Fábio Ramalho sobre 2020: ‘Aprendizado para nossa humanidade’

Apesar da fase difícil que o mundo passa por conta do novo coronavírus, o jornalista Fábio Ramalho tem motivos para agradecer 2020, principalmente na esfera profissional.

Recentemente, ele reestreou o quadro Achamos no Rio, dentro do Balanço Geral exibido na Cidade Maravilhosa, pela Record TV.

Em conversa com OFuxico, o comunicador nos contou o que mais sentiu falta no ano que está indo embora, o que não pode faltar na ceia natalina e o que almeja para 2021.

OFuxico: Quais são seus desejos para 2021?

Fábio Ramalho: Acho que o primeiro desejo é coletivo: que esta pandemia termine de uma vez e que ela tenha de fato servido para percebermos o quanto somos frágeis. Perceber que todos dependemos uns dos outros – no caso para se cuidar e evitar contágio – é, sem a menor dúvida, uma aprendizado para nossa humanidade.

OF: Quais planos do Natal mudaram por conta da pandemia? E do Ano Novo?

FR: Acho que não há uma única família que não tenha mudado muitos de seus planos para as festas de fim de ano por conta da pandemia. No meu caso, como tenho uma mãe idosa, com 83 anos, toda a logística para passar o Natal com ela está sendo milimetricamente pensada. É preciso matar a saudade, mas também não colocá-la em risco. Acho que esse é um dilema que muitas pessoas estão passando. No caso da minha família, optamos por correr o risco. Vamos encontrar com ela mesmo sabendo que o isolamento continua sendo a melhor alternativa. Mas percebemos que, no caso da terceira idade, o isolamento psicológico pode ser pior do que qualquer outro tipo. Então a vida é assim… Temos que trocar uma coisa por outra. Escolhas.

OF: Do que você sentiu mais falta em 2020?

FR: A falta da nossa liberdade. A boa e velha liberdade constitucional de ir e vir. Desta vez, tolhida não por uma calamidade pública, mas por uma questão de saúde pública. Abrir mão dos nossos direitos, até dos nossos deveres, neste ano de 2020, foi uma prova de cidadania.

OF: Onde você pretende passar o Réveillon?

FR: Por mais incrível que possa parecer ainda não tenho planos definidos para o Ano Novo. Certamente o Natal será em família, mas depois que passar o natal ficou uma grande incógnita. Ir para onde? Aonde podemos ir? Arrisco das coisas fechar novamente? Por enquanto estou preferindo aguardar, é aquele velho ditado… Um de cada vez.

OF: Quais são seus planos para 2021?

FR: Acho que fazer planos para 2021 é um convite a frustração. Que tal esperarmos ver o que vai acontecer, quando e como a vacina vai chegar, para depois planejar alguma coisa? Claro que, vale aquela regra máxima: queremos evoluir, trabalhar, ganhar dinheiro, viver bem. Mas é preciso pensar no nosso lado espiritual e também na nossa saúde. É isso que mais busco para 2021.

OF: O que não pode faltar na ceia de Natal?

FR: Eu tenho dois tipos de respostas para esta pergunta. Do ponto de vista das guloseimas, sou muito suspeito: adoro o peru de Natal que a minha mãe faz e que ela tem o dom de fazer sem que ele fique ressecado. Mas tenho certeza que a pergunta não tange apenas isso. Acho que o que não pode faltar no Natal exatamente isso que estamos buscando: estar reunido com a família. No caso, meu maior foco, minha mãe, que é idosa e precisa ainda mais deste carinho. Carinho em época de pandemia…

Fábio Ramalho retorna com Achamos no Rio do Balanço Geral