Review em Vídeo: ‘Pânico 6’ é sangrento e grandioso, mas, tem ressalvas

Por - 10/03/23

Review PânicoReview: Pânico 6 é grandioso, brutal, mas... (Reprodução/Instagram/Divulgação/Fotomontagem)

A franquia “Pânico” ganhou uma continuação: “Pânico 6”. O misterioso assassino mascarado está de volta e claro que ele está sedento para aterrorizar Tara ( Jenna Ortega) e Sam (Melissa Barrera). Dirigido pela dupla do anterior, Matt Olpin e Tyler Gillet (“Casamento Sangrento” e “Pânico 5”), o filme eleva o nível: Não estamos mais em Woodsboro. Agora o cenário é a grande megalópole New York. Grandioso, brutal, porém, algumas ressalvas.

Confira a nossa crítica em vídeo logo abaixo:

RELEMBRE OS ASSASSINOS ANTERIORES

“Pânico 6“ chegou aos cinema na quinta-feira, 9 de março, e traz de volta um dos assassinos mais queridos do público: o GhostFace. O atrapalhado maníaco fantasiado de fantasma, vem tocando o terror na cidade de Woodsboro, na Califórnia, Estados Unidos, desde 1996, data de lançamento do primeiro filme da franquia, e sempre surpreende na hora de revelar quem está por trás da mascara. Desta vez, os diretores o sexto filme, Tyler Gillett Matt BettinelliOlpin, revelaram que o assassino será a pessoa que nós menos esperamos. Então para preparar o coração de vocês, OFuxico decidiu relembrar todos os assassinos que já passaram pela franquia de “Pânico“.

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OS ASSASSINOS ORIGINAIS

O primeiro filme é até hoje considerável o mais marcante de toda a história de “Pânico“, então nada mais justo que os assassinos fossem os mais memoráveis também! O namorado da protagonista Sidney, Billy Loomis, e seu melhor amigo atrapalhado Stu Macher decidiram se unir e matar seus melhores amigos em um verdadeiro banho de sangue. A dupla fez um ótimo plano, já que conseguiram criar álibis um para o outro, despistando suspeitas durante o filme.

A motivação principal era a vingança de Billy, já que a mãe de Sidney havia transando com o pai dele, o que fez a família de Billy acabar. Por isso, Billy decidiu matar primeiro a mãe de Sidney, e depois foi atrás dela e de seus amigos.

Stu apenas gostou da ideia do amigo e “seguiu o fluxo“, como dizem os brasileiros.

A SEGUNDA VEZ É AINDA MELHOR!

No final do segundo filme, descobrimos que um dos amigos da faculdade de Sidney, Mickey, é o assassino! Porém, as reviravoltas não param por aí. Logo depois dele fazer seu discurso se revelando o maníaco por trás da máscara, a mãe de Billy Loomis, um dos primeiros assassinos, entra em cena e revela também ser a assassina, e estar trabalhando com Mickey.

Sra. Loomis então diz que financiou a entrada de Mickey na faculdade apenas para ele matar Sidney e seus amigos, tudo para se vingar dela, já que ela havia matado seu filho no filme anterior.

BRIGA FAMILIAR

Um dos assassinos com as motivações mais pessoais de toda a franquia! Desta vez, o filme se passa em Hollywood, durante as gravações de “Facada 3“, um filme inspirado nos acontecimentos trágicos da vida de Sidney que aconteceram em “Pânico 2“.

Na hora em que o Ghostface decide tirar a máscara, descobrimos que ele era Roman Bridger, o diretor do longa, que na verdade era meio-irmão de Sidney e a odiava por conta de seu sucesso.

EU QUERO FAMA!

A tradição da dupla de assassinos segue viva durante o quarto filme da franquia. Desta vez, a prima de Sidney, Jill, decide que quer ter exatamente a mesma história de sobrevivente que a familiar e se une a Charlie para matar os melhores amigos da escola e a protagonista do filme, para se tornar a única sobrevivente, como Sidney.

A VOLTA TRIUNFAL

Anos após os acontecimentos dos 4 primeiros filmes, o Ghostface está de volta e desta vez diferente e muito mais violento. Os assassinos da vez: Amber Richie são fãs fanáticos da franquia “Facada“, porém estavam totalmente irritados com o andar dos últimos filmes, que estavam fugindo da forma clássica que o Ghostface realmente agia.

Por conta disso, eles decidem trazer os veteranos Gale, Sidney e Dewey de volta para a cidade de Woodsboro, além de seus próprios amigos, e começam uma verdadeira chacina, como intuito de criar material bom para um novo filme “Facada“ 

SIDNEY PRESCOTT, A MAIOR FINAL GIRL DA HISTÓRIA

Nesta quinta-feira, 09 de março, estreou o sexto filme de uma das franquias de suspense e terror mais amadas do mundo. Criado por Wes Craven em 1997, “Pânico” não só se consagrou como um grande nome do terror como também revolucionou o gênero com sua metalinguagem e um assassino misterioso a cada filme. A fórmula pode até parecer batida: Alguém misterioso persegue um grupo de jovens todas as vezes. Mas, o que sempre tornou “Pânico” algo origina foram suas histórias, interligações com o passado e os personagens clássicos. Mas, além disto tudo: Sidney Prescott (Neve Campbell). Vamos a alguns motivos que tornam a protagonista a mais icônica do mundo do horror.

A PRIMEIRA FACADA

Neve Campbell não poderia imaginar que a sua final girl, ou apenas sobrevivente, faria tanto sucesso lá no final da década de 90. O segredo é que Sidney é ingênua, mas, ao mesmo tempo ela evolui com o passar de cada filme. No primeiro filme, ela é sofrida e é traída justamente por Billy Loomis (Skeet Ulrich), seu namorado. Junto com Stu Macher a primeira matança deixa apenas ela, a repórter Gale Weathers (Courtney Cox) e Dewey Riley (David Arquette). Aqui é óbvio: O motivo que a coloca na lista é sobreviver. Nem sempre protagonistas vão sobreviver e nem sempre eles irão conquistar o público como Sidney (Vide os visionários de “Premonição”, nem todos são aclamados e amados) . A jornada da mocinha começa a partir daqui.

A PERSEGUIÇÃO SEMPRE VOLTA

Agora na faculdade, Sidney se vê novamente rodeada de amigos, mas, com a carga emocional de que: Todos podem te trair. Aqui ela é mais madura e mais prevenida, tanto que evita relações mais profundas, afinal de contas o namorado e o melhor amigo podem estar juntos tramando a morte de todos os envolvidos. Nem sempre é como se pensa: Aqui Sidney tem aquela jornada de crescimento, de autoconfiança e de preparação para conseguir enfrentar o mundo como ele é. Aqui ela redescobre que sempre vem da onde ela menos espera, e com um ato final protagonizado por ela e pelos assassinos, Sidney mais uma vez brilha tomando toda a sua confiança e reproduzindo uma cena clássica: Um tiro de ‘confere’, e fala: “Eles sempre voltam”.

O FILME DENTRO DO FILME

Em “Pânico 3” é um consenso quase que geral de que ele é literalmente o mais esquecível de todos. Porém, é mais uma vez o filme dentro do filme. Em um contexto geral, dentro do universo metalinguístico do filme existe um universo que tem o objetivo de criticar os clichês de filme de terror e brincar com o telespectador, e são os longas chamados “Stab” (Facada). Então aqui são escalados alguns atores e atrizes para representar mais uma continuação do universo próprio e continuar a história dele e de “Pânico”.

Sidney descobre que nem sempre o passado em Woodsboro é claro e cristalino: Todos querem matá-la, talvez.  Aqui, seu meio-irmão psicopata é o culpado e mais uma vez vemos uma protagonista ser perseguida, jogada pelas escadas e sair viva ao lado de sua trupe. Mesmo que aqui ela seja salva por Dewey,é muito raro uma história que finalize seu terceiro longa com a sua principal perseguida sair viva mais uma vez, e aqui Wes disse: Sidney vive. E ela saiu mais triste, mais desconfiada, porém, viva, com alguns arranhões para contar a sua história.

A VOLTA AO TERROR

Depois do controverso terceiro filme, a franquia deu uma pausa. Em 2011, Wes comandaria o último longa do universo, pois, ele morreu em 2015. Aqui tudo foi um grande sucesso, talvez a bilheteria pode ser discutida, mas, a crítica especializada aclamou e temos a dupla de assassinos mais icônicos desde seu primeiro longa, juntamente com a volta do elenco original, mais uma vez. Agora, Sidney não é mais uma adolescente e sim uma mulher adulta. Fazendo as pazes com seu passado, ela decide voltar à Woodsboro para lançar seu livro autobiográfico e contar toda a história que passou nos últimos anos. O que ela não esperava é que ela ficaria presa na cidade porque, sim, ele voltou: Ghostface.Aqui, o mais maravilhoso da jornada é que a última vez que a vimos ela tinha características que a faziam não confrontar seu passado e só querer fugir, desta vez ela é madura e todas as cenas que aparece, tanto as de luta como as dos telefonemas misteriosos que recebe do assassino a fazem olhar para aquela jovem que sobreviveu a diversos ataques e ter o ímpeto de sobrevivência mais vivo do que nunca dentro dela, além de usar seu sarcasmo e seu conhecimento para destruir o legado de quem a persegue. Aqui temos tantas facetas: Sid se mostra protetora, forte, preparada e com aquele ‘Q’ de “Bad Ass”, tudo junto em cenário repleto de adolescentes que ela se sente responsável para proteger e evitar que sejam mortos e sofram, como ela sofreu.

O LEGADO SEGUE INTACTO

A volta de Sidney às telonas veio em 2022 com “Pânico 5”. A esta altura ninguém sabia se a história voltaria a focar nela ou em outros personagens. Acontece que aqui temos elementos que ligam o primeiro filme e o quarto filme presentes em peso por aqui. Mesmo que Prescott volte para fazer a linha coach de sobrevivência, aqui existe muitas coisas que a colocam no palco: Depois da morte de dois personagens legado (Dewey e Judy), Gale e Sidney precisam impedir que elas sejam as próximas vítimas fatais. E claro, ao lado de Sam ( Melissa Barrera) e Tara ( Jenna Ortega), toda a sua experiência contra assassinos mascarados é colocada a prova. Existem cenas que brincam muito com o clichê, e aqui ela é ciente disto e permite o telespectador a entrar em seu “curso” e perceber sinais do que está acontecendo.

Ao final, ela se aposenta, por enquanto, e passa o bastão para Sam, a filha do assassino original. Sidney não só mostra todas as suas facetas, como mostra seu luto por um grande amigo, alguém que a acompanhou do inicio e sempre a protegeu. Isso não só a fortalece no desejo de vingança, junto com a sua também amiga e esposa de Dewey, como também desperta nela a questão: Este aqui é diferente de todos que ela enfrentou, pois, está disposto a colocar fim em seu legado.

O SEGREDO

Por fim, Sidney tem tudo que uma final girl precisa para se tornar icônica: Carisma, ingenuidade, conhecimento, força, humor e uma atriz que a coloca em um patamar muito grande. Se Sid é o que é devemos graças ao criador da franquia Wes Craven por ter escalado Neve Campbell como sua musa. A parceria dos dois sempre foi, e sempre será, muito icônica de se assistir. As justificativas de assassinos, as ligações do passado, a sua bagagem e sua história a colocam no patamar mais alto de sobrevivente. E só temos uma coisa a dizer: Que ela volte na continuação mais do que confirmada do sexto filme. Ah! E claro: “Qual é seu filme de terror favorito?!”

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Em formação no Jornalismo pela UMESP. Escreve sobre cultura pop, filmes, games, música, eventos e reality shows. Me encontre por aí nas redes: @eumuriloorocha