Carnaval 2024: Maria Mariá dribla preconceitos e exala força na Imperatriz Leopoldinense

Por - 12/02/24 às 04:33 - Última Atualização: 11 fevereiro 2024

Carnaval RJ - Maria Mariá, rainha da bateria da Imperatriz LeopoldinenseMaria Mariá, rainha da bateria da Imperatriz Leopoldinense - Foto: Reprodução/ Instagram @maria_fxc

A mais jovem rainha de bateria da história da Imperatriz Leopoldinense, com apenas 21 anos, assumiu a coroa em 2023, substituindo ninguém menos do que IZA. Desde então, a potência de Maria Mariá se faz presente à frente da Suingue da Leopoldina.

Quem Dudu Nobre quer que vença o Carnaval?

Moradora do Complexo do Alemão e estudante de comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a ex-passista agradou totalmente o gosto a comunidade, da qual faz parte. Dessa forma, se consagrou de cara!

Além disso, vale destacar que além de IZA, o posto foi ocupado por anos por Luiza Brunet. Também passaram por lá Luciana Gimenez e Cris Vianna.

O que aconteceu com Maria Mariá

A rainha da bateria da Imperatriz Leopoldinense começou na agremiação de Ramos, bairro da zona norte do Rio de Janeiro, ainda criança na ala mirim. Ela ainda passou pela ala das passistas antes de ser coroada. Ou seja, é mais um “cria”!

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Além de estudante, Maria é faixa preta e CEO de uma academia de taekwondo no Complexo do Alemão, localizado próximo à quadra da Imperatriz.

No ano passado, ela foi à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), registrar um boletim de ocorrência. Maria recebeu  ataques racistas nas redes sociais. A jovem foi alvo desses comentários em um vídeo onde ela aparece sambando na semifinal de samba-enredo.

Na ocasião, anexaram-se prints com os comentários de teor racista e misógino ao boletim de ocorrência. “A partir do momento que os comentários passaram do ponto, entendi que precisava procurar a delegacia para registrar tudo isso e eles não passarem impune. Agora, é deixar na mão das autoridades”, disse Maria Mariá.

Nas imagens, publicadas na web, a rainha aparece sambando na frente da bateria e, ao girar, o cabelo passa perto de uma das ritmistas da escola. “O ângulo não foi favorável e, como estou com tranças longas, quando eu girava parecia que pegava no rosto da ritmista. Isso não aconteceu, foi uma ilusão. Mas, como na internet tudo vira faísca para um incêndio, começaram a comentar e repostar com comentários racistas e misóginos”, contou Maria Mariá.

Nas mensagens, perfis fizeram comentários de forma pejorativa sobre o cabelo trançado de Maria Mariá e também dispararam mensagens agressivas contra a mesma.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino