Escritor de Príncipe Harry defende incoerências em seu livro de memórias

Por - 13/01/23 às 09:00

Príncipe Harry em entrevista na TVPríncipe Harry em entrevista na TV / Reprodução / YouTube

O famoso autor de “The Tender Bar: a Memoir”, J.R. Moehringer, que foi o escritor-fantasma [aquele que escreve, mas não leva crédito na obra] do livro “O Que Sobra“, do Príncipe Harry, defendeu o duque de Sussex das críticas que tem recebido pelas ‘falhas de memória’ em seus relatos. Ele foi ao Twitter e abordou as diferenças entre “memória e fato”, enquanto os erros do livro continuam aparecendo.

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“A linha entre memória e fato é tênue, interpretação e fato (…) Existem erros inadvertidos desses tipos em excesso.”, justificou o autor de “The Tender Bar”.

Os usuários do Twitter zombaram dessa declaração em suas respostas ao tweet de Moehringer. O tweet veio um dia depois que o livro de memórias do duque de Sussex chegou às lojas.

Leitores atentos afirmam que Harry pode perder a credibilidade com tantos erros factuais em suas histórias mal contadas.

O duque, por exemplo, afirmou que estava em um colégio interno quando soube da morte da rainha-mãe em março de 2002, com vários relatórios esclarecendo os fatos de que o então adolescente estava em uma viagem de esqui na Suíça na época, com William e o rei Charles III.

Harry também escreveu que o fundador do colégio Eton, o rei Henry VI é seu tataravô, mas muitos usuários de mídia social apontaram que o soberano teve apenas um filho, que morreu em batalha aos 17 anos, antes de ter filhos.

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“O príncipe Harry não pode nem verificar sua própria árvore genealógica, já que ele continua com a impressão de que é descendente do rei Henry VI, cujo filho morreu sem filhos aos 17 anos”, escreveu uma pessoa. “Mas com certeza, vamos todos acreditar.”

Além disso, a companhia aérea Air New Zealand esclareceu ao jornal “New Zealand Herald” que eles “nunca operaram voos” entre o México e a Grã-Bretanha depois que Harry se lembrou de ter comprado com a companhia, uma “passagem de primeira classe” semelhante para o pai de Meghan Markle, Thomas Markle.

O príncipe ainda não abordou essas imprecisões em nenhuma entrevista.

Reprodução YouTube

ERROS DE MEMÓRIA

Spare: O que Sobra”“, livro com as memórias do Príncipe Harry já é uma das obras de não ficção mais vendidas na história do Reino Unido, mas seu conteúdo foi rapidamente questionado pelos usuários ansiosos do Twitter quanto à sua credibilidade. Isso porque há passagens que Harry narrou que não condizem com a realidade dos fatos.

Uma das lembranças imprecisas do duque de Sussex que está sendo questionada é sobre a morte de sua bisavó, a Rainha Mãe, Elizabeth, que morreu enquanto dormia, em março de 2002, aos 101 anos.

Harry conta no livro: “Em Eton [colégio], enquanto estudava, recebi uma ligação. Eu gostaria de poder lembrar de quem era a voz do outro lado; de um cortesão, acredito”, escreveu o príncipe.

Ele continuou: “Lembro-me que foi pouco antes da Páscoa, o tempo estava claro e quente, a luz entrando pela minha janela, cheia de cores vivas. Sua Alteza Real, a Rainha Mãe morreu.”

Porém não foi difícil descobrir pela Internet que quando a mãe da Rainha Elizabeth II morreu, Harry estava na Suíça com o pai, o Rei Charles III e o irmão, o Príncipe William. Ele não estava no colégio e sim em Klosters esquiando com a família. Fotos mostram que eles voltaram para o Reino Unido um dia após o anúncio da morte da bisavó.

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A inconsistência levou muitos a questionarem se outras partes do livro de Harry poderiam estar incorretas também.

No Twitter alguns usuários reagiram: “Harry nem consegue se lembrar onde estava quando a rainha-mãe morreu, então suas lembranças não são confiáveis”.

Outro comentou: “É o primeiro dia do lançamento de #Spare e já está claro que Harry fabricou grandes porções do livro para apoiar sua falsa vitimização”.

“Ele não estava em Eton quando a rainha-mãe morreu e não foi informado por um ‘cortesão aleatório’. Ele é um mentiroso e um perdedor, ponto final.”, criticou outra pessoa.

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Em outro relato no livro, Harry escreveu que sua falecida mãe, a Princesa Diana, comprou para ele um Xbox em seu aniversário de 13 anos em 1997, pouco antes dela morrer. No entanto, segundo o jornal “Mirror” o primeiro Xbox foi lançado somente em 2001 e o videogame só chegou às prateleiras na Europa em 2002.

Uma pessoa twittou: “Parece que o livro é um pouco nebuloso”.

Outro concordou: “Esse é o problema com várias mentiras. Você perde a noção, fica convencido e esquece de pesquisar.”.

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Formada em Ciencias de la Comunicación (México), louca por gatos e fascinada com o mundo dos famosos. Feliz de ser parte do OFuxico desde 2000.