Rayssa Leal conquista 3 milhões de seguidores em menos de 24h
Por Flavia Cirino - 26/07/21 às 08:29
Atualizado Às 09h20
Depois de conquistar a medalha de prata na pista de skate, em Tóquio, Rayssa Leal comemorou mais um feito. Em menos de 24 horas, a Fadinha ganhou mais de um milhão e meio de novos seguidores no Instagram.
A skatista de 13 anos começou as Olimpíadas de Tóquio com pouco mais de 600 mil seguidores. Até o fechamento desta matéria, esse número já havia mais do que quadruplicado, chegando a 2,5 milhões. Ao ser informada que tinha passado dos três milhões de seguidores, a Fadinha ficou surpresa.
“Quê? O que é isso minha gente? Não sabia não, eu quero ter um tempinho para olhar a internet. Desde o começo era um sonho ter o primeiro milhão. Ontem eu ganhei um milhão, então hoje eu já tenho dois milhões e ainda medalha?”, indagou, abrindo um lindo sorriso.
Quase uma hora depois, a Fadinha já havia conquistado outros 500 mil internautas, fechando os três milhões. “Nova” nas redes sociais, a menina ganhou popularidade em 2015, quando sua mãe, Lílian, publicou um vídeo no qual ela aparece andando de skate vestida de Sininho, motivo pelo qual Rayssa ganhou o apelido Fadinha.
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O perfil no Twitter éo mais recene. Rayssa criou ao chegar em Tóquio e pediu ajuda à Juliette Freire para apreender a usar a rede social. A menina já tem 202,1 mil seguidores por lá.
NO CORAÇÃO DOS BRASILEIROS
Antes mesmo de conquistar a medalha de prata, a Fadinha já havia roubado o coração de muitos brasileiros e a popularidade da menina deixou o país acordado na madrugada desta segunda-feira, 26 de julho, para ver o triunfo dela na pista de skate.
Rayssa Leal formou o pódio em Tóquio com as japonesas Momiji Nishiya (ouro), também de 13 anos, e Funa Nakayama (bronze), de 16. Apesar de toda a magia do momento em que vive, a Fadinha anda não sabe como será voltar à escola em Imperatriz, no Maranhão.
“Eu não consegui pensar em nada ainda. Deixa eu pensar aqui como vai ser… Vai ser muito especial porque a minha escola sempre apoiou muito”, disse a Fadinha.
“Meus amigos sempre ajudaram bastante a quebrar esse preconceito de que menina não deve andar de skate ”, afirmou ela na coletiva de imprensa.
Acompanhada de perto pela mãe, autorizada a estar em Tóquio para acompanhá-la por conta da pouca idade, Rayssa Leal falou com maturidade sobre sua representatividade no skate feminino no Brasil.
“Meninas já me mandaram mensagem falando que definida a andar de skate ou que os pais designados andar de skate por causa de um vídeo meu. Eu fico muito feliz, porque foi a coisa mesma comigo ”, contou, lembrando que convenceu o pai exibindo um vídeo da hoje amiga e companheira de seleção Leticia Bufoni.
MANOBRAS ATÉ A PRATA
Rayssa Leal começou a final com uma bela primeira volta: emplacou crooked, backside smith, boardslide backside, frontside feeble, e só errou na última manobra, a mais difícil da sua série. Recebeu um 2,94, a terceira maior nota de início, atrás da holandesa Roos Zwetsloot e da japonesa Momiji Nishiya.
O nível subiu na segunda volta. A bicampeã mundial Aori Nishimura postou um 3,46, e Zwetsloot a seguiu com uma volta perfeita de 3,80. Rayssa começou bem também, com alguns boardslides, rockslides e flips. Porém, dois erros diminuíram sua nota para 3,13. Ainda assim, foi o suficiente para impulsioná-la à segunda posição, graças a uma volta inferior de Nishiya.
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Na parte das manobras, a americana Alexis Sablone abriu com um flip 50 e recebeu um 4,03, maior nota da final até ali. Zwetsloot respondeu com um feeble grind, que lhe deu um 4,12. Rayssa errou seu primeiro truque, mas permaneceu no pódio àquela altura.
A chinesa Wenhui Zeng saltou à segunda posição com um flip e slide que lhe rendeu um 4,93. Rayssa acertou um flip com um backslide no corrimão, mas como se apoiou com as mãos para não cair, sua nota ficou em 3,91, que a recolocou na vice-liderança. A japonesa Funa Nakayama veio em seguida com um frontside crooked slide e recebeu a maior nota da final, 5,00, ultrapassando a brasileira e a jogando para terceiro lugar.
Alexis Sablone voltou a aprontar com um flip boardslide e, com 5,01, foi para a liderança. Mas Rayssa respondeu com um frontside crooked que valeu 4,21 e a impulsionou à primeira posição.
As principais concorrentes da Fadinha erraram na quarta manobra. Não a Fadinha: um slide no backside perfeito valeu 3,39 e jogou sua nota geral para 14,64. Mas aí, veio a japonesa Momiji Nishiya, que fez uma manobra ainda mais difícil e, com 4,66, somou 14,74 e tomou a liderança. Funa Nakayama acertou um frontside crooked de 4,20 e pegou a terceira posição, com 14,49.
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A decisão ficou para a última manobra. Com os erros de Nishimura, Sablone e Zwetsloot, o pódio de Rayssa Leal ficou garantido. Ela precisava de 3,24 para tomar a liderança, mas caiu na saída do slide. No fim, com um novo erro de Nishimura, a brasileira fez a festa ao garantir a prata.
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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino