Paulo Figueiredo diz que sua relação com a Record é extremamente produtiva
Por Redação - 10/05/13 às 18:22
O discurso empolgado e sem afetações de Paulo Figueiredo evidenciam a paixão e a disciplina com que ele encara a profissão de ator. Sem ligar muito para o tamanho ou a importância de seus personagens, o intérprete do boa praça Adamastor, de Balacobaco, da Record, se define como um operário da arte.
"Fazer televisão é, antes de mais nada, exercitar o trabalho em equipe e a humildade. É um emprego como outro qualquer, que exige dedicação e comprometimento em prol de algo maior", analisa Paulo, do alto de seus 73 anos de idade, sendo 48 deles dedicados à tevê.
Conhecido também por suas porções autor e diretor, mas, sobretudo, pelos galãs que interpretou na Globo – em novelas como Marrom Glacê e Sol de Verão –, Paulo teve sua primeira experiência na tevê em A Outra, de 1965, exibida pela extinta Tupi. Com passagens pela Manchete e SBT, o ator integra o elenco da Record desde 2004, ano em que encarnou o rico Coronel Sebastião do remake de A Escrava Isaura.
"Sempre prezei por ter uma boa relação com as emissoras em que trabalhei. Me sinto extremamente realizado com os personagens que tive e tenho a oportunidade de interpretar", ressalta.
Com as gravações de Balacobaco já finalizadas, Paulo agora prepara-se para mostrar um novo texto de sua autoria no teatro, enquanto espera o início das gravações da próxima minissérie bíblica da emissora, baseada na história dos 10 Mandamentos.
"Foi muito gostoso fazer Balacobaco. Agora é descansar um pouco e voltar ao trabalho com força total no segundo semestre", destaca.
O Fuxico: Balacobaco é seu oitavo trabalho na Record em nove anos de contrato. Qual o balanço que você faz desse período de sua carreira?
Paulo Figueiredo: Todo ator que realmente gosta de seu ofício quer ser escalado, quer estar no ar e ser visto pelo público. E disso eu não posso reclamar. Minha relação com a Record é extremamente produtiva. Quase todo ano estou envolvido em alguma coisa. E quando paro para analisar os personagens que me são confiados nas produções da casa, vejo que abri muito minhas possibilidades artísticas.
OF: Como assim?
PF: Agora, em Balacobaco, sou um vivo que redescobre a vida através do amor. Na minissérie Rei Davi, fui Aitofel, um guerreiro que se sente traído e quer vingança. Anos antes, fiz um professor com nuances cômicas em Promessas de Amor e um coronel no remake de Escrava Isaura. Ter trabalhos tão diversos aos 73 anos é muito instigante. Principalmente, para quem está na tevê desde 1965 e passou por diversas emissoras (risos).
OF: O êxito da segunda versão de A Escrava Isaura fez a Record revitalizar de vez o ncleo de teledramaturgia. Pela sua experiência em tevê, como você avalia a atual produção da emissora?
PF: Acho que a emissora soube aproveitar as boas oportunidades. E se deu muito bem apostando no formato épico e na temática bíblica de minisséries como Sansão & Dalila, José do Egito, Rei Davi e outras. Esse tipo de produção ainda não tinha sido devidamente explorado pela televisão brasileira e caiu em cheio no gosto do pblico. Particularmente, eu adorei estudar história, deixar a barba crescer e mergulhar naquele universo épico de "Rei Davi".
OF: Balacobaco chega ao fim no próximo dia 20 e você está escalado para a adaptação televisiva de Os 10 Mandamentos, que já está em fase de pré-produção. Com tantos compromissos na tevê, como fica sua carreira teatral?
PF: Sou do tipo organizado e disciplinado. Assim como não vejo a hora de fazer outra minissérie bíblica, estar no teatro – seja atuando, dirigindo ou escrevendo – é uma necessidade para mim. Paralelamente ao próximo trabalho na tevê, um texto meu deve estrear em São Paulo a partir do segundo semestre. É uma comédia refinada, que envolve duas mulheres e um homem. Provavelmente, esse trio será interpretado por Rosana Penna, Samantha Caracante e Leopoldo Pacheco, sob a direção de Elias Andreato.
Paulo Figueiredo não vive de nostalgias e exalta futuro das novelas
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