Assassino de George Floyd é monitorado a cada 30 minutos

Por - 12/05/21 às 16:00

Reprodução/Instagram

O policial condenado pela morte de George Floyd, Derek Chauvin, será mantido afastado dos outros presos por tempo indeterminado, segundo revelou o jornal Daily News. 

O ex-policial de Minneapolis, que foi julgado culpado pela morte de George Floyd, ocorrida em 25 de maio de 2020, ficou em isolamento administrativo 'por sua própria segurança' e está na Unidade de Controle Administrativo da prisão Oak Park Heights, disse a porta-voz Sarah Fitzgerald. 

"É a unidade mais segura do estado", Fitzgerald afirmou. 

"O isolamento administrativo é usado quando a presença de alguém é uma preocupação para a população da cadeia. Todas as celas da unidade têm uma câmera que é monitorada o tempo todo, e os oficiais fazem rondas a cada meia hora para checar o status do prisioneiro", explicou. "Chauvin é um dos 41 presos daquela unidade, dos 350 que estão na Oak Park Heights", esclareceu. 

Sobre os rumores de que ele está afastado e monitorado pela ameaça de suicídio, a mulher disse que não poderia dar detalhes da situação. 

A Dra. Lisa Boesky, psicóloga clínica especializada em suicício na prisão, consultada pelo jornal, disse que a segurança adicional não significa necessariamente que Chauvin esteja sendo vigiado para não cometer suicídio. 

"Não parece que a vigilância extra do sr. Chauvin esteja relacionada a suicídio, mas espero que ele seja avaliado para risco de suicídio, se isso ainda não aconteceu", ela comentou. 

Indenização milionária

A morte de George Floyd na mão da polícia em maio do ano passado ainda repercute na imprensa. Quase um ano depois do assassinato do trabalhador afroamericano de 46 anos, finalmente a cidade de Minneapolis chegou a um acordo com sua família, e isso ocorre poucas semanas antes do julgamento do policial responsável Derek Chauvin. 

A família de Floyd entrou com o processo de homicídio culposo em julho contra a cidade, Chauvin e os três outros policiais envolvidos no incidente de 25 de maio que resultou na morte de George. A Câmara Municipal aprovou por unanimidade o acordo na sexta-feira (12): a família vai receber uma indenização de US$ 27 milhões  (R$ 150 milhões). 

No processo, a família de Floyd alegou que a cidade e os ex-policiais violaram os direitos do homem, especificamente denunciando as técnicas de contenção de pescoço usadas durante sua prisão. 

O vídeo da prisão de Floyd mostra Chauvin ajoelhado em seu pescoço por 8 minutos e 46 segundos. 

Depois que o acordo foi anunciado, a irmã de George, Bridgett Floyd, disse: "Nossa família sofreu uma perda insubstituível em 25 de maio quando a vida de George foi tirada sem sentido por um policial de Minneapolis. Embora nunca possamos ter nosso amado George de volta, continuaremos a trabalhar incansavelmente para tornar este mundo um lugar melhor e mais seguro para todos ", disse. 

Ela acrescentou: "No futuro, meu trabalho como fundadora da George Floyd Memorial Foundation será uma prioridade tanto na cidade natal de George, Fayetteville, Carolina do Norte, quanto em todo o país." 

Chauvin será o primeiro dos policiais envolvidos a ser julgado pelo incidente. Ele é acusado de homicídio de segundo grau, homicídio de terceiro grau e homicídio culposo e segundo o site americano TMZ, a escolha do júri está em andamento.

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