Victor Meyniel dá detalhes sobre agressão: ‘Homofobia é crime’

Victor Meyniel deu detalhes sobre o crime de homofobia que sofreu neste último final de semana, no Rio de Janeiro. O ator foi espancado por Yuri de Moura Alexandre, após um encontro com o médico, em uma portaria.

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Em entrevista, ele revelou o início da sua relação com o criminoso: “Ele falou que morava perto, e que a gente poderia ir para o apartamento dele, enquanto a amiga dele fazia plantão. Porque ela era médica, que nem ele. E ela não estaria em casa, então seria eu e ele só, uma coisa mais tranquila, entre nós dois”.

Tudo mudou quando uma amiga de Yuri chegou na casa. “Pareceu que virou uma chave na pessoa. Ele me botou para fora, me empurrou. Nisso que ele me empurrou, como eu estava sem sapato, porque a gente tira o sapato para ficar no sofá, eu tava no chão da porta, ele foi e tacou o sapato”, relembrou Victor no papo com a Globo.

“Na mesma hora que eu estava descendo, ele desceu. Ai eu falei ‘Não entendi o alvoroço todo, qual o problema da gente estar se beijando'”, continuou Victor. Nesse momento, Yuri surtou: “Eu lembro só do acesso de raiva dele, ele me pegar, me colocar no chão e me dar socos e socos e mais socos. E eu pedia para ele parar, pedia para ele parar e ele não parava”.

Depois de espancar o ator, Yuri foge do local e Victor é ajudado por um morador, que o auxiliou a chamar a polícia. “Precisam se conscientizar que agora homofobia é crime! Qualquer ato violento contra raça, contra gênero, contra sexualidade, contra qualquer coisa, é crime e as pessoas respondem por isso”, finalizou Victor.

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Relato do porteiro

Após ser preso por omissão de socorro, o porteiro Gilmar José Agostino deu mais detalhes do crime em seu depoimento à polícia.

De acordo com o criminoso, “após dar vários socos em Victor, Yuri saiu do edifício e foi para a academia”, deixando o ator “no chão, sem socorro”, e que “após alguns minutos resolveu prestar socorro a Victor”, ao interfonar ao síndico.

Gilmar disse que escutou Yuri anunciar que socaria Victor e ainda disse que ele mora com a amiga no prédio há menos de um ano e que “nunca causou nenhum transtorno no prédio com exceção da data de hoje”.

Sobre ter ficado imóvel durante o espancamento, disse que “não gosta de se meter na vida dos outros nem dos vizinhos”.

Entenda o caso

Victor foi até a casa de Yuri neste último sábado, 2 de setembro, após os dois se conhecerem em uma balada do Rio de Janeiro.

Em imagens fortes divulgadas pela assessoria e registradas pela câmera do local, é possível ver o funcionário apenas observando, omitindo socorro, enquanto o agressor soca e dá pontapés no influenciador que não consegue reagir para se defender. Na nota divulgada, a Montenegro Talents informa que as medidas legais estão sendo tomadas

“O ator Victor Meyniel foi covardemente vítima de um crime de homofobia, na rua Siqueira Campos. Ele teria conhecido o agressor na boate Fosfobox, Zona Sul do Rio. O ator, junto com a sua mãe, prestou queixa na 12 DP com a Delegada Débora Rodrigues e a Policial Camila Marques. O ator passou por exame de delito no IML e foi atendido pela UPA. O agressor foi preso. Foi pedido a prisão preventiva. O porteiro também foi indiciado por omissão de socorro”.

Veja a cena e o comunicado:

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Victor já tomou medidas jurídicas Yuri de Moura Alexandre, estudante de medicina. O ator e sua mãe foram até a 12ª DP do Rio de Janeiro e abriram um Boletim de Ocorrência.

Além disso, o ator passou por um exame de delito no IML e foi atendido na UPA, de acordo com a defesa. A Polícia Civil do Rio ainda informou que Yuri foi conduzido para a DP de Copacabana e autuado em flagrante pelos crimes de lesão corporal, injúria por preconceito e falsidade ideológica.

Porteiro

Enquanto era espancado por Yuri, Victor foi observado pelo porteiro Gilmar José Agostino, que foi preso por omissão de socorro nesta segunda-feira, 4 de setembro.

Quem é Yuri de Moura

Como a internet não perde tempo, não demorou muito para acharem as redes sociais de Yuri de Moura. Após uma busca, descobriram que o criminoso é médico na cidade do Rio de Janeiro e já mudou o nome no Instagram, com o intuito de não ser encontrado.

Os internautas estão revoltados e pedindo que ele perca o direito de exercer a profissão: “Esse tipo de gente, criminosa, não pode ter o direito de cuidar de ninguém”; “Maníaco, que nunca mais chegue perto de um paciente”.

Preta Gil

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