Patrícia Marx sobre homossexualidade: ‘Essa sou eu agora’

Por - 27/07/20 às 08:30

Reprodução/Instagram

Um novo registro ao lado da namorada, Renata Pedreira, de 43 anos, encheu a timeline de Patrícia Marx de ternura e amor. A cantora assumiu sua sexualidade no mês passado ao postar uma foto com a arquiteta, no dia do aniversário de 46 anos da cantora.

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"Meu sol, minha alegria de todos os dias!", legendou.

No início deste mês, ao participar de uma transmissão ao vivo com Jean Wyllys, Patrícia falou sobre a reação do filho único, Arthur, de 21 anos, do casamento com o produtor musical Bruno, seu ex-marido. Arthur foi a primeira pessoa para quem ela revelou o romance, algo novo na vida da artista, que nunca havia se relacionado antes com uma mulher.

"O meu meio sempre foi muito gay, colorido, e sempre encarei com muita naturalidade. Meu filho também conviveu com esse meio durante um tempo. Agora ele tem 21 anos e a namorada dele… E foi a primeira pessoa com quem eu falei, que me acolhei muito amorosamente, e era a pessoa mais importante que eu precisava dizer: 'olha, essa sou eu agora", revelou.

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Liberdade e medo

Ícone infantil nos anos 80, à gente do grupo Trem da Alegria, Patrícia destacou ainda que vive, agora, uma sensação de liberdade.

"É libertador. Mas estou vivendo essa emoção aos poucos, porque até então, eu vivi essa relação sem falar para ninguém, era uma coisa que ninguém sabia. Resolvi falar por falar, no dia do meu aniversário, que é no Dia Mundial do Orgulho LGBTQI+. Era muita coincidência, um sinal do universo falando: agora vai"

Ela ainda enfatizou que o público recebeu com normalidade e afeto. E ressaltou que, pelo fato de sempre ter se relacionado com homens, teve dificuldades em assumir o relacionamento por medo e preconceito.

"Foi uma coisa tão bonita e especial, o amor que eu recebi. Me senti tão acolhida por todos da comunidade. Foi bem difícil, e eu imagino que é um caminho ainda difícil pra se assumir, porque eu mesma tive que resolver isso na análise, tive que tentar entender, porque eu tinha muito medo, tinha aversão, preconceito, todas as coisas que o mundo heteronormativa te diz: 'olha, isso é errado, é feio, engraçado, uma coisa estranha'. Aquilo não passava. Eu falava: 'não deve ser uma coisa anormal'. Aí eu encontrei uma pessoa, que é a minha primeira namorada, e eu vivo uma coisa que é inédita pra mim. É totalmente inédito. E ao mesmo tempo, resolvendo vários traumas de coisas do passado. Eu não nasci assumindo uma postura homossexual".

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