Renascer: Bruno Luperi não queria mexer em outra novela do avô

Bruno Luperi. Com certeza, você já ouviu falar esse nome nos últimos anos. Ele é autor de “Velho Chico”, de 2016, do remake de “Pantanal”, que foi ao ar em 2022, e agora está a frente do remake de “Renascer”, mais uma trama escrita pelo seu avô, Benedito Ruy Barbosa.

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Porém, depois do sucesso estrondoso de Pantanal, não pense que Luperi já pensou em se emaranhar em um novo projeto, muito pelo contrário, ele chegou a “jurar” que não tocaria em outra novela tão importante escrita pelo seu avô.

“É uma novela que é muito viva na minha memória, essa lembrança inteira de Renascer, eu tenho uma nostalgia muito forte de tocar nela. Eu acho que as duas novelas que eu considero talvez os dois maiores marcos da carreira do meu avô são: Pantanal, pelo que ela representa do ponto de vista mágico, cria um folclore acerca de um Brasil muito pouco explorado, muito pouco difundido e traz personagens que entram no Imaginário Popular. Acho que isso é muito único, especial e, particularmente, Renascer. Enquanto dramaturgo, enquanto um admirador desse gênero, eu acho que é onde o meu avô conseguiu atingir o ápice dele enquanto novelista, enquanto contador de histórias”, começou, elogiando Ruy Barbosa.

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“É uma história que me fascina desde muito cedo, tanto que eu tinha jurado para mim mesmo que eu nunca mais ia fazer nenhuma novela dele depois de Pantanal, que a gente conseguiu um sucesso tão grande mexendo numa novela que era tão importante, que era tão querida pelos brasileiros e falei: ‘Acho que acertar duas vezes ali é meio difícil fazer melhor do que foi’”, explicou.

Porém, ao receber o convite, ele ainda faz uma brincadeira envolvendo o cramulhão e que não teve como recusar.

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“Quando veio o convite fazer o Renascer eu falo brincando que o Vilamarim (diretor da Globo), ali o pessoal da Globo, destamparam a garrafinha do cramulhão, porque ali falou mais alto do que eu, é uma coisa meio irrecusável para mim por tudo que eu vivi”, contou.

O diretor Gustavo Fernandez, que também está ao lado de Bruno Luperi mais uma vez, também emendou que, apesar de não ter assistido a primeira versão, sentiu que tinha que fazer o projeto.

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“Desde que eu fui convidado para fazer Renascer, fiquei muito impressionado sobre como Renascer era a novela da vida de muitas pessoas, a primeira novela que marcou, né? Isso é uma história recorrente e muitas pessoas, quando souberam que eu ia fazer, muitos atores ligaram, pessoas que ainda trabalham lá na Globo e fizeram a primeira versão que queriam fazer essa versão também. E isso que o Bruno falou da tradição da família, da história familiar, eu tenho também um pouquinho disso, apesar de não ter visto, nem trabalhado na primeira versão”, afirmou.

Fernandez ainda recordou que o momento que veio o convite de Renascer era quando ele pensava em descansar, mas não conseguiu recusar o convite.

“Eu acho que o convite do Vilamarim também abriu a garrafinha do cramulhão para mim, era convite que eu não podia recusar. depois de um tempo que eu fiz Pantanal, vim emendando trabalhos. Fiz Justiça 2, inclusive, já estava fazendo Justiça, enquanto estava acabando o Pantanal, aí comecei só Justiça e veio o convite de Renascer. Era algo que não era mais uma decisão minha, eu tinha que fazer”, finalizou.