Pocah mostra ‘outro lado’ dos Bailes de Favela em novo EP
Por Redação - 14/09/23 às 21:00 - Última Atualização: 18 setembro 2023
Pocah decidiu resgatar sua essência de MC Pocahontas e lançará na sexta-feira, 15 de setembro, seu mais novo EP: ‘A Braba É Ela’. O projeto conta com 5 músicas: ‘Barulinho’, com Kevin O Chris e Lucas Muzik; ‘Assanhadinha’, com MC Durrony e DJ Pett; ‘A BRABA É ELA’; ‘Olha a Braba’ e ‘Solta-te’, parceria com o colombiano Piso 21.
Em uma coletiva de imprensa, Pocah revelou ao OFuxico detalhes sobre ‘A Braba É Ela’. “Estou muito empolgada, desperta na gente uma ansiedade gigantesca. O EP nasceu através do meu álbum ‘Cria de Caxias'”, detalha, revelando que durante a criação do álbum, produziu mais de 50 músicas em um período de um ano e meio. “E são músicas muito boas e que eu me identifico muito, então dividimos em 3 projetos”, explicou.
O próximo projeto de Pocah será outro EP, que tem previsão para ser lançado em outubro de 2023, dando seguimento às faixas que a artistas escreveu.
O EP tem uma forte raiz do funk e Pocah está feliz em voltar para esse local em sua vida, e não irá aceitar críticas daqueles que dizem que ela não pertence mais a esse gênero: “Eu gravei na minha comunidade, onde eu cresci, onde eu gravei minha primeira música. Eu sou uma artista que eu sou do funk carioca. Hoje eu com considero uma artista Pop/Funk, mas meu berço é o funk carioca. Então tudo tem uma história, não vim de paraquedas”.
Pulando Muro
A música ‘carro-chefe’ de ‘A Braba é Ela’ é ‘Assanhadinha’, em que Pocah relembra a época em que pulava o muro de casa, escondida da mãe, para curtir os Bailes de Favela. Na canção e no clipe, ela mostrará exatamente essa cena e se aventurará pela diversão que só o Rio de Janeiro pode entregar.
“Essa é minha música favorita de todo EP, acredito que seja por conta da memória afetiva. Conta uma história verídica e aí eu gosto de reviver isso e a música é boa, o beat é muito gostoso, quis fazer algo nostálgico, vocês vão ouvir e lembrar de ‘Sento Rebolando'”, se anima.
E ainda relembrou sobre quando escapava da mãe para ir até o Baile do R.Q, em Duque de Caxias: “Minha mãe fala que não lembra. Eu morava no alto, no morro mesmo, lá em Campos Felizes. E eu não tava acostumada em sair, no máximo saia e voltava 22h, que era o que minha mãe permitia”.
Ela explicou que, por morar no alto, escutava todo o barulho da festança, e ficava com muita vontade de se juntar com os amigos: “Eu: ‘Ai eu quero ir! Minha mãe não vai deixar’. E aí eu lembro que eu falei com uma amiga no MSN e eu falei ‘Cara to me coçando para ir nesse baile, vamos lá rapidinho?’. Ai eu peguei e sai de casa, pulei o muro e me ralei, pulava agarrada no poste”.
“Só que o bairro todo me conhece, meus pais ficaram sabendo. Minha mãe ficou sabendo muito depois, ai falou para mim assim: ‘Você não precisa fugir de casa, não precisa sair sem falar comigo, você pode pedir que eu te levo’. E na época minha mãe não era da Igreja, né! Então ela me levava, então foi aonde começou”, complementou.
Carreira internacional?
O EP ainda conta com a primeira canção em outra língua de Pocah, Solta-te’, com Piso 21. Para a gravação, a artista passou por preparações para cantar em espanhol e deixou claro que “não brinca em serviço”, já que gosta sempre de entregar o melhor resultado possível.
Pocah explicou que não lançou a ‘Solta-te’ pensando em iniciar uma carreira internacional: “Essa faixa é uma música que eu quero trabalhar no Brasil, no nosso pais. Meu primeiro feat, não to visando que vai hitar, pegar global, se pegar maravilhoso. Eu já queria lançar essa música, acho uma música boa. Eu estudei para lançar ela, eu estudo espanhol há 3 anos. Na época meu espanhol era péssimo”.
Grande produção
O projeto promete abalar estruturas e Pocah não escondeu a animação ao falar sobre a produção dos clipes das músicas, se comparando com Lady Gaga e Britney Spears: “Quando eu faço um clipe, eu faço arte, sabe? Como Lady Gaga quase apareceu nua, Britney Spears em ‘Toxic’ é muita pele, é arte! Eu vejo como arte, quando eu vejo outra mulher em um clipe, divando, com pele muito a mostra, eu vejo como arte. Eu acho que a objetificação está no olhar de quem vê”.
Sobre a direção e produção visual, ela diz: “Quando a gente tava batendo a direção do clipe de ‘Assanhadinha’, eu pensei ‘O foco principal para mim é a pulada de muro’. É a parte que eu to mais apegada. Quis contar mais essa história mesmo de eu partindo para o baile, jogando uma sinuquinha no aquecimento do baile”.
“É mais uma questão de diversão, um rôle no baile, na comunidade, passa em um barzinho, pede seu drinkzinho. Tem cena da minha mãe entrando no quarto, conferindo se eu estou dormindo”, detalha.
Perguntada se teriam cenas como a famosa cena sexo oral de Anitta no clipe de ‘Funk Rave’, ela negou: “Minha mãe é crente, ela já perguntou logo ‘Vai ter cena muito pesada? Se tiver eu não vou participar!’, ai eu ‘Não mãe, não vou comprometer sua imagem com Jesus (risos). Vai foi tudo na paz, para Maria Inês ficar feliz, ta bem Evangê”.
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