Kéfera traz peça autoral para São Paulo e Rio de Janeiro. Saiba tudo!

Por - 04/10/22

Kéfera BuchmannKéfera Buchmann traz peça autoral para o Rio (Flávia Canuto/Stampa Comunicação)

A atriz e influencer Kéfera Buchmann levará uma oportunidade única de ver a peça autoral “É Foda” para o Rio Janeiro, no Teatro Casa Grandes, na quinta-feira, 05 de outubro, depois de um sucesso estrondoso em São Paulo, no Teatro Gazeta.

Logo em seguida, o espetáculo voltará para São Paulo, no dia 12 de Outubro, no Teatro Procópio Ferreira, às quartas-feiras. A peça mistura esquetes com monólogos, parodiando sua trajetória e a busca de seu reconhecimento como atriz, relembrando também sua história na internet.

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Kéfera começou em 2010 com o “5inco Minutos”, seu bem-sucedido canal no Youtube com mais de 10 milhões de inscritos. Foi um dos primeiros canais a somar um milhão de inscritos. Ela chegou a ser pauta da renomada revista Forbes, que a elegeu como uma das jovens mais promissoras do Brasil.

Em 2015 o livro “Muito Mais que 5inco Minutos” foi o livro mais vendido na Bienal. Em 2023, ela lançará mais um livro, com temática LGBTQIAP+.

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Como atriz, ela estreou em “Espelho da Vida” na TV Globo, como a vilã Mariane, e sendo Brigite na vida passada, já que a história se passava em duas linhas temporais. No cinema, ela brilhou em “É Fada” e protagonizou “Eu Sou Mais Eu”.

HOMENAGEM A JÔ

Em 9 de setembro, o teatro Procópio Ferreira, em São Paulo, se encherá de espectadores emocionados na estreia da peça “Gaslight – Uma Relação Tóxica”. O espetáculo é o último trabalho de Jô Soares, que morreu em 5 de agosto. Jô assina tradução, adaptação e direção do texto, com colaboração de Matinas Suzuki Jr Mauricio Guilherme, parceiros de trabalhos anteriores. A encenação já estava toda idealizada, inclusive o cenário, quando Jô partiu. Ele só não viu os atores caracterizados, evento que o diretor acompanharia por vídeo, do hospital onde estava internado.

Baseada no filme homônimo sobre abuso psicológico nos relacionamentos afetivos, a peça retrata um casal em conflito. A origem do termo “gaslighting”, usado sobretudo para descrever a ação do agressor que faz com que a vítima, a pessoa agredida, duvide de si mesma e de sua sanidade. O termo ganhou maior repercussão nos últimos anos graças ao movimento feminista. “Gaslight” estreou no Richmond Theatre, em 1938, antes de ir para a Broadway, na década de 1940.

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No elenco estão Erica MontanheiroGiovani Tozi, Leandro LimaNeusa Maria Faro e Kéfera. Todos foram escolhidos a dedo por Jô. Em conversa exclusiva com a reportagem de OFuxico, Kéfera se emocionou ao falar da expectativa para estreia e de como ela, produção, elenco e corpo do teatro sentem a presença celestial de Jô neste trabalho.

“Todos nós ficamos muito abalados com a morte dele. Foram semanas difíceis, mas decidimos como homenagem seguir com o projeto adiante. Eu acho que o espetáculo está muito bonito. E lá do céu ele vai assistir e se orgulhar muito”, analisou Kéfera.

Kefera ensaia peça de Jo Soares
Kéfera durante ensaio do espetáculo Gaslight – Foto (Acervo Pessoal)

Na trama, Jack (Giovani Tozi), no início do casamento, se mostrava doce e apaixonado. No entanto, sob a alegação de que sua mulher Bella (Erica Montanheiro) sofre de algum tipo de desequilíbrio mental, revela-se um homem impaciente e menos cordial. A esposa sente que está ficando louca, mas ao buscar o amparo do companheiro para lidar com a suposta doença, encontra apenas a resistência do homem, que justifica não ter mais forças para lidar com a situação. A complicação do diagnóstico de Bella é acompanhada de perto pela fiel governanta Elizabeth (Neusa Maria Faro) e pela jovem e extrovertida Nancy (Kéfera), a nova arrumadeira do casarão. Ralf (Leandro Lima), um inspetor de polícia, possui uma ligação curiosa com a casa, agora habitada pelo casal. Essa relação pode despertar fantasmas do passado que ainda habitam os cômodos com seus segredos, e podem revelar grandes surpresas.

Kéfera deu uma dica a respeito de sua personagem: “A minha personagem é a Nancy. O que eu posso contar sobre ela, sem dar muito spoiler, é que o caráter dela é um pouquinho duvidoso (risos). O traço que mais chama atenção dela é que ela é irreverente, apesar de ser um texto antigo. Ela está bem mais à frente do tempo”

A formulação do personagem teve muito foco e embasamento: “A construção foi desde a leitura, que o Maurício Guilherme gostou do tom que eu trouxe para a personagem, e obviamente durante a direção dele, com os feedbacks. E tivemos o Damasceno como preparador. E foi muito interessante porque, numa conversa prévia, ele me deu três insights que mudaram completamente o caminho da personagem.“

Para finalizar, Kéfera enalteceu o clima de amizade que se instaurou nos bastidores do espetáculo: “Foi ótima a nossa relação. A gente se diverte, se ajuda… Teatro, você precisa construir uma família. É sobre fazer no coletivo. Não dá para pensar no individual. É muito importante essa interação do elenco e nós nos demos muito bem.”

SERVIÇO

“GASLIGHT, uma Relação Tóxica”. Estreia para público dia 9 de setembro.

Teatro Procópio Ferreira. Rua Augusta, 2823, Cerqueira César, São Paulo. Telefone: (11) 3083.4475. Capacidade – 624 lugares, incluindo 07 poltronas adaptadas para obesos e mais 12 lugares reservados para cadeirantes. Temporada – Sexta às 21h, sábado às 18 e 21h, domingo às 19h. Ingressos – Entre R$ 40 e R$ 150,00. Inteira a R$ 80, R$ 100 e R$ 150. Meia a R$ 40,00, R$ 50,00 e R$ 75,00. Aceita todos os cartões de crédito. Não aceita pagamentos em cheque. Não faz reservas. Possui ar-condicionado e acesso universal. Recomendado para maiores de 12 anos. Duração – 90 minutos.

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Em formação no Jornalismo pela UMESP. Escreve sobre cultura pop, filmes, games, música, eventos e reality shows. Me encontre por aí nas redes: @eumuriloorocha