Morre o ator Michael Gambon, intérprete de Dumbledore em ‘Harry Potter’

Por - 28/09/23 às 12:25

Michael Gambon, intérprete de Dumbledore, de Harry Potter, sentado em cena do filmeFoto: Divulgação

O “mundo mágico” está de luto. Nesta quinta-feira, 28 de setembro, morreu o ator Michael Gambon, famoso por sua interpretação do professor Dumbledore na franquia de filmes “Harry Potter”, aos 82 anos. A notícia foi confirmada pela família do ator, por meio de uma declaração emitida pela agente de relações públicas, Clair Dobbs. De acordo com a agência de notícias PA Media, Gambon faleceu “pacificamente no hospital”.

A declaração da família diz: “Estamos devastados ao anunciar a perda de Sir Michael Gambon. Amado marido e pai, Michael faleceu pacificamente no hospital com sua esposa Anne e seu filho Fergus ao lado de sua cama, após um ataque de pneumonia.”

Trajetória

  • O ator nasceu em 19 de outubro de 1940, em Dublin, na Irlanda, e cresceu em Londres após sua família mudar-se para Camden Town quando ele tinha seis anos, durante o período de reconstrução pós-guerra, enquanto seu pai buscava trabalho.
  • Sir Michael John Gambon, reverenciado por gerações de atores, iniciou sua carreira no teatro no início dos anos de 1960 e posteriormente fez incursões na televisão e no cinema.
  • Entre seus papéis icônicos estão o líder psicótico da máfia em “O Cozinheiro, o Ladrão, Sua Mulher e o Amante”, dirigido por Peter Greenaway (1989), e o papel do idoso rei George V em “O Discurso do Rei”, dirigido por Tom Hooper (2010).
  • Gambon assumiu o papel de Dumbledore na franquia “Harry Potter” em 2004, sucedendo a Richard Harris, que faleceu em 2002.
  • Ao todo, ele participou de oito filmes da série.
  • A partir de 2018, Jude Law assumiu o papel na franquia “Animais Fantásticos”.
  • Michael Gambon deixou a escola aos 15 anos para seguir carreira como engenheiro, se formando aos 21 anos.
  • Sua paixão pela atuação o levou a seguir um caminho diferente, inspirado pelos atores americanos Marlon Brando e James Dean, que representavam a angústia dos adolescentes, conforme relatou em uma entrevista ao jornal “The Herald”, em 2004.
  • Em 1962, Gambon fez um teste que mudaria sua vida, sendo escolhido pelo renomado ator shakespeariano Laurence Olivier para se tornar um dos membros fundadores do National Theatre no Old Vic. Nesse palco, ele atuou ao lado de outros jovens talentos em ascensão, como Derek Jacobi e Maggie Smith.
  • Gambon construiu uma sólida reputação nos palcos ao longo dos anos, destacando-se com sua interpretação de Galileu em “Life of Galileo”, dirigida por John Dexter (1980).
  • Na década de 1980 as atenções se voltaram para ele com seu personagem principal na série de TV “The Singing Detective” (1986), o que lhe rendeu um dos quatro prêmios “BAFTA” que conquistou ao longo de sua carreira.
  • Gambon também recebeu três prêmios “Olivier” e dois prêmios “Screen Actors Guild Awards”, pelos filmes “Gosford Park” e “O Discurso do Rei” (2010).
  • Em 1992, foi nomeado Comandante do Império Britânico e, em 1998, foi agraciado com o título de cavaleiro pelos serviços prestados ao teatro, embora tenha optado por não usar o título.
  • Em 2015, Gambon se aposentou dos palcos devido a problemas de memória de longo prazo, mas continuou atuando na tela até 2019. Ele descreveu seu trabalho como a razão para se sentir “o homem mais sortudo do mundo”.
  • O ator foi casado com Anne Miller desde 1962 e teve um filho com ela. Embora nunca tenham se divorciado, ele manteve um relacionamento com a cenógrafa Philippa Hart, 25 anos mais jovem que ele, com quem teve dois filhos.
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