Veja elege Rafinha Bastos o novo rei da baixaria

Rafinha Bastos foi eleito o novo Rei da Baixaria pela revista Veja S. Paulo desta semana. De acordo com a publicação, o humorista do CQC lidera a turma cada vez mais numerosa de comediantes fora do tom, com ofensas e piadas de mau gosto.

Na última segunda (19), Rafinha disse na bancada do programa que “comeria Wanessa e o bebê”. Segundo a revista, a ofensa teria feito com que Ronaldo, sócio de Marcus Buaiz e marido da cantora, rompesse com o CQC e ligado para cúpula da Band.

“A emissora não gostou nada da piada e ainda está avaliando um possível afastamento dele do programa”, disse o diretor artístico e de programa, Hélio Vargas, à publicação. Hélio ligou pessoalmente para Marcus Buaiz para se desculpar.

Procurado pela Veja, Rafinha não quis comentar a repercussão do caso e limitou-se a dizer: “Sou comediante, faço piada. Acho a discussão válida, mas outras pessoas podem comentar melhor sobre o assunto.”

Além de Marco Luque, que enviou um comunicado à imprensa repudiando a atitude do colega de bancada, Marcelo Tas também não gostou da declaração do humorista.

“Não gostei, isso não é piada, não se encaixa na categoria humor. É uma deselegância, uma agressão gratuita. Ele foi infeliz”, afirmou. “Acho que o CQC precisa superar a adolescência, passar dessa fase de rebeldia sem causa”, completou.

A revista ainda comenta os casos de abusos de Marcelo Adnet, Marcos Mion, Danilo Gentili e dos integrantes do Pânico na TV, este último já recebeu 353 denúncias em quatro rankings da baixaria organizados pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.

A reportagem trouxe ainda depoimentos do escritor Marcelo Rubens Paiva, que analisou: "Acho absurdo usarem o argumento da liberdade de expressão como justificativa para esse tipo de piada."

Mestre nos assuntos referentes a talentos e televisão, o empresário José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, declarou que vê decadência na atual comédia brasileira. “O humor nacional está no fundo do poço, falta finesse”. Boni ainda completou dizendo: “Quando uma piada é feita com apelação e ofende a audiência, é porque ela é ruim. E isso é o mesmo que chamar o público de burro.”

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