Relato do Príncipe Harry coloca em dúvida sua credibilidade?

Por - 11/01/23 às 22:22

Harry com o apresentador Stephen ColbertHarry com o apresentador Stephen Colbert / Reprodução / YouTube

Spare”“, livro com as memórias do Príncipe Harry já é uma das obras de não ficção mais vendidas na história do Reino Unido, mas seu conteúdo foi rapidamente questionado pelos usuários ansiosos do Twitter quanto à sua credibilidade. Isso porque há passagens que Harry narrou que não condizem com a realidade dos fatos.

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Uma das lembranças imprecisas do duque de Sussex que está sendo questionada é sobre a morte de sua bisavó, a Rainha Mãe, Elizabeth, que morreu enquanto dormia, em março de 2002, aos 101 anos.

Harry conta no livro: “Em Eton [colégio], enquanto estudava, recebi uma ligação. Eu gostaria de poder lembrar de quem era a voz do outro lado; de um cortesão, acredito”, escreveu o príncipe.

Ele continuou: “Lembro-me que foi pouco antes da Páscoa, o tempo estava claro e quente, a luz entrando pela minha janela, cheia de cores vivas. Sua Alteza Real, a Rainha Mãe morreu.”

Porém não foi difícil descobrir pela Internet que quando a mãe da Rainha Elizabeth II morreu, Harry estava na Suíça com o pai, o Rei Charles III e o irmão, o Príncipe William. Ele não estava no colégio e sim em Klosters esquiando com a família. Fotos mostram que eles voltaram para o Reino Unido um dia após o anúncio da morte da bisavó.

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A inconsistência levou muitos a questionarem se outras partes do livro de Harry poderiam estar incorretas também.

No Twitter alguns usuários reagiram: “Harry nem consegue se lembrar onde estava quando a rainha-mãe morreu, então suas lembranças não são confiáveis”.

Outro comentou: “É o primeiro dia do lançamento de #Spare e já está claro que Harry fabricou grandes porções do livro para apoiar sua falsa vitimização”.

“Ele não estava em Eton quando a rainha-mãe morreu e não foi informado por um ‘cortesão aleatório’. Ele é um mentiroso e um perdedor, ponto final.”, criticou outra pessoa.

Em outro relato no livro, Harry escreveu que sua falecida mãe, a Princesa Diana, comprou para ele um Xbox em seu aniversário de 13 anos em 1997, pouco antes dela morrer. No entanto, segundo o jornal “Mirror” o primeiro Xbox foi lançado somente em 2001 e o videogame só chegou às prateleiras na Europa em 2002.

Uma pessoa twittou: “Parece que o livro é um pouco nebuloso”.

Outro concordou: “Esse é o problema com várias mentiras. Você perde a noção, fica convencido e esquece de pesquisar.”.

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MORTE DA MÃE

Príncipe Harry tinha apenas 12 anos quando sua mãe, a Princesa Diana morreu em um trágico e misterioso acidente de carro em um túnel de Paris, na França. E o duque de Sussex contou em seu livro de memórias “O que Sobra”, qual foi a sua reação quando recebeu a notícia da morte de Lady Di: ele estava convencido de que a princesa havia ‘pregado uma peça’ no mundo e o acidente foi apenas uma ‘diversão’ para ela fugir e se esconder.

Ele narrou: “Sem nada para fazer a não ser vagar pelo castelo e falar comigo mesmo, uma suspeita tomou conta, que então se tornou uma crença firme. Isso tudo foi um truque. E pela primeira vez o truque não estava sendo pregado pelas pessoas ao meu redor, ou pela imprensa, mas pela mamãe. Sua vida tem sido miserável, ela foi perseguida, assediada, caluniaram e mentiram para ela. Então ela encenou um acidente como uma distração e fugiu.”, considerou.

Após a morte da princesa, as “matronas” da escola de Harry pediram que ele escrevesse uma carta “final” para sua mãe, mas ele ainda acreditava que ela ainda estava viva.

Ele escreveu: “Tenho uma vaga lembrança de querer protestar que ela ainda estava viva, mas não o fiz, por medo de que pensassem que eu estava louco.”

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Na entrevista de promoção de seu livro de memórias “Spare” no programa “Good Morning America“, da rede ABC nos Estados Unidos, Príncipe Harry fez novas revelações em conversa com Michael Strahan, confirmando que seus problemas com o irmão, o Príncipe William, existem há muitos e muitos anos, e não somente depois que ele começou a se relacionar com Meghan Markle.

Harry deixou o apresentador impressionado ao revelar que, na realidade, ele não foi o padrinho de casamento de William quando o herdeiro do trono britânico se casou com Kate Middleton em 2011.

Para o duque de Sussex, essa foi a mentira mais descarada que a realeza inventou para não causar atritos e especulações sobre os irmãos.

Escrevendo em sua autobiografia, Harry afirmou: “Willy não queria que eu fizesse um discurso de padrinho (…) fui forçado a concordar com a mentira descarada de que era o padrinho.”.

Harry alega na publicação que os verdadeiros padrinhos de casamento de William foram seus amigos James Meade e Thomas Van Straubenzee, que fizeram o discurso tradicional na recepção.

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Apesar da rivalidade entre os irmãos, Harry afirma que ele sim, quis que William fosse seu padrinho quando se casou com Meghan, duquesa de Sussex, em 2018.

Harry também classificou William como seu “arqui-inimigo”, dizendo que “sempre houve” uma sensação de “competição” entre os dois, já que William sempre foi tratado como o ‘herdeiro’ e Harry como ‘o que sobra’, o ‘sobressalente’, um velho ditado referindo-se ao fato de que o filho mais velho herdará títulos e poder e um segundo irmão está lá apenas para o caso de algo acontecer com o primogênito.

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Formada em Ciencias de la Comunicación (México), louca por gatos e fascinada com o mundo dos famosos. Feliz de ser parte do OFuxico desde 2000.