Diego Costa e seu envolvimento em polêmica referente a apostas

Por - 30/10/21 às 11:08

Diego Costa - jogador de futebolDiego Costa - jogador de futebol - Foto: Reprodução Instagram

O futebolista Diego Costa, atacante do Atlético Mineiro, se viu envolvido em uma polêmica com seu nome associado a uma investigação da Polícia Federal. O atacante tem estado no meio de muitas situações insólitas ao longo dos anos. Recorde-se que, em 2016, jogando no Chelsea, ele cuspiu nos pés de um árbitro e depois mordeu o pescoço de um rival, jogador do Everton, com quem os “Blues” se estavam enfrentando. Já uns anos antes ele havia tentado morder Sérgio Ramos, do Real Madrid. E muitos recordarão a ocasião em que Costa atirou um colete ao técnico José Mourinho – ambos integrando o Chelsea – insatisfeito por ter sido substituído.

Mas a polêmica agora é um pouco mais grave. Veja tudo em seguida.

CONHEÇA O CASO

A “Operação Distração” da Polícia Federal, lançada no final de setembro, incluiu buscas na casa de Diego Costa, sob acusação de ele estar financiando uma operação criminosa. A acusação inclui “suposta prática de exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e organização criminosa”. Mas o advogado do atacante declarou para a mídia que o problema aconteceu “basicamente porque Diego lá, enquanto cidadão europeu, enquanto residia em Madrid, na Espanha, ele fez apostas legítimas, legais, em jogos”.

O Atlético Mineiro lançou um comunicando afirmando que os fatos não eram do conhecimento público e nada têm a ver com o clube, reforçando que reportam a data anterior à chegada do jogador ao time, mas que o clube se disponibilizava para apoiar o jogador no que fosse necessário.

APOSTAS ESPORTIVAS NA ESPANHA E MAIS

Claro que as apostas esportivas em Espanha são legais. Em Espanha e na generalidade dos países europeus a operação de bancas de apostas na internet é regulamentada por lei, prevendo limites à atividade, a necessidade de obtenção de licença junto de uma autoridade pública e regras de defesa do apostador, enquanto consumidor e cidadão que usa um serviço licenciado. No mais, a indústria de apostas esportivas é um dos grandes setores econômicos online (baseados na internet) em crescimento atualmente, e que está escapando às polêmicas que afetam, por exemplo, a reputação e credibilidade do Facebook.

PERTO DA REGULAMENTAÇÃO NO BRASIL

Importa acrescentar que o mercado de apostas esportivas no Brasil está muito perto de ver seu processo de regulação terminado. A lei que autoriza as apostas de quota fixa foi sancionada em dezembro de 2018, prevendo um prazo máximo de quatro anos para implementar o sistema na prática. Em meio a esse processo, o governo veio dando sinais ao mercado de que não pretendia “assustar” as empresas estrangeiras com ameaças de perseguição ou cassação. Pelo contrário, os sites de apostas seguiriam operando até normalizarem suas licenças, o que só poderá acontecer, claro, depois de terminado esse processo de regulação.

Além disso, nenhum cidadão que submeta apostas em uma plataforma 100% estrangeira e operando a partir do exterior é incomodado pelas autoridades. Nem poderia ser de outra forma, sabendo da quantidade de times da Série A do Brasileirão que estão atualmente sendo patrocinados por empresas de apostas esportivas.

MAS ATENÇÃO!

Claro que a acusação lançada pela Polícia Federal é bastante diferente da versão do advogado de Diego Costa. O comunicado da autoridade aponta a existência de indícios de lavagem de dinheiro e evasão de divisas envolvendo diferentes “empresas físicas e pessoas jurídicas”, o que nada tem a ver, na verdade, com a versão de um cidadão estar submetendo apostas em um site. As duas versões não poderiam estar mais distantes, com a Polícia Federal sugerindo Diego Costa como empreendedor e financiador de um site e seu advogado apontando que ele foi mero usuário.

CULPADO OU INOCENTE ?

Fique claro que todo o cidadão é inocente até ser se provar sua culpa. Se Diego Costa apenas submeteu apostas esportivas em Espanha, não parece existir razão para polêmica. Mas tudo compete à polícia investigar e aos tribunais decidir.

Idealizadora do site OFuxico, em 2000 segue como CEO e Diretora de Conteúdo do site. Formada em jornalismo pela Faculdade Casper Líbero, desde os anos 1980 trabalha na área do jornalismo de entretenimento. Apaixonada por novelas, séries, reality, cinema e estilo de vida dos famosos.