Sambista Dominguinhos do Estácio morre aos 79 anos

O compositor e intérprete de samba enredo Dominguinhos do Estácio morreu, na madrugada desta segunda-feira (31), aos 79 anos. Ele estava internado desde o dia 11 de maio, no Hospital Azevedo Lima, em Niterói, na Região Oceânica do Rio de Janeiro e teve uma hemorragia cerebral. O cantor completaria 80 anos em agosto.

O compositor, cujo sobrenome Estácio, vem do bairro onde Dominguinhos morou, na Região Central do Rio, deixa 5 filhos. O intérprete iria completar 80 anos em agosto.

A imagem está no Instagram @dominguinhosestacio.oficial

Trajetória

Cantor de samba desde a década de 1960, Dominguinhos iniciou na Unidos de São Carlos. Quando a escola passou a se chamar Estácio de Sá, em 1983, ele já estava lá.

Em sua passagem pela Imperatriz Leopoldinense, foi campeão do carnaval carioca em duas ocasiões: em 1981, com "Só dá Lalá", e em 1989 com "Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós".

Ao longo da vida, ele levantou a taça de campeão do carnaval cinco vezes.

Em 2020, Dominguinhos sofreu um infarto depois do desfile da Unidos do Viradouro e foi do Sambódromo carioca direto para o hospital. Além da agremiação de Niterói, ele também teve passagem pela Acadêmicos do Grande Rio.

Ao lado de Neguinho da Beija-Flor e dos saudosos Jamelão, da Estação Primeira de Mangueira, e de Aroldo Melodia, da União da Ilha, Dominguinhos foi tinha uma das vozes mais marcantes do carnaval carioca. Entre seus desfiles inesquecíveis com sambas memoráveis estão “O quê que a Bahia tem?” e “O teu cabelo não nega” (1980 e 1981 pela Imperatriz Leopoldinense), “Paulicéia Desvairada – 70 anos de Modernismo” (1992 pela Estácio de Sá) e “Trevas! Luz! A explosão do universo” (1997 pela Viradouro).

O campeonato mais marcante da sua carreira foi “Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós!”, pela Imperatriz Leopoldinense em 1989, com notas 10 em todos os quesitos. O samba-enredo virou abertura da novela “Lado a Lado”, da TV Globo. No total, ele levantou a taça de campeão 5 vezes.