Caio Ribeiro sobre luta contra o câncer: ‘O que te quebra é na hora que você recebe a notícia’

Caio Ribeiro anunciou no dia 3 de outubro que seu tratamento contra o câncer chegou ao fim. Na época, ele escreveu sobre a vitória contra a doença nas redes sociais: “Grande sucesso”.

Neste domingo, 10 de outubro, o comentarista cedeu uma entrevista ao “Esporte Espetacular”, da TV Globo, e contou mais sobre o processo de cura.

“Eu não queria preocupar as pessoas, eu não gosto de ser portador de notícia ruim. Eu sou um cara otimista, eu gosto de vender coisa boa, de vender saúde, de sempre ver o lado otimista das coisas. E eu sabia que as pessoas iam ficar preocupadas. Então, eu tentei segurar até onde deu” começou Caio, de 46 anos, que contou sobre como tentou encarar tudo com otimismo.

“SEMPRE ACREDITEI QUE TUDO TINHA UM FIM”

“Eu estava forte, estava com a cabeça boa. Meu médico é um cara que tem esse otimismo que eu também sempre tive. O que te quebra é na hora que você recebe a notícia…” explicou para a equipe de filmagens, contando sobre como foi difícil dar a notícia para sua mãe, e vê-la sair da sala para não chorar na sua frente. 

Mas, Caio decidiu encarar de cabeça erguida, o diagnóstico de linfoma de Hodgkin: “É um soco na boca do estômago, cara. Você fala: pô, eu, cara? Sempre fui saudável, sempre me cuidei, sempre fiz exame… Bem eu? Mas você tem duas reações: ou se afunda, ou você enfrenta. E eu falei: “Vamos enfrentar”. O comentarista disse que tentou passar seu otimismo para as pessoas à sua volta, mas confessa que sua maior preocupação era o filho, João:

“E eu tinha muita preocupação com o meu filho, eu não queria que o João sofresse. O João tem 10 anos, vai fazer 11, ele é um menino muito sensível e eu sou muito companheiro dele. Eu sou o pai que joga bola, que leva no treino, que busca no jogo, e aí, durante o tratamento, eu tinha que ficar mais quietinho em casa, por conta da imunidade” explicou. 

Caio Ribeiro finalizou a entrevista confirmando que a chave para ele e para sua família e amigos continuou sendo um otimismo genuíno. “E juro, não é da boca para fora, eu sempre acreditei que tinha fim e que esse fim era a cura, e que eu ia voltar mais forte do que nunca. Durante todo o processo, mesmo antes de começar a quimioterapia.”

O linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático (linfonodos ou gânglios), conjunto composto por órgãos e tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade, e vasos que conduzem essas células através do corpo.

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