Ludmila Dayer sobre esclerose e EBV: ‘Levei de forma muito positiva’
Por Raphael Araujo - 15/12/22 às 16:16
Ludmila Dayer tem enfrentando uma fase bastante delicada na sua vida pessoal em relação à sua saúde e bem-estar, pois conforme ela mesma revelou em live no seu perfil oficial no Instagram, ela recebeu diagnóstico de esclerose múltipla e um quadro crônico causado por vírus Epstein-Barr (EBV, na sigla em inglês).
Porém, em entrevista ao jornal O Globo, ela revelou que tudo começou antes, em 2021, quando ela sofreu com ataques de pânico enquanto editava seu primeiro trabalho como diretora, o documentário “Eu”, sendo o problema de saúde uma de suas motivações para a produção da obra.
“Minha questão com a saúde mental foi muito séria. A ponto de limitar meu dia a dia. Parei de dirigir. Cancelava meus compromissos de trabalho por ter medo de ter crise. Praticamente parei tudo e fui me dedicar a mim mesma. Nesse processo, comecei a descobrir coisas tão inacreditáveis, que transformaram minha vida para melhor”, revelou ela, junto com o fato de que o projeto mudou de impessoal para primeira pessoa para que ela falasse de autoconhecimento.
Em seguida na entrevista, ela ressalta como recebeu as duas notícias que acabariam mudando sua vida para sempre com os diagnósticos das doenças: “Eu já estava mudando a minha forma de viver, psicologicamente falando, aí veio o EBV, depois, esclerose, que, sinceramente, eu levei de uma forma muito positiva”.
“Não à toa que meu tratamento está sendo um sucesso, hoje em dia eu vivo 100%. Mas foi porque eu estava tão preparada psicologicamente, e falei: o diagnóstico não vai me definir. As coisas se alinham, acho que os problemas na saúde primeiro começam na nossa mente, nas nossas emoções”, contou ela.
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DEPRESSÃO E MATERNIDADE
As questões de Ludmila Dayer com a saúde mental começaram desde muito cedo, pois ela estreou na atuação aos dez anos de idade no filme “Carlota Joaquina – Princesa do Brasil”, que lhe rendeu o prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de atriz revelação. Ela chegou ainda atuar em “Traição”, “Vida de menina” e “Senhora do Destino”. Por conta disso, ela se sentia pressionada a corresponder às expectativas.
Foi então que a artista de visitar uma amiga em 2006 nos Estados Unidos por 15 dias e permanecer no país há 16 anos, além de estar casada com um empresário britânico desde 2016: “Naquele momento, estava com um pouco de depressão. Me sentia um peixe fora d’água. Acho que estava vivendo usando uma máscara durante muito tempo e, quando cheguei aos Estados Unidos, me vi livre disso”.
Por fim, ela comentou sobre o não desejo de ser mãe: “Acho que não tenho capacidade de lidar com isso. Prefiro fazer o que puder para ajudar outras mães. Sobre meu pai, aprendi a aceitar que foi da maneira que foi e acredito que as pessoas dão aquilo que têm para dar e, se não foi o que eu esperava, tenho que lidar eu com as minhas expectativas, né?”
“Aprendi que existe uma força enorme na vulnerabilidade. Não existe autoconhecimento com máscaras e tive que tirar todas elas. Mas tomei cuidado em dosar o quanto de mim ajudaria o outro sem passar em cima da história desse outro. Não queria que fosse sobre a minha vida”, concluiu Ludmila Dayer, que prepara uma continuação de “Eu” e dirige sua primeira ficção em paralelo.
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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.