Vai na Fé: Rafael é dependente emocional de Kate? Entenda!

Rafael (Caio Manhente), de “Vai na Fé”, TV Globo, é um jovem que enfrenta logo na fase mais conturbada da sua vida, um forte quadro de depressão e ansiedade. Como já visto na novela, não é incomum que o personagem tenha crises de ansiedade ou pequenos ataques de falta de ar, quando chega no limite da emoção.

Porém, com a chegada do seu relacionamento com Kate (Clara Moneke), o menino conseguiu ter dias muito mais tranquilos, conseguindo voltar a interagir com mais pessoas e até mesmo a frequentar a faculdade.

O namoro veio como uma verdadeira luz no fim do túnel, e Kate se tornou uma forte aliada na doença de Rafael, principalmente nos momentos de crise, as quais diminuíram bastante desde o início da relação.

Porém, após terminarem, como uma montanha-russa, Rafael voltou ao estágio inicial e enfrentou diversas crises de ansiedade, como se não possuísse mais seu porto-seguro. E OFuxico conversou com Rosângela Casseano, psicologa e terapeuta cognitivo comportamental, para entender os perigos dessa dependência emocional que pode ser criada em casos como esses.

“Depressão e ansiedade são transtornos distintos apesar de muitas vezes se manifestarem juntos, porém tem sintomas, causas e tratamentos diferenciados. No mundo todo estima-se mais de 300 milhões de pessoas com esses transtornos, segundo a OMS no Brasil estima-se mais de 12 milhões, é muita gente sofrendo!”, iniciou a CEO da PsicoPass

O FUNCIONAMENTO DA DEPENDÊNCIA EMOCIONAL

Ela então refletiu sobre a situação do personagem e suas crises: “Na novela, Rafael que demonstrava ser um jovem fechado cheio de problemas familiares, desajustado nas emoções, tudo indicava que havia uma bomba atômica de emoções prestes a explodir, tanto para afeto, quanto para desafeto ou traumas. As explosões emocionais são típicas de quem as tinha guardado por muito tempo e com o surgimento da paixão e do rompimento vieram à tona”.

E explicou como funciona o apego em aqueles que amam: “Alguns como no caso do personagem podem apresentar dependência emocional, que se mistura com paixão que sempre é um confusão de sentimentos. Na paixão projetamos um bote salva-vidas e sem o bote tudo parece afundar, literalmente. O que vale nesses casos é a escuta, o acolhimento e a paciência em estar junto”.

Ela reafirma que nenhum tipo de dependência é boa: “Criar dependência de qualquer coisa: pessoa, comida, droga, afeto nunca é bom! Pois sempre você vai precisar do outro para lhe acarinhar e preencher, é um aprisionamento emocional muito grande”.

SAINDO DA DEPENDÊNCIA EMOCIONAL

Para finalizar, deu dicas de como não depender emocionalmente de uma pessoa, caso você possua depressão e/ou ansiedade:

• Aprender a se conhecer melhor e valorizar cada conquista
• Criar relações saudáveis com as pessoas em grupos diferenciados
• Entender o que é dependência emocional, estudar os conceitos e fazer uma auto avaliação se está na iminência de viver isso
• Não se sentir inferiorizado por estar em sofrimento, todos sofremos em algum nível o desafio é a superação
• Ter coragem para pedir e buscar ajuda

LUDMILLA

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