Anitta sobre funk proibidão: ‘Só tem militância quando é mulher’

Por - 26/04/24 às 18:00

AnittaAnitta - Foto: Gabriela Schmidt

Anitta lançou o álbum “Funk Generation” nesta sexta-feira e falou das inspirações, desafios e a expectativa para o álbum, que ela mesmo disse ser uma espécie de “ensinamento aos gringos” de como é o funk carioca.

Anitta sobre ‘Funk Generation’: ‘Fiz quando achei que ia morrer’

Em uma das faixas, inclusive, a cantora abusa do “Funk Proibidão”, repetindo palavrões durante toda a canção. Questionada sobre isso, Anitta disse que “não liga para a letra da música”, pois a fez pensando em dançar e rebolar.

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“Essa música me apaixonei pela batida. A gente até tentou trocou a letra, mas nada ficava bom ou divertido e empolgante, então deixamos assim mesmo. Não importa o que está falando, todo mundo transa. Quando são cantadas por homens, ninguém fala nada, não tem militância, mas quando é mulher falam da mensagem que estão passando. Não estou nem aí. Só quero me divertir. Minhas mensagens como ser humano, eu mando na vida real, como pessoa. Eu faço música para dançar, rebolar e curtição. Não tem o que militar nisso”, disse.

Anitta
Anitta – Foto: Gabriela Schmidt

Anitta com ‘Funk Generation’ e mais nos lançamentos semanais!

Anitta chegou a dizer que a intenção para o álbum ser lançado não é de agora, pois é um desejo antigo dela. Porém, esta seja talvez a melhor fase da carreira para isso acontecer.

“Por várias vezes, esse álbum foi postergado, não aconteceu. É difícil fazer um álbum de um ritmo que não tem aqui fora, não tem playlist de funk. Estamos vendo se essa porta pro funk se abre aqui fora. Estou de boa com o que acontecer. Se for um sucesso, como estamos trabalhando pra isso, ótimo, mas se não acontecer, sabemos que faz parte do processo. Tudo pode acontecer e estou muito tranquila com o que for. Quero muito que dê certo, mas se não der, estou relaxada quanto aos resultados”, revelou.

Questionada sobre a composição de cada letra, Anitta revelou que foi um “percurso tranquilo” e até rápido, comparando com outros trabalhos.

“Todas as faixas foram bem práticas de ficarem pronta, foi tudo muito orgânico. As músicas foram feitas rápidas. Foi tudo bem louco. Tínhamos mais musicas para colocar, mas fizemos uma peneira para não ter 3h de álbum. Em algumas faixas, a gente tentou achar palavras que impactassem em espanhol ou inglês na hora de escutar, mas algumas deixamos em português mesmo.

Anitta revelou que compôs e esquematizou todo o álbum, quando estava muito doente, achando, inclusive, que poderia morrer, já que estava de cama e não se sabia o que ela tinha.

“Não sei se foi um vudu que me jogaram, achei que eu fosse morrer. Nesta, de achar que eu ia morrer, eu falei: ‘Já que eu vou morrer, vou fazer um álbum indiferente sobre sucesso’. Era um álbum que eu queria escutar, porque eu ia gostar, eu ia me achar p*ca. Ele não segue a fórmula do sucesso. Ele segue minha cabeça. Aí fui escrevendo música 1, música 2, os samples, os produtores que queria, e fui de longe acompanhando. Não falei para o pessoal que estava doente. Aí, quando o álbum ficou pronto, fui em jornadas espirituais, fiquei bem, ‘limpei’ tudo de ruim do corpo, fiz outras músicas, como Meme, Fria, Love in Commom, Mil Veces e fechamos o álbum”, contou.

A artista revelou que tem a intenção de, com esse álbum, dar um início a uma nova era do funk, principalmente por fazer as pessoas estrangeiras a entenderem as origens do estilo musical.

“A intenção é essa (começar uma nova era do funk), porque foi feita com muita pesquisa das origens e ditar para as pessoas aqui de fora e mostrar uma referência. Eles sempre ouvem, mas quando tentam fazer, fica algo meio perdido. Então, foi essa intenção. Por isso o Brasil está gostando. Está bem do nosso estilo”, analisou.

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