Caso Capivara: Agenor consegue decisão favorável, mas web distorce
Por Raphael Araujo - 30/04/23 às 13:27
Nos últimos dias, um caso vem chamando atenção dos internautas: o caso de Filó, uma capivara que estava sob posse do influenciador Agenor, mas que foi obrigado pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) a devolver o animal por se tratar de uma espécie silvestre e que deve ficar em ambiente propício a ela.
Após a repercussão do caso, muita gente criticou o IBAMA pela decisão, e começou um engajamento para que Filó fosse devolvida a Agenor, inclusive contando com a ajuda da deputada estadual do Amazonas Joana Darc (União Brasil), que acompanha o caso e o defende.
No sábado, 29 de abril, uma decisão da Justiça em relação ao caso foi liberada, e em live, os ativistas da causa animal Arnaldo Rocha e Luisa Mell afirmaram que se tratava de uma determinação do retorno de Filó para Autazes, cidade de Agenor, e até comemoração ocorreu entre os apoiadores do influenciador em frente ao IBAMA.
Porém, de acordo com o jornal OGlobo, a liminar concedida pelo juiz Márcio André Lopes Cavalcante, da Justiça Federal do Amazonas, permite que Joana e Agenor possam visitar a capivara Filó no Cetas em que o animal está sendo mantido ao lado de profissionais que possam avaliar o ambiente e as condições dela.
“Concedo a liminar para autorizar que a Comissão de Proteção aos Animais da ALEAM (Assembleia Legislativa do Amazonas), na pessoa de sua presidenta Deputada Joana Darc, acompanhada de assessores parlamentares e de médicos veterinários, possa adentrar ao IBAMA, mais especificamente no CETAS, para que possam fiscalizar as instalações e realizar avaliação clínica e física da capivara Filó, devendo ser disponibilizado total acesso ao animal, sem qualquer embaraço”, afirma o texto da liminar.
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EXPLICAÇÃO DA DECISÃO
O juiz explicou que a liminar foi cedida porque a capivara Filó “foi levada abruptamente do interior do Estado para a capital e encontra-se em condições que são desconhecidas do particular Agenor Bruce Tupinambá, dos demais órgãos de proteção animal e de toda a sociedade, que tem o direito de saber o estado de saúde e as condições em que a capivara está vivendo”.
Diante da repercussão distorcida de que Agenor tinha “ganhado a guarda” da Filó, Joana Darc explicou a decisão da Justiça aos seguidores nas redes sociais: “Filó ainda não está solta. Entramos com um mandado de segurança, agora a gente pode fiscalizar para ter o laudo do biólogo e veterinário”.
O IBAMA chegou a negar que tivesse perdido o direito de recuperar Filó: “É falsa a informação divulgada neste sábado (29/4) em redes sociais de que haveria decisão judicial determinando a devolução de uma capivara ao infrator Agenor Tupinambá. Decisão judicial publicada na tarde deste sábado apenas autoriza que integrantes da Comissão de Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) acompanhem os trabalhos no Cetas relacionados à capivara resgatada”.
O órgão ainda explicou como o Cetas funcionas: “Os Cetas funcionam como unidades para tratamentos e reabilitação de animais vítimas do tráfico ou resgatados. O Cetas-AM é especializado na reabilitação e soltura do sauim de coleira, espécie que só ocorre em Manaus e está ameaçada de extinção. É um trabalho delicado e longo”.
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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.