Robinho, condenado na Itália, usa disfarce e participa de manifestação pró-Bolsonaro
Por Flavia Cirino - 03/11/22 às 08:30
O ex-atacante Robinho, condenado por estupro pela Justiça da Itália, saiu disfarçado às ruas de São Vicente, em São Paulo, na quarta-feira, 02 de novembro. Ele participou de um protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial.
Para não ser reconhecido nas ruas da cidade do Litoral Paulista, o atleta usou máscara sobre o rosto, colocou óculos, usou gorro amarelo na cabeça e se enrolou em uma bandeira do Brasil. Uma das pessoas que acompanhou o ex-jogador na manifestação carregava um cartaz pedindo “intervenção federal”.
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Durante a corrida eleitoral brasileira, o ex-atacante usou suas redes sociais para declarar apoio à reeleição de Jair Bolsonaro.
CONDENADO NA ITÁLIA, ROBINHO PODE SER EXTRADITADO
Condenado em última instância na Justiça da Itália a nove anos de prisão por estupro, Robinho é alvo de um pedido de extradição feito pelo Ministério da Justiça italiano no último doa 04 de outubro.
Amigo do jogador, Ricardo Falco recebeu a mesma pena e também teve a extradição solicitada pelo órgão. Vale destacar que o governo do Brasil, historicamente, não extradita seus próprios cidadãos. Os dois países, contudo, podem chegar a um acordo para que o ex-jogador cumpra sua sentença em uma penitenciária brasileira.
Em 19 de janeiro de 2022, a Suprema Corte da Itália confirmou a condenação de ambos por violência sexual, mantendo as penas impostas em primeira e segunda instâncias.
Os dois foram sentenciados por conta do estupro de uma jovem albanesa em 22 de janeiro de 2013, quando a vítima tinha 22 anos de idade. A mulher estava na mesma boate que Robinho e cinco amigos dele, em Milão, mas só se juntou ao grupo após a esposa do então jogador do Milan voltar para casa.
VÍTIMA ESTAVA SOB EFEITO DE BEBIDAS
Segundo a acusação, o ex-jogador de futebol e seus amigos ofereceram bebida à vítima até “deixá-la inconsciente e incapaz de se opor”. Na reconstrução feita pelo Ministério Público, o grupo levou a jovem para um camarim da boate e, se aproveitando de seu estado, praticou “múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela”.
Os outros quatro envolvidos no caso não foram rastreados pela Justiça da Itália e não puderam ser processados.
Em uma conversa telefônica grampeada, Robinho disse ao amigo Jairo Chagas, que o alertara sobre a investigação: “Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu”.
“Olha, os caras estão na m****. Ainda bem que existe Deus, porque eu nem toquei naquela garota. Vi os outros fo**** ela, eles vão ter problemas, não eu. Eram cinco em cima dela”, disse ele na conversa.
Contudo, Jairo Chagas retrucou que havia visto Robinho “colocar o pênis dentro da boca” da vítima. O ex-atacante tentou se defender: “Isso não significa transar”.
Os advogados de Robinho, que está afastado dos campos desde 2020, quando defendia o Istanbul Basaksehir, da Turquia, alegam que ele é inocente e que a relação foi consensual.
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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino