Letícia Sabatella chora ao desabafar sobre sua infância: ‘Fui assediada muito cedo’

No programa Provoca desta terça-feira, 21 de maio, Letícia revelou momentos dramáticos de sua vida. A atriz abriu o coração sobre suas experiências de assédio na juventude, que afetaram profundamente sua relação com o próprio corpo. “Tinha vergonha porque fui assediada muito cedo. Brincando na rua assim, menino passava a mão (…) eu vivia com casaco na cintura, blusão, me vestia sempre com roupas masculinas, andava com chapéu à noite, gostava muito de andar na rua, mas tinha medo, não podia, estava sempre disfarçada”, conta.

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Sozinha e fora do tempo: Salva pelas redes sociais

Letícia Sabatella compartilhou sua experiência transformadora com as redes sociais. A atriz revelou que se sentia “perdida no tempo” antes de aderir às plataformas digitais. Uma amiga sugeriu que ela criasse um perfil no Facebook, o que a ajudou a reencontrar amigos e se reintegrar socialmente. “

“Eu era uma pessoa que não sabia o que fazer. Eu ficava isolada às vezes em casa. Aí chegou uma amiga e falou: ‘você precisa ter um Facebook’. Eu não tinha, não era dessa geração de mexer em computador. Eu nem tinha. Fui a última pessoa a ter celular. Aí ela abriu uma página no Facebook e eu encontrei um monte de amigo que eu não via, aí descobri onde eram as festas, comecei a me entrosar, aí tudo andou. Eu estava fora do tempo”, revelou.

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Apesar do impacto positivo, Letícia enfatizou a necessidade de usar as redes sociais com moderação. “A gente tem que cuidar, tem que por regra, limite, para não viciar”, alertou.

Reflexões sobre autismo

No mesmo episódio, Letícia abordou sua hipersensibilidade e como isso influenciou sua vida. Relatou que sempre precisava de um “personagem” para se comunicar socialmente. “É muito complicado ser eu”, disse, destacando as dificuldades que enfrentava sem um personagem para se apoiar.

Letícia seguiu falando sobre sua experiência: “Mas é justamente isso. Ele precisa de personagem. Eu sinto que precisava de um personagem para sociabilizar o tempo inteiro para me comunicar. Desde criança estou sempre sendo um bicho, ou sendo uma coisa, um super-herói, uma entidade para estar ali. É muito complicado ser eu. Lembro que falava, por exemplo, que era muito complicado eu cantar, se eu não tiver uma personagem. Olhar de frente para a plateia. Era muito complicado isso.”

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Luana Xavier, outra convidada do programa, falou sobre o diagnóstico tardio de autismo de seu irmão Ernesto. Ela explicou como o diagnóstico foi libertador para ele, apesar das dificuldades sociais que enfrentava. Ernesto, ator e jornalista, fazia um grande esforço para se comunicar, o que muitas vezes passava despercebido pela família.