Modelo Bruno Krupp vai a júri popular, após matar adolescente atropelado

O caso de Bruno Krupp, que atropelou e matou um adolescente no Rio de Janeiro em agosto de 2022, ganhou mais capítulo. Agora, o processo dele será levado a júri popular. Ele é acusado de homicídio por dolo eventual, que é quando se assume o risco de matar.

Na decisão do juiz Gustavo Kalil, e divulgada pelo UOL, foi negado o pedido da defesa para mudar o crime para homicídio culposo, onde não há intenção de matar, em uma clara intenção de diminuir a possível pena. Vale lembrar que, no caso de dolo eventual, se for condenado, a pena via de 6 a 20 anos de prisão.

Bruno Krupp está fora da prisão desde março, quando deixou o local com tornozeleira eletrônica. Na época, foi concedido esse direito, pois o STJ (Superior Tribunal de Justiça) entendia que a prisão preventiva não poderia ser encarada como um adiantamento de pena, já que ele ainda havia sido julgado.

A defesa de Bruno Krupp afirmou, em nota, que todas as circunstâncias que envolvem o acidente são incompatíveis com o “dolo eventual”, imposto pela Justiça.

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“Está totalmente comprovado nos autos que se trata, no máximo, de delito culposo, visto que o pedestre atravessou fora da faixa, onze da noite, com o sinal aberto para veículos, tendo ele quadriplicado sua velocidade quando viu a moto, circunstância que, segundo a perícia, foi a causa efetiva do acidente. Além disso, provou-se que Bruno não havia ingerido bebida alcóolica, tentou efetivar a manobra evasiva adequada, e o acidente colocou a vida do próprio Bruno em risco, circunstâncias incompatíveis com o dolo eventual. Acidentes no trânsito são entendidos, pacificamente, pelo STJ, como delitos culposos, tanto assim que, ao colocar Bruno em liberdade, o Ministro Rogério Schietti Cruz citou diversos julgados em que a Corte já definiu que o excesso de velocidade não ultrapassa a modalidade culposa do ilícito, e que Bruno, inicialmente, havia sido autuado por delito culposo”, dizia a nota enviada ao UOL.

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