Vem saber sobre a cenografia de Órfãos da Terra

Por - 01/04/19 às 08:25

Divulgação/Órfãos da Terra/TV Globo

Damasco, Beirute, Londres, São Paulo. Órfãos da Terra transita por várias capitais mundiais sem sair do país. Esse foi o desafio proposto para as equipes de produção de arte e de cenografia, que reproduziram essas realidades dentro dos Estúdios da Globo ou em locações pelo país.

Além da pesquisa em livros especializados, as áreas contaram com o auxílio de consultores das etnias retratadas na história, que trouxeram uma rica referência sobre objetos típicos dessas culturas. Na casa dos Fischer e da família Blum, o núcleo judaico da trama, a produtora de arte Nininha de Médicis investiu nos principais itens desse povo.

“Em geral, no lar dessas famílias temos a Hamsá, uma espécie de escudo contra o mau-olhado, e também a Menorá, um castiçal que representa a luz de Torá. Outros símbolos como a Estrela de Davi também compõem os ambientes”, contou ela.

Segundo a cenógrafa Danielly Ramos, a principal referência para o núcleo sírio-libanês é Dubai, a maior cidade dos Emirados Árabes, com sua riqueza e modernidade. Em São Paulo, o destaque é para a Vila Mariana, bairro conhecido por abrigar diferentes culturas e atrair públicos de diferentes estilos. Construída nos Estúdios da Globo, a cidade cenográfica de seis mil metros quadrados é formada por um centro comercial, com acesso ao metrô e ao trem; a Importadora Nasser, comandada por Miguel (Paulo Betti), que comercializa itens do Oriente Médio; a casa de chá Aletria, de propriedade de Ali (Mohammed Harfouch); além das residências das famílias que ali vivem. O estilo arquitetônico do bairro é eclético, já que cada casa se molda ao estilo de sua cultura.

Outro lar que merece destaque é a residência do poderoso sheik Aziz Abdallah (Herson Capri), que, na história, fica em Beirute. Para representá-lo, foi escolhido o Palácio Quitandinha, um marco arquitetônico de Petrópolis, cidade a 80 quilômetros da capital do estado do Rio de Janeiro. O antigo hotel-cassino construído nos anos 1940, em estilo normando, tem salões grandiosos espalhados por seus 50 mil metros quadrados.

“A novela vai apresentar esse universo do sheik de uma forma moderna e minimalista. Muitos tons de dourado, bege e ouro velho compõem a decoração da mansão de Aziz, além de flores em tons discretos como branco e verde”, afirma Nininha de Médicis.

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