Família escreve carta de despedida à Aracy Balabanian: ‘Exemplo de força’

Por - 08/08/23 às 10:02

Aracy Balabanian de braços abertos no palcoFoto: Divulgação TV Globo/Fábio Rocha

A querida Aracy Balabanian deixou este plano na segunda-feira, 07 de agosto, após uma batalha contra um câncer de pulmão, aos 83 anos. Ela estava internada internada na Clínica São Vicente, na Gávea, zona Sul do Rio de Janeiro.

A atriz já deixa saudades e um legado com personagens que têm o dom de nos fazer rir, refletir, emocionar. A família de Aracy divulgou uma carta emocionante, em tom de um “até logo” cheio de saudade.

“Tia Aracy era pra nós mais que uma atriz brilhante, era um exemplo de força, carinho e amor! Uma tia admirável em todos os sentidos… Tia, sentiremos muita saudades do seu abraço amoroso e do seu cheiro maravilhoso! Que Deus e Nossa Senhora te recebam de braços abertos e com muito amor, assim como você merece!”.

VELÓRIO E CREMAÇÃO

O corpo de Aracy Balabanian está em um velório aberto ao público, no no Teatro Municipal do Rio/ SALÃO ASSYRIO, Rua Evaristo da Veiga s/n, nesta terça-feira, 08/08, das 10h às 13h. Depois, a atriz será cremada em cerimônia fechada, apenas para amigos e parentes, no Cemitério do Caju. Este era o desejo da atriz.

TRAJETÓRIA

Aracy interpretou muitos personagens que ficaram na memória, como a Geppina, de “Sol Nascente”, Dona Armênia, de “Rainha da Sucata” (1990) e “Deus nos Acuda” (1992); Cassandra, do humorístico “Sai de Baixo”, Gabriela em “Vila Sésamo”, entre tantos outros.

A veterana era natural de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e nasceu no dia 22 de fevereiro de 1940. Ela contou com mais de 50 anos de carreira recheados de sucessos como: “Sai de Baixo” (1996), onde foi Cassandra, uma socialite megera e cômica; além de estrelar as versões originais de “Ti Ti Ti” (1985) e “Elas Por Elas” (1982). Dentre tantos papéis brilhantes, ela se destacou em tantos outros como Armênia em “A Rainha da Sucata” (1990), Filomena em “A Próxima Vítima”(1995), Germana em “Da Cor do Pecado” (2004), Dona Gema em “Passione” (2010), Máslova em “Cheias de Charme” (2012).

As últimas vezes em que Aracy Balabanian brilhou nas telinhas foram recheadas de elogios, como sempre. Ela fez uma participação em “Malhação: Vidas Brasileiras” (2019) e foi Dona Rosa no especial “Juntos a Magia Acontece”. A atriz é filha de dois imigrantes Armênios, mas cresceu em São Paulo. Em um entrevista para a TV Globo, ela contou que reparou aos 12 anos a dificuldade que enfrentaria:

“Estava emocionada porque era aquilo que eu queria. É muito difícil para uma criança de 12 anos, ainda mais naquela época, querer ser atriz e já perceber que ia ter muitas dificuldades.”

O COMEÇO DE UMA LENDA

Aracy enfrentou o machismo e o preconceito de cabeça sempre erguida, mas, dentro da família o apoio não era tão forte, já que teve que ir contra os desejos de seu pai. Sem desistir, ela estreou na emissora global com “O Primeiro Amor” de Walther Negrão, como Giovana.

Ela também fez parte da Rede Manchete durante alguns anos, aonde fez parte de novelas como “Mania de Querer” (1986) . Logo depois, ela voltou para a emissora em uma novela querida por muitos: “Que Rei Sou Eu?” (1989).

GRANDES PARCEIROS

Dentre suas passagens como Gabriela em “Vila Sésamo” (1973) e “Bravo!” (1975), Aracy teve grande destaque em um grande hit da faixa das 21h em “A Próxima Vítima” (1995) como Filomena Ferreto. Grande parceira do escritor Silvio de Abreu, ela também marcou com sua atuação como Armênia em “Rainha da Sucata” (1990). Em tela, ela sempre teve o prazer de dividir os holofotes com grandes nomes, como foi na sitcom brasileira “Sai de Baixo” ao lado de Miguel Falabella, Marisa Orth, Luís Gustavo e Cláudia Jimenez.

Em uma entrevista, ela disse que muitos momentos em que dava risada não era programado, já que tinha o riso frouxo e então passava toda a sua espontaneidade ao lado de grandes atores e atrizes em cena. Ela revelou:

“Eu pedi para sair nas primeiras semanas, eu não tinha o tempo de comédia que eles tinham, eu não sabia fazer como eles faziam. Eu tinha riso frouxo assim como tenho choro frouxo, eu sou um pouco desequilibrada. Cheguei para o Daniel Filho e eu disse: ‘Eu preciso sair, não tenho condições’. E ele me perguntou o que eu queria fazer e eu disse que queria rir das piadas que eles fazem. E ele falou: ‘Dá risada!’ E virou um mote da história toda! O Miguel contava as palhaçadas todas e eu ria.”

OFuxico relembra a carreira da atriz, que já deixa saudade, em fotos.

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