The Voice Brasil: Bloqueio e surpresas na quarta audição às cegas

Por - 28/10/20 às 08:48

Globo/Victor Pollak

A quarta etapa das audições às cegas revelou 11 novas vozes que seguem na disputa pelo prêmio, na nona temporada do The Voice Brasil. Na noite de terça-feira (27), o reality exibido na Globo reforçou a qualidade dos candidatos e fez internautas questionarem sobre os amadores, que parecem ter ficado de fora. Apenas uma participante não teve as cadeiras viradas.

The Voice Brasil: Vozes do nordeste e versões inusitadas marcam terceira noite de audições às cegas

A primeira apresentação foi a do goiano Manso, de 27 anos. Muito concentrado, ele cantou Gravity, de John Mayer. Todos gostaram.

“Você foi ousado, abusado”, disse IZA, sobre a escolha da canção.

“Você me parece um artista sem neura, desenvolve o que quer com facilidade. Na sua primeira modulada, vi que você sabe o que está fazendo”, observou Lulu Santos.

Feliz com os elogios, Manso contou que mantém um trabalho autoral.

“Tenho história na música desde moleque, hoje meu principal projeto é autoral essa é um pouquinho de mim”, disse.

Michel Teló, escolhido pelo candidato, contou que a música de Meyer tem uma importância em sua vida.

“Thaís deve estar curtindo demais lá em casa, essa é a nossa música”, revelou.

Em seguida, Glícia França, natural de Jaraguari, na Bahia, entoou Numa Sala de Reboco, de Luiz Gonzaga. A cantora de 29 anos contou que canta desde os 11 anos, mas parou aos 21 para fazer faculdade em Belo Horizonte. Ao retornar a sua cidade, foi incentivada pelo irmão a seguir seu sonho na música.

Glicia França cantando no The Voice Brasil

Estrategicamente, Brown bloqueou Lulu. Somente os dois viraram as cadeiras e Glícia, automaticamente, foi para o Time Brown.

A Bahia se fez presente novamente com a jovem Paloma Maria, de 20 anos, cantando Master Blaster, de Stevie Wonder. Ela começou a cantar há apenas um ano e se preparou exclusivamente para o programa, fazendo, inclusive, aulas com fonoaudióloga. Agradou a todos os técnicos.

“Quando a gente vê um diamante, a gente quer lapidar. E você precisa ser lapidada”, disse Lulu.

Foi justamente ele a escolha da jovem.

“Que coragem a sua depois de eu ter exposto a você o que pode melhorar. Eu corri o risco de dizer a ela o que não estava exatamente bom. Essa coragem é a voz que eu quero lapidar”, elogiou o técnico.

"Com 20 anos, fazer isso, é muito legal", disse Teló.

 

Mensagens subliminares

E mais uma baiana subiu ao palco! A doutoranda em Letras, Alissan, de 33 anos, encantou Carlinhos Brown e Lulu Santos ao cantar Triste, Louca ou Má, de Francisco El Hombre. Ela ofereceu a música – que questiona a submissão da mulher em relação ao homem e os padrões sociais impostos na sociedade brasileira – para sua mãe. A mensagem foi prontamente entendida pelos técnicos.

“Não é só necessário ser contra o racismo, é necessário ser antirracista e anti qualquer outra manifestação que venha com violência e descaso, eu não aceito”, sentenciou Lulu.

Alisson escolheu o Time Brown.

O carioca Gui Valença, de 34 anos, trabalha como personal trainer, embora tenha uma banda, Os Impossíveis, e já cantou até com o Monobloco. As cadeiras de Iza e Lulu viraram para sua interpretação de O Mundo é um Moinho, clássico de Cartola.

"Teve momentos em que me lembrou Cartola cantando. Você canta deslumbrantemente, vestiu a canção", emocionou-se Lulu.

Ele optou pelo Time IZA e deixou um recado.

“Espero ser conhecido como cantor personal e não como personal cantor”.

Natural de Monte Santo de Minas, em São Paulo, Luana Marques, de 36 anos, revelou que já participou de uma série no canal BIS, onde dividiu o microfone com Renato Teixeira. Ela, que trabalha profissionalmente acompanhada por uma banda, cantou Temporal de Amor, clássico consagrado na voz de Leandro e Leonardo, e entrou para o Time Teló.

"Gostei do seu timbre, se conectou com a canção. Virei porque acredito em você, na sua voz."

Diversidade

Cantando a música Tanto Faz, de Day, finalista da 6ª edição do The Voice Brasil, Thef, de 26 anos, agradou todos os técnicos. IZA foi bloqueada por Teló.

Thef está na próxima fase do The Voice Brasil

"Mesmo bloqueada, preciso dizer que gostei muito de você", disse a cantora.

“Gastei o meu botão de bloqueio acreditando na sua voz. Vamos juntos", tentou Teló.

Mas a jovem escolheu o Time Lulu.

"Day é um dos grandes orgulhos que tive aqui… Muito me honra sua escolha, essa certeza de que sabe quem é", agradeceu o cantor pop.

Única dispensa da noite, a estudante de Psicologia Ana Castilho, de 26 anos, interpretou Vienna, de Billy Joel.

A grande surpresa da noite veio na sequência. A recifense Diva Menner, cantora trans de 36 anos, fez uma apresentação impecável.

Diva Menner arrasou no palco

“Quando canto, os fantasmas saem e entra uma legião de divas. As portas que se fecharam para mim, hoje vão se arrepender”, disse a cantora, às lágrimas.

Todos viraram as cadeiras e Brown aplaudiu de pé a interpretação de Through the Fire, de Chaka Khan. Diva escolheu o Time IZA.

“Você tem brilho, nasceu para isso, para todos os dias de glória que a vida tem a lhe oferecer”, disse Brown.

“Obrigada pela oportunidade de fazer parte de tudo isso que está vivendo", comemorou IZA.

A décima apresentação foi de Stephanie Luna, de 26 anos. Ela cantou Flames, de David Guetta e Sia, e foi para o Time IZA.

Com Onde Anda Você, de Vinícius de Moraes, a mineira de Araxá, Ana Carvalho, de 20, fez todas as cadeiras virarem e decidiu ficar com Teló, após revelar que havia sonhado com ele.

A noite encerrou com Trem das Cores, interpretada por Rava. A cantora é filha do baixista Dunga, que tocou ao lado de Lulu Santos e Gilberto Gil. Lulu ficou surpreso ao se deparar com ela.

“Seu pai tocou comigo por muito tempo. Estou arrependido de não ter virado, eu me distraí”, disse.

Rava foi a última a se apresentar

The Voice Brasil bate recorde de audiência em São Paulo

---

Tags: ,