Saiba tudo sobre a nova novela da Globo, Sangue Bom – Cenografia e Produção de Arte

Por - 01/04/12 às 17:09

Divulgação/TV Globo

Cenografia e Produção de Arte

Leveza e suavidade são as palavras-chave para a cenografia de Sangue-Bom. Para montar os mais de cinquenta ambientes da trama, a equipe trabalhou com uma paleta bem diversificada, porém suave.

“A ideia era não roubar atenção principalmente das flores, que fazem parte do universo de um dos principais personagens, Bento”, explica Fábio Rangel. Só na cidade cenográfica, que tem 7, 5 mil metros quadrados, por exemplo, são utilizados cerca de 600 vasos de flores por semana para as gravações das cenas.  “E muitas delas ficam no cenário do Bento, que ocupa 400 m2 do local”.

A cidade cenográfica de ‘Sangue Bom’ foi montada após uma pesquisa minuciosa da equipe pelo bairro da Casa Verde, na zona Norte de São Paulo. Eles procuraram explorar no Projac um terreno com desnível, característico do local em São Paulo, assim como dividir o espaço em área comercial e residencial. Na parte onde ficam o bar Cantaí e a cooperativa de Bento, a “Acácia Amarela”, existem mais sete construções. No total, incluindo as casas dos personagens deste bairro, somam-se 30 espaços cenográficos.

No estúdio, o maior cenário é o da personagem Bárbara Ellen (Giulia Gam). Só a sala soma 220 m2. Incluindo os três quartos o total chega a mais de 450 m2. A montagem deste espaço ocupa praticamente todo o estúdio e tem uma característica bem peculiar. “Para a casa da Bárbara usamos tons de dourado com branco para remeter a ideia de diva. É um cenário com tons mais fortes”, adianta Rangel.

Outro cenário grandioso da novela é a agência Class Mídia. Com pouco mais de 300m2, ela é dividida em diversos ambientes interligados, como uma empresa de verdade. Tudo montado dentro do estúdio. No espaço tem a sala do diretor, Natan (Bruno Garcia), a recepção, um cômodo de criação onde cabem 15 pessoas e ainda uma sala de recreação, com mesa de pingue-pongue.

A produção de arte abusou dos tons mais fortes no parque que se transformará no Kim Park. “Como não tínhamos flores, nos permitimos usar tons de vermelho, roxo, verde, laranja e amarelo. Brincamos com o lúdico. A referência foi o circo”, conta a produtora de arte Paula Scamparini. Para estas gravações, a equipe contou com uma figuração artística de 20 pessoas, desde profissionais de perna de pau até patinadores.

Já nas cenas com flores, a ordem era evitar a exuberância de cores. A protagonista era a própria natureza. “Elas têm uma representatividade muito forte. Ajudam até a contar a história de certa forma”, diz o produtor Marco Cortez, que ao longo dos meses conheceu todos os tipos de folhagens, espécies, arranjos e buquês, já que, apenas para abastecer a cidade cenográfica, será necessário um caminhão de flores por semana.

Nas externas as flores também foram importantes. Para o casamento de Tina (Ingrid Guimarães), por exemplo, foram usados 250 vasos de orquídeas, 700 rosas, 200 maços de lisiantos, 250 samambaias, além de muito verde. Mas nada superou a gravação da primeira cena da novela, que irá ao ar na estreia. Foram flores de todos os tipos: açucenas, rosas, orquídeas, sete ervas. A gravação começou logo ao amanhecer, no Ceagesp e, além de contar com os produtores locais, a equipe recebeu um caminhão de flores de Holambra, só para movimentação das cenas dos protagonistas na “Acácia Amarela”, a cooperativa fictícia de Bento.


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