Morre apresentador Raimundo Varela, aos 75 anos

Por - 07/09/23 às 12:24

Raimundo VarelaDivulgação/Record TV

O apresentador Raimundo Varela Freire Júnior morreu na madrugada desta quinta-feira, 7 de setembro, aos 75 anos, em Salvador. A causa da morte não foi divulgada. Ele atuou na TV Itapoan, afiliada da TV Record na Bahia, na TV Bandeirantes e na Rádio Sociedade.

Varela estava internado em uma clínica do bairro de Nazaré desde o dia 23 de agosto e, segundo familiares, passava por problemas de saúde desde a pandemia.

No início da tarde desta quinta-feira, a Record TV enviou um comunicado de pesar.

“É com imenso pesar que o Grupo Record recebe a notícia do falecimento, aos 75 anos, de nosso colega de emissora, o comunicador Raimundo Varela, apresentador na Record TV Itapoan, na Bahia. Raimundo Varela Freire Júnior nasceu durante uma enchente, no dia 30 de novembro de 1947, em uma casa simples em Itabuna, no sul da Bahia. Ainda criança, mudou-se com os pais e os irmãos para Periperi, bairro no subúrbio ferroviário de Salvador. Filho de professores, sempre valorizou a educação.

Varela foi vendedor ambulante, serviu o Exército, trabalhou como taxista e até como jogador de futebol pelo Esporte Clube Ypiranga, time do coração, e da Associação Esportiva Leôncio, onde foi campeão em 1966. Formado em administração de empresas também ajudou a construir uma fábrica de cimento. A carreira na televisão começou na TV Itapoan na década de 70, graças ao amigo famoso, o cantor Raul Seixas. Varela foi convidado a ser jurado no “Big Ben” programa comandado por Waldir Serrão. O sucesso foi imediato e logo passou a ser comentarista esportivo no “Papo de Bola”. Polêmico, batia de frente com os dirigentes de vários clubes. Essa coragem levou o apresentador a ganhar o primeiro programa ao lado de Fernando José, o “Telesporte”.

Com o bom desempenho no esportivo, conquistou o comando do jornalístico: “O Povo na TV”. Nesse novo desafio, ele conquistou ainda mais espaço e respeito, então surgiu a ideia, em 1980, de lançar um dos programas de maior audiência do país: o Balanço Geral. As fortes batidas na mesa e os comentários viraram marcas do apresentador que conquistou admiração dos telespectadores, artistas e autoridades. A atração ganhou inclusive versão na Rádio Sociedade da Bahia. Raimundo Varela tornou-se uma marca forte e referência com o Balanço Geral, sinônimo de respeito e credibilidade. Em 2006 um grave problema de saúde quase encerrou a carreira do apresentador. Após uma crise renal, Varela atravessou um momento delicado. A situação agravou-se e a solução foi a transferência para São Paulo, onde ficou quase 100 dias lutando pela vida, até que a notícia que todos esperavam chegou: um doador compatível surgiu e o apresentador foi submetido a dois transplantes. Um de rim e outro de fígado. Após meses de incertezas, começava outra batalha, a de retornar para a TV.

Depois desse período difícil, Varela voltou com todo o gás. O Balanço Geral tornou-se líder de audiência e referência para o jornalismo em todo o país. Com a chegada da pandemia, o apresentador passou a comentar de casa as principais notícias do dia nos jornalísticos da Record TV Itapoan. A tradicional batida na mesa não enfraqueceu e ele permaneceu distribuindo cartão na Record TV Itapoan. O vermelho sinalizava o que precisava melhorar e o verde para elogiar. É com o cartão verde que o Grupo Record se despede e expressa as condolências aos familiares, amigos e fãs desse comunicador que abraçou o povo e dedicou até os últimos dias à sua paixão: falar pelo povo e para o povo.”

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