Xuxa se emociona ao visitar Coroa Grande, onde morava na infância

EM PAZ COM MARLENE MATTOS, 19 ANOS DEPOIS DE ROMPER AMIZADE

O reencontro veio, após 19 anos! A amizade não voltou, mas no sábado, 27 de novembro, Xuxa Meneghel e Marlene Mattos puderam conversar, pela primeira vez, desde que romperam – de maneira nada amistosa – a parceria profissional e pessoal. As duas, que formaram uma das parcerias mais bem sucedidas da história da TV brasileira, estiveram na Cidade das Artes, no Zona Oeste do Rio de Janeiro, para a primeira gravação da série biográfica sobre a vida da eterna Rainha dos Baixinhos, produzida pela Endemol e co-produzida pela Globoplay, sob direção de Pedro Bial e de Cassia Dian.

Apesar da mágoa e de todos os desabafos que já fez sobre o rompimento da parceria, Xuxa concordou com o reencontro, de imediato, quando lhe foi proposto. A loira destacou o óbvio: não seria possível contar a história dela sem Marlene. A diretora, por sua vez, também concordou.

A emoção tomou conta do momento, claro. As duas vestidas de branco, conversaram por cerca de duas horas. Xuxa e Marlene abriram o coração e falaram sobre tempos passados, mágoas e ressentimentos e sobre assuntos que estavam até então engasgados.

Xuxa, a exemplo do que já havia falado outras vezes em entrevistas, desta vez falou diretamente para Marlene Mattos sobre as dores e marcas que carrega da época de Rainha dos Baixinhos e pode também ouvir a versão e o ponto de vista de sua ex-diretora, comadre (Marlene é madrinha de batismo de Sasha) e braço direito.

Embora a conversa tenha provocado lágrimas em parte da equipe, as duas não choraram. Ao menos no “cara a cara”. Uma fonte de OFuxico contou que, logo que se distanciaram, as lágrimas rolaram.

POLÊMICO FILME ADULTO ESTARÁ NO DOCUMENTÁRIO

Para quem achava que o reencontro com Marlene Mattos seria o auge do documentário que a Globoplay prepara sobre a vida de Xuxa, se enganou. Sob direção de Pedro Bial, a loira teve mais um reencontro histórico e, porque não dizer, cercado de polêmica. Na última sexta-feira, 03 de dezembro, Bial conseguiu reunir a apresentadora com Marcelo Ribeiro, que, aos 12 anos, contracenou com ela no filme “Amor, Estranho Amor”, de Walter Hugo Khouri. Atualmente Marcelo tem 39 anos e Xuxa, 58. Na época, em 1982, a loira ainda não sonhava em ser a Rainha dos Baixinhos e tinha 19 anos. Eles eram os mais jovens integrantes de um elenco que contava ainda com Vera Fischer e Tarcísio Meira.

No longa, Marcelo e Xuxa faziam uma cena erótica que causou grande polêmica e teve impacto sobre a carreira de ambos. Os dois pagaram um preço alto pela produção.

O garoto, que seguia uma carreira de ator mirim, ficou marcado pelo episódio. Ela, que no ano seguinte se lançou numa bem-sucedida trajetória de apresentadora de programa infantil, na TV Manchete, passou anos às voltas com ações na Justiça para impedir que o filme fosse distribuído em vídeo, fora dos cinemas. Na entrevista, feita numa locação, Bial, Xuxa e Marcelo assistiram ao trecho de “Amor Estranho Amor” e comentaram.

FILME FOI PARA NOS TRIBUNAIS

Após 20 anos proibido de ter qualquer tipo de exibição devido a embargos judiciais solicitados pela apresentadora Xuxa, o filme “Amor Estranho Amor” pode finalmente ser visto pelo público na televisão, ao entrar na grade de programação do Canal Brasil, em fevereiro deste ano.

Lançado em 1982, o longa ficou marcado como aquele em que Xuxa Meneghel – na época ainda uma modelo – foi sugerida para fazer parte do filme de Walter Hugo Khouri pelo então namorado dela, o ex-jogador Pelé.

Ninguém havia, até então, dado atenção às sequências em que a prostituta vivida pela gaúcha é oferecida a um garoto para tirar a sua virgindade. Até que o filme começou a circular em VHS, no auge das vendas deste formato, e Xuxa já comandava programas infantis. O caso, então, foi para os tribunais.

A proibição só serviu para aumentar o folclore em torno de que o realizador teria feito uma pornochancada e que o ator mirim foi indevidamente exposto. Na época, a apresentadora alegou que houve uma exploração do sucesso dela pelo produtor Anibal Massaini Neto. Apesar de viver um personagem secundário, Xuxa passou a estampar as capas dos VHS, enquanto os representantes da apresentadora alegavam que não havia autorização de exibição em outras mídias.

Em 2017, o Supremo Tribunal Federal não acolheu as alegações de Xuxa e, no ano seguinte, o filme foi liberado.

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