Vai na fé: ‘Histórica para o horário’, elenco elogia representatividade

Por - 12/08/23 às 15:18

Carla Cristina Cardoso, Carolina Dieckmann, Regiane Alves, Rosane Svartman e Gabi Duarte no podcast papo de novelaFoto: Renata Domingues/Gshow

Vai na Fé”, da TV Globo, chegou ao fim nessa sexta-feira, 11 de agosto, e um episódio especial do podcast “Papo de Novela”, do Gshow, aconteceu de maneira inédita em forma de vídeo, recebendo a autora da trama, Rosane Svartman, e as atrizes Carla Cristina Cardoso, Carolina Dieckmann e Regiane Alves.

O principal assunto discutido foi a representatividade na novela, que se destacou dentro do horário das 19h da emissora. “A Rosane fez uma coisa histórica para o horário das sete. Os meus sobrinhos se sentam agora, de frente para a novela, e eles têm outra visão do que tive na minha infância”, disse a intérprete de Bruna

“(…) As crianças pretas que sofrem bullying no colégio por conta do cabelo, querem trançar o cabelo, porque assistem à novela”, continuou ela, que hoje percebe a importância de uma produção cujo 80% dos atores do elenco de “Vai na Fé” eram negros.

“A gente tinha essa falta de se sentar de frente à TV e não ver ninguém da nossa família, da nossa rua. Quando eu era pequena, eu via muitas coisas, as pessoas claras se pintavam de preto para fazer a gente [na televisão]. E aí, não tem mais isso, é enxergar a nossa avó, a nossa vizinha, como a dona Neide”, desabafou ela.

EXEMPLOS DA NOVELA E REPRESNETATIVIDADE LGBTQIAPN+

Carla Cristina continuou seu pensamento citado o exemplo de Hugo (MC Cabelinho) na trama, que quis sair da vida do crime por meio da fé e da arte: “Na favela tem muita gente que desenha muito e que está no tráfico. Porque ele não tem a oportunidade, na favela, [de receber um convite]: ‘Pinta aqui essa caçamba’, o indivíduo não sabe que tem isso”.

“Tem gente que se deu o caminho errado, e que está assistindo à novela, e está tendo outra visão. O que a novela traz? Traz isso! Traz mudança, traz mudança aqui dentro [da cabeça]. Muita gente que não pode mudar, está pensando em mudar.”, conclui a atriz.

Já Regiane falou da representatividade LGBTQIAPN+,a final, ela deu vida a Clara, que desenvolveu um romance com Helena (Priscila Sztejnman), fato que a entregou 300 perfis de fãs dedicados à atriz e ao casal da trama. Ela ainda contou a reação do filho de nove anos ao assunto.

“Eu estava conversando com o meu filho, e ele olhou para um chocolate e um coraçãozinho, e era com a bandeira [da comunidade LGBTQIAPN+]. E aí ele olhou e falou: ‘Mãe, porque você não leva para a sua namorada da novela?’, e eu achei tão bonitinho”, revelou ela.

“Ele tem 9 anos, mas foi uma coisa tão comum, é uma geração onde é normal. Muita gente me pergunta: ‘Ah, como é que você fala sobre isso para os seus filhos’, e eu falo: ‘Gente, já é uma geração que aceita diferente, e vê isso de uma forma que conduz em uma normalidade”, refletiu ela.

CONTINUAÇÃO VEM AI?

Carla então falou dos apelos dos fãs para uma continuação da trama: “Acho que o desfecho dela foi bem legal. Eu acho que se tivesse mais novela, ia acontecer mais coisa. Mas como o povo está pedindo Vai na Fé 2, Vai na Fé – A Série e Vai na Fé – O Filme… Já vi isso tudo!”.

A apresentadora do podcast e jornalista do Gshow, Gabi Duarte, entrou na onda de torcer para acontecer: “Dá para ter spin-off de várias coisas, do restaurante…”.

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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.