada pela TV Globo. A última aparição da atriz na emissora foi em 2019 no especial de final de ano “Juntos a Magia Acontece”. Em nota, a clínica lamentou a morte de Aracy:

“A Clínica São Vicente lamenta a morte da paciente Aracy Balabanian na manhã desta segunda-feira (07) e se solidariza com a família e amigos por essa irreparável perda. O hospital também informa que não tem autorização da família para divulgar mais detalhes”.

TRAJETÓRIA

A veterana era natural de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e nasceu no dia 22 de fevereiro de 1940. Ela contou com mais de 50 anos de carreira recheados de sucessos como: “Sai de Baixo” (1996), onde foi Cassandra, uma socialite megera e cômica; além de estrelar as versões originais de “Ti Ti Ti” (1985) e “Elas Por Elas” (1982). Dentre tantos papéis brilhantes, ela se destacou em tantos outros como Armênia em “A Rainha da Sucata” (1990), Filomena em “A Próxima Vítima”(1995), Germana em “Da Cor do Pecado” (2004), Dona Gema em “Passione” (2010), Máslova em “Cheias de Charme” (2012).

As últimas vezes em que Aracy Balabanian brilhou nas telinhas foram recheadas de elogios, como sempre. Ela fez uma participação em “Malhação: Vidas Brasileiras” (2019) e foi Dona Rosa no especial “Juntos a Magia Acontece”. A atriz é filha de dois imigrantes Armênios, mas cresceu em São Paulo. Em um entrevista para a TV Globo, ela contou que reparou aos 12 anos a dificuldade que enfrentaria:

“Estava emocionada porque era aquilo que eu queria. É muito difícil para uma criança de 12 anos, ainda mais naquela época, querer ser atriz e já perceber que ia ter muitas dificuldades”

O COMEÇO DE UMA LENDA

Aracy enfrentou o machismo e o preconceito de cabeça sempre erguida, mas, dentro da família o apoio não era tão forte, já que teve que ir contra os desejos de seu pai. Sem desistir, ela estreou na emissora global com “O Primeiro Amor” de Walther Negrão, como Giovana.

Ela também fez parte da Rede Manchete durante alguns anos, aonde fez parte de novelas como “Mania de Querer” (1986) . Logo depois, ela voltou para a emissora em uma novela querida por muitos: “Que Rei Sou Eu?” (1989).

GRANDES PARCEIROS

Dentre suas passagens como Gabriela em “Vila Sésamo” (1973) e “Bravo!” (1975), Aracy teve grande destaque em um grande hit da faixa das 21h em “A Próxima Vítima” (1995) como Filomena Ferreto. Grande parceira do escritor Silvio de Abreu, ela também marcou com sua atuação como Armênia em “Rainha da Sucata” (1990). Em tela, ela sempre teve o prazer de dividir os holofotes com grandes nomes, como foi na sitcom brasileira “Sai de Baixo” ao lado de Miguel Falabella, Marisa Orth, Luís Gustavo e Cláudia Jimenez.

Em uma entrevista, ela disse que muitos momentos em que dava risada não era programado, já que tinha o riso frouxo e então passava toda a sua espontaneidade ao lado de grandes atores e atrizes em cena. Ela revelou:

“Eu pedi para sair nas primeiras semanas, eu não tinha o tempo de comédia que eles tinham, eu não sabia fazer como eles faziam. Eu tinha riso frouxo assim como tenho choro frouxo, eu sou um pouco desequilibrada. Cheguei para o Daniel Filho e eu disse: ‘Eu preciso sair, não tenho condições’. E ele me perguntou o que eu queria fazer e eu disse que queria rir das piadas que eles fazem. E ele falou: ‘Dá risada!’ E virou um mote da história toda! O Miguel contava as palhaçadas todas e eu ria”.

PRETA GIL

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