Victor Pecoraro diz que nunca imaginou ser ator

Por - 27/10/12 às 18:46

Rodrigues Jorge/ Carta Z Notícias.

Trabalhar na Globo é o sonho de muitos atores. Mas há quem prefira diversificar. Foi o caso de Victor Pecoraro. Depois de interpretar Rubinho, um dos personagens principais de Aquele Beijo, ele resolveu trocar a emissora pela Record.

Primeiro foi convidado para fazer um teste. Até que a proposta foi concretizada e o ator foi escalado para viver Eduardo, o mocinho de Balacobaco. O que mais motivou Victor a aceitar a mudança foi o fato de que na Globo, com o fim da trama de Miguel Falabella, ficaria um bom tempo fora do ar.

Victor Pecoraro diz que nunca imaginou ser ator"Só tinha coisa para eu fazer no ano que vem e não queria ficar parado. Não gosto de esperar, quero trabalhar sempre, e ter um trabalho atrás do outro", revela.

Para viver o protagonista da trama escrita por Gisele Joras, Victor não precisou de nenhuma preparação específica. Isso porque, assim como o ator, o personagem é ligado à natureza e faz o tipo animado. Mas Victor aproveitou uma viagem que fez ao Chile para buscar algumas referências com o guia do local. Além disso, está montando um cartaz com colagens de imagens que têm a ver com o papel. A ideia é entender a fundo a personalidade de Eduardo.

"Vou estudando o que acho que é bom para o personagem para, quando entrar em cena, estar preenchido daquilo. Acho que tudo é importante e é um complemento, até a cor do relógio que ele usa", especifica.

O Fuxico – A Globo é a emissora mais forte em teledramaturgia. Ir para a Record foi uma decisão difícil?

Victor Pecoraro – A Globo é uma grande indústria. Por enquanto, está sempre no topo. Eu já trabalhei no SBT e vejo que a Record tem uma diferença. No SBT, se algo não dá certo, eles colocam outra coisa. Na Record, se não dá certo, eles vão tentar de novo e vão querer que dê certo. O fato de a emissora pensar para frente, de querer crescer me faz pensar que eu também posso estar aqui e crescer junto. Acho empolgante.

OF – Depois de algumas participações na Globo, você encarnou o protagonista de Corações Feridos, no SBT. Transitar em emissoras diferentes enriqueceu seu trabalho como ator? 

VP– Quando fiz o protagonista de Corações Feridos, no SBT, gravava muito porque tinha de fechar a novela em três meses. Às vezes, eu fazia 30 cenas por dia. Essa coisa de ter de decorar o texto rapidamente porque você tem de gravar me fortaleceu para quando eu fiz o teste para Aquele Beijo. Talvez se eu não tivesse feito essa novela, não teria segurado a onda. Acho que é tudo fruto de trocas de emissoras. O ator tem de trabalhar onde há espaço para ele.

OF – A produção de Balacobaco foi iniciada às pressas devido à decisão da Record de encurtar Máscaras, que estava com baixa audiência. Sentiu alguma diferença no ritmo de trabalho?

VP – Eu não fico pensando nisso. Foco mais em entrar bem logo no personagem, fazer bem a cena, ter um entrosamento bom com as pessoas e decorar o texto. Entrar pronto para fazer. Não penso se vão ter duas, 10 ou 20 cenas.

OF– Você começou a trabalhar como modelo. Em que momento decidiu investir na carreira de ator? 

VP – Nunca resolvi ser ator. Uma coisa levou à outra. Teve uma época em que eu estava fazendo muita publicidade, o que chamou atenção da Globo. Foi quando fiz teste para a oficina de atores, passei e entrei em Chocolate com Pimenta. Dali, as coisas foram se encaminhando. Quando de repente fui ver, já estava no lugar. Nunca me preparei para isso.   
 

Victor Pecoraro comemora boa fase profissional

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