Primas de Gal Costa não vão realizar sonho da artista. Saiba o motivo!

Por - 29/04/24 às 08:29

Gal Costa de camisa preta com estampa de flores cor de rosaGal Costa queria criar uma fundação com seu nome - Foto: Divulgação/ Carol Siqueira

A Justiça de São Paulo negou um pedido feito por Verônica Silva e Priscila Silva, primas de Gal Costa para que um testamento feito pela cantora em 1997 voltasse a ter validade jurídica. De acordo com elas, a cantora, coagida por Wilma Petrillo, revogou o documento em 2019, quando um novo testamento surgiu.

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Segundo Wilma, ela e Gal conviveram por cerca de 20 anos. Desse modo, Petrillo conseguiu na Justiça o reconhecimento de união estável, agora contestada pelo filho de Gal, Gabriel Costa, de 18 anos.

A rejeição do pedido se deu justamente em razão da adoção de Gabriel, em 2007, quando tinha dois anos de idade. Para o juiz da 12ª Vara da Família da capital, o testamento de 1997 rompeu-se automaticamente quando Gabriel, agora com 18 anos, passou a integrar a família.

“Ainda que se pudesse eventualmente discutir a ocorrência de coação […], é fato que o primeiro testamento é anterior à adoção do filho, e, portanto, foi rompido com a superveniência do descendente”, escreveu o magistrado.

Entenda o desentendimento entre Wilma Petrillo e Gabriel Costa

“Verifica-se que, à época da lavratura do testamento, a autora da herança declarou expressamente não ter herdeiros. Ou seja, dispunha de total liberdade para dispor de seus bens. Sobrevindo o herdeiro, torna-se inevitável a consequência de ruptura ao testamento lavrado anteriormente”, completou.

Apesar disso, o juiz destaca que nada impede que Gabriel “destine eventuais bens de sua propriedade, ou deixados pelo espólio, para instituição de fundação”. Desse modo, cabe a ele levar à frente a ideia ou não.

Entenda melhor o testamento de Gal Costa

De acordo com as primas, o objetivo do testamento de 1997 seria a criação da Fundação Gal Costa de Incentivo à Música e Cultura, cuja gestão ficaria sob responsabilidade delas. A artista entregou a elas todo o acervo de figurino artístico utilizado “com a finalidade de que o referido acervo constituísse patrimônio da Fundação”.

Um documento apresentado no processo mostra que Wilma chegou a assinar o testamento à época. As primas acreditam que a revogação do testamento aconteceu “num contexto de fortes elementos e indícios de que Gal Costa sofreu coação moral irresistível.

“A conduta de Wilma sempre foi de manipulação perante Gal, seja em relação a carreira, patrimônio, família, funcionários além de todos que com ela se relacionavam. Durante a relação pessoal e empresarial que Wilma manteve com Gal, esta vivia visivelmente infeliz e adoecida”, diz o documento.

De acordo com as primas, a fundação seria voltada para a preservação da sua memória artística, cultural e musical.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino


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