Maria Clara Gueiros sobre ‘LOL: Se Rir, Já Era’: ‘Divisor de águas’
Por Raphael Araujo - 14/11/23 às 19:00
Baseado no formato da produção japonesa Original Amazon Hitoshi Matsumoto Presents Documental, “LOL: Se Rir, Já Era!” reúne dez dos maiores comediantes brasileiros em uma batalha épica de seis horas em que os participantes precisam manter a seriedade, enquanto tentam fazer seus oponentes caírem no riso.
A primeira risada significa um cartão amarelo. Se rir de novo, vem a eliminação. Nesta competição insana, cada um deles trará truques, apresentações especiais e muita diversão para alcançar seu objetivo. O vencedor leva o prêmio de R$ 350 mil para doar para uma instituição beneficente de sua escolha.
A terceira temporada da atração estreará no Prime Video Brasil no próximo dia 24 de novembro, com Tom Cavalcante na apresentação igual nas anteriores) e Fabiana Karla como sua parceira, sendo a grande novidade da vez além dos participantes, que serão: Dadá Coelho, Ed Gama, Júnior Chicó, Karina Ramil, Maíra Azevedo, Marcio Ballas, Maria Clara Gueiros, Paulinho Serra, Rodrigo Marques e Suzy Brasil.
Em coletiva de imprensa, na qual OFuxico esteve presente, todos os comediantes escolhidos, exceto Maíra Azevedo, estiveram presentes, e comentaram sobre como foi estar no programa, os desafios a serem enfrentados e o impacto de “LOL” em suas carreiras.
Nível extremamente alto e inspirações anteriores
Ao serem perguntados se haviam visto as outras temporadas para se prepararem, Rodrigo Marques contou: “Assisti a primeira temporada e dei muita risada, então fiquei com medo de participar e ser muito difícil, ainda mais com quem fosse o elenco, além de se tivesse alguém que conheço, ia ficar longe para não usar de piada interna”.
Maria Clara Gueiros disse: “Vi a primeira também e fiquei apavorada pela dificuldade. Quando cheguei lá e vi o nível das pessoas, que era bem alto, respirei fundo, me concentrei, tentei não interagir com pessoas que fossem a minha kryptonita”.
Dadá Coelho apontou: “Assisti as outras temporadas, e a Flávia Reis protagonizou um dos maiores momentos do humor brasileiro. Técnica para segurar o riso. Eu ficava apertando minha mão com força, meu pulso, para conseguir não rir, criei essa técnica”.
Suzy Brasil explicou: “Assisti as duas e o que ficou claro é que as pessoas acabavam rindo nos momentos de surpresa. Na hora de se apresentar, todo mundo está armado para não rir, mas alguém fala algo inesperado, escorrega, fica preso, é nesses momentos que a gargalhada vem.
“Porém, lá dentro não tem como medir, é outra coisa. Tinha gente que eu conhecia, mas também tinha gente que eu admiro o trabalho, então ficava babando as pessoas e era muito difícil segurar o riso”, completou ela.
Karina Ramil complementou: “Assisti as outras temporadas e também tenho riso frouxo, então sabia que seria difícil. Mas vi que nelas, os outros riam com caretas, faziam gestos e rostos, e quem fazia não ria, então tentei e uma técnica lá deu certo”.
LOL de outros países
Paulinho Serra brincou sobre estratégias: “Fiquei Meditando em temas contraditórios, pensei em Dostoiévski, tudo para não rir. […] Eu vi de outros países, e tudo era muito bom, e me identifiquei com algumas pessoas, ‘LOL’ é um formato mundial, vocês vão se surpreender nessa temporada”.
Júnio Chicó afirmou: “Também assisti as duas primeiras e as de outros países, mas não adiantou anda, fui sem planejamento e me ferrei, não esperava que fosse ser tão difícil. Quem a gente conhece, a gente se blinda, mas quem não, eu não tinha armas e escudos para me defender. Ainda, eu rio demais do riso alheio, então foi difícil”.
Ed Gama declarou: “Também vi de outros países para saber o nível que pode chegar lá dentro, e é muito louco. Mas tática assim é difícil, e lá dentro, ao ver amigo, pessoa que admirou gosta, são todos muitos gênios, então acaba sendo um desafio”
Márcio Ballas trouxe uma visão diferente: “Pessoalmente, é quase impossível você ter muita técnica, e é curioso porque, eu sou palhaço, então fui ensinado a fazer as pessoas rirem, inclusive rir comigo, e no LOL, você não pode rir, então é uma antítese do meu trabalho, ter que fazer outro rir mas eu não poder rir junto”.
“Por isso, eu recusei primeiro convite, porque era desafiador e diferente, mas depois, foi exatamente isso que me fez aceitar, e foi o mais incrível, estar em um lugar totalmente diferente sem saber o que ia acontecer”, completou ele.
Conhecer alguém ajudava ou atrapalhava?
Dadá Coelho chegou a falar de como o elenco era competente e deixu tudo desafiador: “Ali é uma casca de banana permanente, perigo total absoluto, pois é um elenco muito poderoso, produtor estava em um dia inspirado na escalação”.
“Fui com a ideia de achar que quem eu conhecia seria mais difícil, mas ali é complicado em todas as frentes, tive que desviar o olhar várias vezes, cheguei a não sabia como reagir em determinado momento, quase desisti, mas fui para participar e dei meu melhor”, disse Rodrigo.
Paulinho Serra confirmou as falas de seus colegas de elenco e profissão: “Foi muito difícil, a gente se conhece do meio artístico, ai reúne todo mundo, somos devotos de satanás, é muito difícil segurar o riso. Cinco minutos, todo mundo está no mesmo balaio e tem a mesma força entre si”. “Todo mundo desse elenco se admirava, e o maneiro dessa temporada, é que um embarcava na viagem do outro, algo que não tem em nenhum ‘LOL ‘de país algum”, garantiu Suzy.
“[…] Conhecendo pessoalmente quase ninguém, isso não influenciou na minha dificuldade, e quem conhecia, um tinha ponto fraco do outro. Só sei que servi cervejinha um para o outro”, afirmou ela. “No começo achei mais difícil quem eu conhecia, por conta da intimidade, de jogar algo que você gosta. […] Mas chega uma hora todo estão entrosados e se torna um salve-se quem puder”, Márcio revelou.
“Eu me preparei para quem eu conhecia, mas não para quem eu não conhecia, então foi difícil mesmo assim, e com geral ali segurando e instigando, não tem como. Depois do LOL, passei a valorizar bem mais a minha risada”, reforçou Paulinho. “LOL é igual mãe, manda dizer não um pio e você sente vontade de dizer, aqui como não pode rir, você fica com vontade disso”, disse Rodrigo.
Clima agradável deixou tudo melhor
Gueiros avaliou: “Os dois tipos, quem conhece e quem não conhece, entra no mesmo balaio. Eu adoro rir de quem é bom. Eu ficava com medo da pessoa que eu conhecia fazer um negócio que eu gosto e riria todas as 100 vezes que fizesse. Mas quem eu não conheço, conhecer naquele clima, é tenso igual.
Suzy brincou: “Lá dentro é tiro, porrada e bomba”. “Mas foi uma curtição muito bonita, não vi ninguém puxando tapete de ninguém”, garantiu Maria. “Eu esquecia que era uma competição”, apimentou Serra.
“Eu tinha medo de que, por ser uma competição e todo mundo ganhar, não ter todos os sim que comentei, mas todo mundo viu que estávamos juntos tentando fazer o melhor programa, piada, apresentação. Não importa quem foi melhor, todo mundo entrou na onda e participava”, afirmou Ballas.
“Fiquei seis horas lá e passou voando, pois estávamos nos divertindo muito, tínhamos compromisso de fazer bem, do pessoal curtir, queríamos ser a melhor temporada e o pessoal se empenhou para isso. O grupo se amou muito e vai mudar tudo, vou virar atração aqui no meu bairro”, Suzy garantiu.
“Viramos o grupinho ‘cool’ da 5ª série que se ama (risos), mas foi uma experiência inacreditável, eu amei ter encontrado todos os eles. Meu coração quase explodiu com o trailer, pois finalmente vamos poder assistir, e o público vai amar tanto quanto nós”, disparou Karina.
Impacto na carreira
Maria Clara Gueiros disse que o reality mudou tudo em sua vida profissional: “‘LOL’ foi um divisor de águas na minha carreira, porque é uma coisa que jamais penei em fazer, e foi uma das melhores experiências da minha vida. É muito bom estar com gente engraçada no seu melhor quando ninguém pode rir.
“Foi muito importante e recomendo muito as pessoas fazerem e assistirem essa temporada, que está muito boa”, elucidou a atriz “Nasci num reality a céu aberto, e esse grupo virou minha família. Pessoal de casa vai gostar, pois foi um elenco que se ama cheio de sinergia, mágica”, reforçou Dadá Coelho.
“[…] Gostei da produção ter feito um karaokê de esquenta antes de gravar, foi ali que a gente já conectou, e quem assistir, verá que está sensacional. De 0 a 10, 1000”, concluiu ela. O grupo de Whatsapp do elenco foi citado, e garantem se falar desde a gravação até hoje.
Com a conclusão, Suzy Brasil pediu para ser divulgada a sua peça, “Bye Bye Bangu”, em cartaz no Teatro UOL, localizado no Terraço do Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo.
Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.